Quem esteve na feira livre de Campo Grande, na manhã deste domingo (31), além de abastecer a despensa, aproveitou para saber como andava de saúde a partir do que se come. Os frequentadores puderam receber orientação nutricional e fazer uma avaliação física. O serviço foi oferecido por oito nutricionistas da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). As profissionais pesaram, mediram a altura e calcularam o índice de massa corpórea das 135 pessoas que passaram pela tenda armada próxima à feira. O objetivo foi mostrar a importância de se cultivar hábitos alimentares adequados como forma de se manter bem e prevenir doenças.
E não tinha faixa etária quando a questão é a saúde que começa no prato. Como a estudante Emily Alves, 16 anos, moradora de São Conrado. Ela busca o equilíbrio com caminhada e valoriza um cardápio com verduras, legumes e frutas. Mesmo assim, sentiu necessidade de buscar mais orientações a respeito de alimentação e peso. “Eu me interessei em vir aqui pela questão da educação alimentar, porque, às vezes, a gente tem acesso ao serviço e não procuramos saber direito. Então, aproveitei para tirar as dúvidas em relação a massa corpórea e o peso ideal”, contou.
Já a comerciária Elenilza Lima, 38, moradora de Campo Grande, pensa no futuro. “Quero ter uma qualidade de vida melhor e chegar a idade mais avançada com saúde. Com as orientações, é possível identificar o que eu preciso melhorar na minha alimentação e também aproveito para passar algumas informações para os meus familiares”, pontuou.
Sódio
A nutricionista do Programa de Alimentação e Nutrição, Josy Venâncio, alertou aos participantes os perigos escondidos nos alimentos industrializados. “Neles, há excesso de sódio que o consumidor não vê mas indústria adiciona para conservar e dar mais sabor”, revelou. Numa mesa, o público podia ver a quantidade de sódio presente em produtos como macarrão instantâneo, biscoito recheado e tabletes de tempero pronto (caldo de carne e de galinha). Por exemplo, o macarrão que fica pronto em menos de cinco minutos tem, em média, 1.798 miligramas de sódio a cada 100 gramas do produto. Segundo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a ingestão máxima de sódio deve ser de dois gramas diários, o equivalente a cinco gramas de sal. O brasileiro consome 12 gramas de sal por dia, mais do que o dobro do recomendado pela OMS.
A reação do público é de surpresa com as informações recebidas. “Eles não acreditam que os produtos possuem a quantidade de gordura e sódio que mostramos. No final, explicamos que tudo está na própria embalagem nas tabelas de informações nutricionais”, explicou a nutricionista.
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