terça-feira, 5 de agosto de 2014

Teste do coraçãozinho ajuda a detectar doenças cardíacas congênitas


04/08/2014 - 11:32
 
Asscom/Sesa 
Sesa
O exame é disponibilizado em maternidades da rede pública.
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatra
 indicam que, em cada mil bebês nascidos 
vivos, de oito a dez podem apresentar
 malformações congênitas e, desses, 
dois podem apresentar cardiopatias graves, 
em que há a necessidade de intervenção 
médica o mais rápido possível. 
Recentemente, o Ministério da Saúde 
incorporou o exame de oximetria de
 pulso, mais conhecido como Teste do
 Coraçãozinho, como parte da triagem 
neonatal em todo o Sistema Único de 
Saúde (SUS). No Espírito Santo, o teste já
 é oferecido.

O exame é capaz de detectar precocemente cardiopatias graves e diminui o percentual 
de recém-nascidos que recebem alta sem o diagnóstico de problemas que podem 
levar ao óbito ainda no primeiro mês de vida.

Segundo a cardiologista pediátrica Sônia Rabello, o procedimento, preconizado 
pela Sociedade Brasileira de Pediatria e agora incorporado pelo Ministério da Saúde,
é apontado como essencial para o diagnóstico precoce de cardiopatia congênita crítica.
Isso porque ele funciona como uma triagem dos bebês que têm o risco de ter uma 
doença cardíaca grave.

O teste é feito com um aparelho chamado oxímetro de pulso. Os sensores são colocados 
na mão direita e em um dos pés do bebê para medir a concentração de oxigênio no sangue
 arterial da criança. Aquelas que apresentarem alterações são encaminhadas para
exame mais específico, o ecocardiograma, em até 24 horas, no próprio hospital,
 para diagnóstico e tratamento.

O exame é indicado para ser realizado em todos os recém-nascidos com mais de
 34 semanas de idade gestacional. Além disso, é importante que seja feito entre 
24 e 48 horas após o nascimento. Isso porque, no primeiro dia de vida, algumas 
alterações no organismo do recém-nascido podem atrapalhar o resultado. Após
as primeiras 24 horas e até o segundo dia de vida, o risco de erro diminui de forma
 significativa, mas o período ainda é considerado seguro para o diagnóstico 
das cardiopatias críticas.

A médica explica, ainda, que o exame que dá alterado, após uma hora é repetido 
para confirmar o resultado. Só então, a criança é encaminhada para exame 
mais específico, o ecocardiograma, para diagnóstico mais preciso e tratamento
 adequado. O ecocardiograma é feito com aparelho de ultrassonografia, que mostra
 a anatomia e funcionamento do coração. Através dele, é possível detectar 
qualquer defeito cardíaco congênito.

A médica ressalta que a especificidade do Teste do Coraçãozinho é de 99%, o que
significa que, quando dá negativo, praticamente descarta a possibilidade de 
doenças cardíacas graves. Ao mesmo tempo, a cardiologista tranquiliza os
 pais em caso de resultado positivo. Segundo ela, nem todo Teste do 
 dado como positivo tem o resultado confirmado. Estudos realizados 
comprovam que 25% das crianças enviadas para o ecocardiograma não 
possuem malformação no órgão.

Fique por dentro

– 10% das mortes infantis são causadas por doenças cardíacas.

– 30% a 40% das mortes infantis por malformação em algum órgão do corpo 
humano se referem a problemas no coração

O teste do Coraçãozinho

– O exame é simples, não invasivo, e não causa dor. É realizado pelo pediatra 
na maternidade para detectar doenças cardíacas graves, que podem provocar a 
 do bebê ainda no primeiro mês de vida.

Doenças cardíacas congênitas graves

– Transposição das grandes artérias (as grandes artérias aorta e pulmonar nascem
em posições trocadas)
– Atresia da válvula pulmonar (o bebê nasce sem a válvula pulmonar, responsável
 por levar sangue do coração até o pulmão)
– Síndrome de hipoplasia do coração esquerdo (estrutura do lado do esquerdo não se
desenvolve. É o lado esquerdo que bombeia sangue para o corpo)

Obs: Estes são exemplos de cardiopatias que exigem uma intervenção cirúrgica
 precoce para manter a circulação normal do sangue entre o pulmão, coração
 e o corpo da criança.

Nesses casos, há medicações e procedimentos hemodinâmicos (cateterismo cardíaco)
que podem ser aplicados para manter a vida da criança e estabilizá-la até a realização
 da cirurgia para corrigir a malformação.

As condutas são diferenciadas para cada caso. Alguns exigem cirurgia imediata.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Texto: Maria Angela Siqueira
mariaperini@saude.es.gov.br
Dannielly Valory/Kárita Iana/Marcos Bonn/Maria Ângela Siqueira
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/99969-8271/99943-2776/99983-3246
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