segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Acessibilidade cultural é tema de formação continuada para professores da Fafi

Publicada em 29/09/2014, às 17h41

Divulgação Semc
Formação Acessibilidade Cultural na Fafi
Professores da Fafi participaram de um encontro para debater as formas de inclusão de pessoas com necessidades especiais na arte e na cultura
O tema "Acessibilidade Cultural" torna-se cada vez mais comum no dia a dia das pessoas. Em uma sociedade inclusiva, é fundamental que essas questões sejam discutidas tanto na teoria quanto na prática. Uma das ações da Secretaria Municipal de Cultura (Semc) nessa área é o projeto "Acessibilidade Cultural", que, através da arte, pretende implementar essas práticas no dia a dia das pessoas.
Dentro de uma proposta de formação continuada, os professores da Escola Técnica de Teatro, Dança e Música Fafi iniciaram esse processo, sob a coordenação da professora doutora Lílian Menenguci, que é assessora técnica da Semc, além de especialista em Acessibilidade Cultural pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e integrante da Rede de Articulação, Fomento e Formação em Acessibilidade Cultural.
"As políticas, assim como a teoria e a técnica, precisam se garantir na prática. É importante destacar que não se trata de pensar esse público apenas como público fruidor, mas também assumi-lo como produtor de arte e cultura", afirmou Lílian.

Encontro

O primeiro encontro com os professores da Fafi foi um bate-papo sobre inclusão de pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, surdez, altas habilidades/superdotação no campo da cultura. "É fundamental que consigamos investir nos processos formativos daqueles que também são formadores. O tema 'Acessibilidade Cultural' para os que intentam garantir que a arte é, de fato, direito de todos, é princípio motriz para as práticas inclusivas".
Segundo Solange Hoffmann, pedagoga da instituição, essa é uma oportunidade para o melhor rendimento dos alunos com necessidades especiais. "Para os professores da Fafi, de maneira especial, essa atividade veio ao encontro das necessidades vivenciadas pela escola, que tem em seu quadro de alunos pessoas com Síndrome de Down e pessoas cegas fazendo aulas de teatro, aulas de dança e aulas de música".
A professora de dança Eliane Miranda acrescentou: "Foi possível refletir acerca da construção do conhecimento sobre acessibilidade e inclusão a partir da arte e da cultura. Isso fez do encontro um momento produtivo para nossas vidas artísticas e profissionais considerando nossos desafios tanto na sala de aula quanto no palco".

Inclusão

Para Lílian, o assunto é uma das questões de maior importância na atualidade. "A acessibilidade, em todas as suas dimensões, é condição para que a sociedade seja inclusiva. Onde todas as pessoas, indistintamente, tenham garantido o direito de ir, vir e, diria, de permanecer em quaisquer espaços da sociedade. Deveria ser um tema transversal, tanto nas políticas quanto nas práticas sociais", afirmou.
Ela emendou: "Nesse momento histórico, não é mais possível negligenciar a questão. Exemplo claro disso é a última edição do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, da Fundação Nacional de Artes (Funarte). Um dos quesitos de avaliação dos projetos submetidos ao prêmio neste ano foi a apresentação do plano de acessibilidade dos projetos propostos. Como se percebe, é um movimento que não admite andar para trás. Temos uma tarefa que exige muito trabalho".

Informações à imprensa:

Leonardo Vais da Silva (lvsilva@vitoria.es.gov.br) | Tel(s).: 3132-8354/ 98818-4490
Com edição de Secom - Prefeitura de Vitória


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