Publicada em 23/02/2015, às 09h31
Divulgação Semus/PMV
O Consultório na Rua funciona com quatro equipes multidisciplinares, que realizam atividades de forma itinerante e desenvolve ações compartilhadas.
A principal característica do Projeto Consultório na Rua é a abordagem ao cidadão no local onde ele vive, levando em consideração suas condições de vida.
Com essa prática, o projeto atende ao mês aproximadamente 300 pessoas que vivem em situação de rua em Vitória, facilitando o seu acesso à rede de serviços do município, oferecendo assistência multi e interdisciplinar, cidadania e dignidade.
Implantado em 2009, o Consultório na Rua integra o Programa “Onde Anda Você” e atua no atendimento especializado em saúde à população em situação de rua, muitas vezes usuários de crack e outras drogas.
O objetivo é a construção de práticas de vida mais saudáveis junto a esse público, favorecendo ações de prevenção e tratamento dentro da lógica da redução de danos.
Desta segunda-feira (23) até quarta-feira (25), das 8h às 17h, em reunião na Escola Técnica e Formação Profissional de Saúde (Etsus-Vitória), o Consultório na Rua será apresentado no Ciclo de Treinamento do programa “Crack: é possível vencer”. Setores da gestão pública municipal e estadual conhecerão o projeto como experiência no combate ao crack e outras drogas em Vitória.
Como funciona
Divulgação Semus/PMV
Com o projeto, moradores em situação de rua têm acesso à rede de serviços do município, como tratamento dentário, entre outros.
O Consultório na Rua funciona com quatro equipes multidisciplinares, duas na Unidade de Saúde de Andorinhas e duas na Unidade de Saúde do Centro.
As equipes são formadas por psicólogos, assistentes sociais, auxiliares de enfermagem, enfermeiros e técnicos de saúde bucal, que realizam atividades de forma itinerante e desenvolve ações compartilhadas e integradas às unidades de saúde.
De segunda à sexta-feira, das 8h às 24 horas, as equipes se dividem nas abordagens em locais já mapeados dos bairros de Vitória, como Ponte Seca, Orla de Andorinhas, Jabour e Ilha de Santa Maria.
“As abordagens envolvem vários recursos que favorecem a motivação, diminuem as resistências e propiciam o estreitamento da relação com o profissional”, explica a coordenadora Sandra Regina da Silva Vita.
“Essa relação se desenvolve lentamente, sofrendo altos e baixos de acordo com o surgimento dos sentimentos e acontecimentos que envolvem o tratamento. Apostamos na motivação como aspecto de grande importância para as pessoas decidirem se tratar”, destaca Sandra Vita.
Em 2014, foram realizados em média 28 mil atendimentos e, neste ano, o Consultório na Rua já fez 3.800 atendimentos com ampliação de possibilidades de reinserção social e maior acessibilidade e encaminhamentos aos serviços de saúde, assistência e educação. Além disso, o programa vem promovendo a redução do consumo, abuso e danos causados por substâncias psicoativas e a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST’s).
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