Incaper
27/02/2015 - 09h49min
A cafeicultura destaca-se como uma das principais atividades econômicas de Venda Nova do Imigrante, que gera emprego e renda. Além disso, o município é referência na produção de cafés de qualidade superior. Para incentivar a adoção de tecnologias, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) realizou, em fevereiro, ações de assistência técnica e extensão rural, como dias de campo.
“A sustentabilidade da atividade cafeeira passa pelo atendimento às exigências ambientais e sociais e, principalmente, à adoção das novas tecnologias, o que permite gerar renda ao setor produtivo e aos demais elos do agronegócio. É fundamental investir na melhoria da qualidade e na agregação de valor ao produto”, afirmou o técnico do Incaper, Evaldo de Paula.
Um dos fatores que mais contribui para a geração de renda dos cafeicultores, especialmente os de origem familiar, é o uso de tecnologias de colheita e pós-colheita, que contribuem para obtenção de café de qualidade superior a baixo custo e de fácil implantação.
Uma equipe de profissionais das instituições de ensino, pesquisa e extensão tem contribuído para socializar conhecimentos aos cafeicultores, visando orientá-los a investir na construção de equipamentos adequados para produção de café com qualidade, que funcionem de maneira simples, eficiente e a um baixo custo operacional com o emprego de matéria-prima e mão de obra regional. O objetivo principal das ações é socializar com os produtores a sustentabilidade da atividade e aprender novas técnicas de poda, reutilização e aproveitamento agrícola da água residuária e cuidado com os grãos.
Para o pesquisador do Incaper, Fabrício Moreira Sobreira, atualmente, a base para a sustentabilidade da cafeicultura está no melhor equilíbrio entre produtividade, qualidade e custo de produção. “Para alcançar esse objetivo, conhecer o tema poda na cultura do café arábica tornou-se essencial para mitigar adversidades relativas ao preço do produto no mercado, escassez de mão de obra, custo de tratos culturais e eventualidades climáticas como a seca. Para Venda Nova do Imigrante e região, cuja base econômica é primordialmente a cafeicultura, o treinamento dos agricultores torna-os menos vulneráveis às ameaças atuais e futuras, intrínsecas da atividade”, afirmou.
Segundo o professor da Universidade Federal de Viçosa e pesquisador do Consórcio Pesquisa Café, Juarez de Sousa e Silva o principal diferencial, com a adoção das tecnologias para o café, é o custo de implantação e a garantia de funcionamento adequado, independentemente das condições climáticas. “Costumo afirmar que somente não haverá produção de café de qualidade se não houver colheita feita com qualidade”, falou Juarez.
Outro fator relevante na produção de cafés com qualidade superior é o respeito à legislação que orienta sobre o uso da água e a destinação do efluente, denominado de água residuária do café (ARC), exigindo dos cafeicultores uma gestão eficiente desse recurso, para a viabilidade do negócio. De acordo com o pesquisador da Embrapa Café, Sammy Fernandes Soares e o do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Aldemar Polonini Moreli, é possível reusar a ARC de forma eficiente, reduzindo significativamente o consumo da mesma na unidade de processamento, sem prejudicar a qualidade do café.
A tecnologia do Sistema de Limpeza de Água Residuária (Slar) no café foi apresentada em dias de campo em Venda Nova do Imigrante. A equipe coordena o projeto de validação de tecnologias, com ações no Espírito Santo e Minas Gerais, para validar conhecimentos e tecnologias para a reutilização da ARC no descascamento e seu aproveitamento agrícola, visando diminuir o consumo de água no processamento e os riscos de poluição.
De acordo com os técnicos do Incaper, Evaldo de Paula e Aline Marchiori Crespo, organizadores do Dia de Campo sobre Cafeicultura, deve haver continuidade das ações nessa área. “A cafeicultura é uma atividade que precisa ser aprimorada no município, já que é uma reivindicação apresentada nos diagnósticos realizados com os beneficiários do Projeto Ater Sustentabilidade”, afirmaram.
A chefe do escritório do Incaper de Venda Nova do Imigrante, Rita de Cássia Zanúncio Araújo, disse que as ações planejadas pelo escritório local foram formatadas com a efetiva participação dos agricultores. “As capacitações foram direcionadas para o público alvo de acordo com a necessidade local. Mais um dia de campo sobre agroindústria, que é uma atividade de grande importância para a região, será feita no mês de março”, afirmou Rita.
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Luciana Silvestre - luciana.silvestre@incaper.es.gov.br
Texto: Luciana Silvestre
Tel.: (27) 3636-9868 e (27) 98849-6999
“A sustentabilidade da atividade cafeeira passa pelo atendimento às exigências ambientais e sociais e, principalmente, à adoção das novas tecnologias, o que permite gerar renda ao setor produtivo e aos demais elos do agronegócio. É fundamental investir na melhoria da qualidade e na agregação de valor ao produto”, afirmou o técnico do Incaper, Evaldo de Paula.
Um dos fatores que mais contribui para a geração de renda dos cafeicultores, especialmente os de origem familiar, é o uso de tecnologias de colheita e pós-colheita, que contribuem para obtenção de café de qualidade superior a baixo custo e de fácil implantação.
Uma equipe de profissionais das instituições de ensino, pesquisa e extensão tem contribuído para socializar conhecimentos aos cafeicultores, visando orientá-los a investir na construção de equipamentos adequados para produção de café com qualidade, que funcionem de maneira simples, eficiente e a um baixo custo operacional com o emprego de matéria-prima e mão de obra regional. O objetivo principal das ações é socializar com os produtores a sustentabilidade da atividade e aprender novas técnicas de poda, reutilização e aproveitamento agrícola da água residuária e cuidado com os grãos.
Para o pesquisador do Incaper, Fabrício Moreira Sobreira, atualmente, a base para a sustentabilidade da cafeicultura está no melhor equilíbrio entre produtividade, qualidade e custo de produção. “Para alcançar esse objetivo, conhecer o tema poda na cultura do café arábica tornou-se essencial para mitigar adversidades relativas ao preço do produto no mercado, escassez de mão de obra, custo de tratos culturais e eventualidades climáticas como a seca. Para Venda Nova do Imigrante e região, cuja base econômica é primordialmente a cafeicultura, o treinamento dos agricultores torna-os menos vulneráveis às ameaças atuais e futuras, intrínsecas da atividade”, afirmou.
Segundo o professor da Universidade Federal de Viçosa e pesquisador do Consórcio Pesquisa Café, Juarez de Sousa e Silva o principal diferencial, com a adoção das tecnologias para o café, é o custo de implantação e a garantia de funcionamento adequado, independentemente das condições climáticas. “Costumo afirmar que somente não haverá produção de café de qualidade se não houver colheita feita com qualidade”, falou Juarez.
Outro fator relevante na produção de cafés com qualidade superior é o respeito à legislação que orienta sobre o uso da água e a destinação do efluente, denominado de água residuária do café (ARC), exigindo dos cafeicultores uma gestão eficiente desse recurso, para a viabilidade do negócio. De acordo com o pesquisador da Embrapa Café, Sammy Fernandes Soares e o do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Aldemar Polonini Moreli, é possível reusar a ARC de forma eficiente, reduzindo significativamente o consumo da mesma na unidade de processamento, sem prejudicar a qualidade do café.
A tecnologia do Sistema de Limpeza de Água Residuária (Slar) no café foi apresentada em dias de campo em Venda Nova do Imigrante. A equipe coordena o projeto de validação de tecnologias, com ações no Espírito Santo e Minas Gerais, para validar conhecimentos e tecnologias para a reutilização da ARC no descascamento e seu aproveitamento agrícola, visando diminuir o consumo de água no processamento e os riscos de poluição.
De acordo com os técnicos do Incaper, Evaldo de Paula e Aline Marchiori Crespo, organizadores do Dia de Campo sobre Cafeicultura, deve haver continuidade das ações nessa área. “A cafeicultura é uma atividade que precisa ser aprimorada no município, já que é uma reivindicação apresentada nos diagnósticos realizados com os beneficiários do Projeto Ater Sustentabilidade”, afirmaram.
A chefe do escritório do Incaper de Venda Nova do Imigrante, Rita de Cássia Zanúncio Araújo, disse que as ações planejadas pelo escritório local foram formatadas com a efetiva participação dos agricultores. “As capacitações foram direcionadas para o público alvo de acordo com a necessidade local. Mais um dia de campo sobre agroindústria, que é uma atividade de grande importância para a região, será feita no mês de março”, afirmou Rita.
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Luciana Silvestre - luciana.silvestre@incaper.es.gov.br
Texto: Luciana Silvestre
Tel.: (27) 3636-9868 e (27) 98849-6999
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