Incaper
Agricultores discutem broca da haste do café
02/09/2014 - 15h00min
Cerca de 100 produtores de Marilândia e do entorno participaram de um encontro para tratar da broca da haste do cafeeiro, praga que tem atingido muitos cafezais da região, e da importância da calagem e adubação do cafeeiro. A atividade foi realizada na Fazenda Experimental do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em Marilândia, no dia 29 de agosto.
Na ocasião, pesquisadores do Incaper discorreram sobre identificação e controle da broca do fruto e da haste; e do campus de Itapina do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) esclareceram os produtores sobre a importância da aplicação de calcário (calagem) e adubação do cafeeiro.
“Os danos são causados por um pequeno besourinho da família Scolytidae, que tem sido observado atacando os ramos e brotações novas do café conilon. Não se conhecem mais detalhes de sua biologia nem de seus hábitos, o que impede a recomendação de medidas de controle químico”, disse o pesquisador e entomologista do Incaper, Cesar José Fanton.
Ele disse que, em casos de ocorrência que preocupem o produtor pela alta infestação, a recomendação seria a retirada e destruição dos ramos atacados. “É importante destacar que a simples retirada dos ramos não resolve o problema, pois o inseto continua a se desenvolver dentro dos ramos, mesmo que estes sejam retirados da planta, sendo necessária sua destruição”, falou Fanton.
Ele disse ainda que, para quem irá realizar novos plantios, deve-se verificar quais são os materiais genéticos mais atacados pela broca da haste para evitar seu plantio. “É preciso evitar a padronização da lavoura”, falou. Para a que já estiver com grande infestação, ele recomenda a retirada e destruição das hastes atingidas.
A broca da haste é uma praga relativamente nova no País. No Espírito Santo, há indícios de seu ataque por volta do ano de 2003, no município de Marilândia, mas o registro oficial de sua ocorrência só foi feita pelos fiscais do Ministério da Agricultura em dezembro/2005. Atualmente, ela já se encontra presente em praticamente toda a região produtora de café conilon. De acordo com Fanton, ela está intensificando-se atualmente devido à quebra do mecanismo de resistência chamado 'não preferência'.
“Quando se tem uma grande diversidade de materiais, a praga vai preferir alguns e vai manifestar "não preferência" pelos demais. Quando você uniformiza as lavouras, o inseto acaba atacando aqueles que antes não preferia”, explicou Fanton.
Orientação aos produtores
De acordo com o chefe do escritório local do Incaper de Marilândia, Marcelo Agenciano, a realização da atividade ocorreu devido à observação pelos técnicos do Instituto da grande utilização de produtos químicos para o combate da broca da haste do cafeeiro.
“A participação dos agricultores foi muito importante para tirar as dúvidas, pois a utilização excessiva de agrotóxicos, além de não eliminar a praga, prejudicava o meio ambiente”, relatou Marcelo. Ele disse que é importante que os agricultores procurem orientação a respeito desse tema nas unidades do Incaper.
Após as apresentações sobre a importância da calagem e a identificação de danos da broca da haste, foi realizada a apresentação do terreiro híbrido existente na Fazenda Experimental do Incaper em Marilândia, para a secagem do café com qualidade.
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Luciana Silvestre - luciana.silvestre@incaper.es.gov.br
Texto: Luciana Silvestre
Tel.: (27) 3636-9868 e (27) 3636-9865
Na ocasião, pesquisadores do Incaper discorreram sobre identificação e controle da broca do fruto e da haste; e do campus de Itapina do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) esclareceram os produtores sobre a importância da aplicação de calcário (calagem) e adubação do cafeeiro.
“Os danos são causados por um pequeno besourinho da família Scolytidae, que tem sido observado atacando os ramos e brotações novas do café conilon. Não se conhecem mais detalhes de sua biologia nem de seus hábitos, o que impede a recomendação de medidas de controle químico”, disse o pesquisador e entomologista do Incaper, Cesar José Fanton.
Ele disse que, em casos de ocorrência que preocupem o produtor pela alta infestação, a recomendação seria a retirada e destruição dos ramos atacados. “É importante destacar que a simples retirada dos ramos não resolve o problema, pois o inseto continua a se desenvolver dentro dos ramos, mesmo que estes sejam retirados da planta, sendo necessária sua destruição”, falou Fanton.
Ele disse ainda que, para quem irá realizar novos plantios, deve-se verificar quais são os materiais genéticos mais atacados pela broca da haste para evitar seu plantio. “É preciso evitar a padronização da lavoura”, falou. Para a que já estiver com grande infestação, ele recomenda a retirada e destruição das hastes atingidas.
A broca da haste é uma praga relativamente nova no País. No Espírito Santo, há indícios de seu ataque por volta do ano de 2003, no município de Marilândia, mas o registro oficial de sua ocorrência só foi feita pelos fiscais do Ministério da Agricultura em dezembro/2005. Atualmente, ela já se encontra presente em praticamente toda a região produtora de café conilon. De acordo com Fanton, ela está intensificando-se atualmente devido à quebra do mecanismo de resistência chamado 'não preferência'.
“Quando se tem uma grande diversidade de materiais, a praga vai preferir alguns e vai manifestar "não preferência" pelos demais. Quando você uniformiza as lavouras, o inseto acaba atacando aqueles que antes não preferia”, explicou Fanton.
Orientação aos produtores
De acordo com o chefe do escritório local do Incaper de Marilândia, Marcelo Agenciano, a realização da atividade ocorreu devido à observação pelos técnicos do Instituto da grande utilização de produtos químicos para o combate da broca da haste do cafeeiro.
“A participação dos agricultores foi muito importante para tirar as dúvidas, pois a utilização excessiva de agrotóxicos, além de não eliminar a praga, prejudicava o meio ambiente”, relatou Marcelo. Ele disse que é importante que os agricultores procurem orientação a respeito desse tema nas unidades do Incaper.
Após as apresentações sobre a importância da calagem e a identificação de danos da broca da haste, foi realizada a apresentação do terreiro híbrido existente na Fazenda Experimental do Incaper em Marilândia, para a secagem do café com qualidade.
Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Luciana Silvestre - luciana.silvestre@incaper.es.gov.br
Texto: Luciana Silvestre
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