Na edição deste domingo, 3 de fevereiro de 2013, Cachoeiro de Itapemirim, via os teus filhos
que partiram em busca de novos horizontes, são destacados. Quem abriu a fila foi Rubem Braga,
que foi destaque nacional através de suas cronicas e reportagens. Um filho que nunca deixou de
falar sobre a sua mágica cidade, Cachoeiro de Itapemirim.
A reportagem de Mariana Filgueiras, com fotos de Leo Martins, faz uma constatação do que já
falava o médico e ecologista cachoeirense, João de Deus Madureira Filho, ao afirmar que ser
cachoeirense ausente era mais fácil do que cachoeirense presente. Mas neste momento não vou ficar
aqui lamentando o pouco cuidado e trato que as figuras de destaque nascidas em Cachoeiro de
Itapemirim, ou que por lá passaram, estão esquecidas de uma forma geral, mas que tem algumas pessoas que não as esquecem.
Vale a pena ler o texto de Mariana Filgueras, que ao fazer os seus registros, embute neles um toque para as pessoas e também a coletividade como um todo: o valioso capital que estão desprezando e
como que jogando na lata de lixo.
Quem, como eu, morou ou fez um 'estágio' em Cachoeiro de Itapemirim e conviveu com pessoas que sempre manifestaram amos a sua aldeia, tem a obrigação e o dever de não se omitir.
Aproveito o momento e quero registrar um texto que publiquei recentemente:
CACHOEIR0 DE ITAPEMIRIM, NÃO FIQUE ESPERANDO PELOS 200 ANOS DO NASCIMENTO DE RUBEM BRAGA
É comum e normal celebrarmos ou lembramos do nosso aniversário todos os anos. Tem gente que passa batido pela data, mas tem muitos que fazem festas, convida os mais próximos ou mesmo faz um encontro com a presença dos mais chegados.
Neste ano comemoramos os 100 anos de nascimento de Rubem Braga, uma das personagens mais importante de nossa História, pela sua obra e pelo amor que dedicava a seu Estado natal, mas mais ênfase ao seu Cachoeiro de Itapemirim. Nos seus escritos, que não foram poucos, sempre Cachoeiro de Itapemirim estava presente e de forma bonita e encantadora. Imagino que quantas e quantas pessoas que nunca vieram fisicamente a Cachoeiro, mas que o imaginavam, conduzidos pelas crônicas de Rubem.
Eu nunca vi uma comemoração de homenagens a nenhum capixaba que se assemelhasse ao que Rubem recebeu e vem recebendo. Mas a nossa vontade é que fosse muito mais, bem mais do que até aqui tomamos conhecimento. Sei que muitas manifestações ainda estão por vir, que venham.
Mas o meu objetivo é no sentido que Cachoeiro de Itapemirim ande um pouco mais adiante. É neste sentido que invertendo a ordem natural de um texto, primeiro matutei e curti o título deste texto: CACHOEIR0 DE ITAPEMIRIM, NÃO FIQUE ESPERANDO PELOS 200 ANOS DO NASCIMENTO DE RUBEM BRAGA.
Seria o momento atual para a formatação em Cachoeiro de Itapemirim de um centro de cultura que envolvesse toda a trajetória e a história de Rubem Braga. Seria oportuno que também fossem contemplados todas personalidades que saíram da cidade, principalmente com destino ao Rio de Janeiro, que sempre foi o maior polo de atração. Lá eles iam, bem como a outras localidades para estudar ou para trabalhar, suprindo uma necessidade local.
É importante dizer que os que saíram e se destacaram, nunca ouvi dizer que renegaram o ponto de partida, muito pelo contrário. Ter saído de Cachoeiro de Itapemirim, sendo filho ou não da terra, sempre foi um diferencial. Tudo isto aconteceu e acontece pela caminhada, competencia e serenidade da figura de Rubem Braga. Eu que morei lá, antes em Cariacica, Muniz Freire, Itapemirim, Guaçui, Alegre e Castelo, sei bem o que representou este tempo que ali morei.
Cachoeiro de Itapemirim não deve ser visto como uma delimitação geográfica, mas deve ser entendida como território que abriga a todos, venham de onde vier. Está passando o momento de eliminar as arestas entre as pessoas e os grupos locais que cultuam Rubem Braga, seu trabalho e sua personalidade.
Outro dia publiquei o texto que segue:
EU VI RUBEM BRAGA TRÊS VEZES.
A última foi no enterro de Augusto Ruschi em 1986, em Santa Teresa. O caixão deixava a Câmara Municipal e Rubem olhava triste a partida do seu grande amigo. Eles foram íntimos no contato com a Natureza, sendo que Rubem era o grande arauto de Ruschi e divulgador de suas idéias, estudos e angústias.
A penúltima vez foi em Vitória, quando ele chegava ao Palácio Anchieta onde seria condecorado. Governava o Estado Eurico Rezende (1979-1982). Neste dia ocorreu um problema porque Rubem chegou atrasado e eu não sei se a cerimônia aconteceu.
A primeira vez que vi Rubem Braga foi no ano de 1972 no Rio de Janeiro, quando participava de um encontro de jovens envolvidos com problemas dos menores, promovido pela Fundação Nacional do Estar do Menor (Funabem). Delegações de todo Brasil. Todos levavam alguma coisa dos seus Estados e nós de Cachoeiro de Itapemirim estávamos de mãos vazias. Não tive dúvidas, fui até a sua editora em Ipanema e lhe pedi alguns livros, no que fui prontamente atendido. Cachoeiro de Itapemirim também deu presentes, graças a teu filho ilustre e que sempre amou a sua terra mãe.
Mestre Rubem Braga, sempre ouvia histórias sobre você vindas da boca de sua prima Nair Coelho dos Santos, que morou na sua casa para estudar em Cachoeiro de Itapemirim.
De pé e em silêncio, a minha homenagem.
A penúltima vez foi em Vitória, quando ele chegava ao Palácio Anchieta onde seria condecorado. Governava o Estado Eurico Rezende (1979-1982). Neste dia ocorreu um problema porque Rubem chegou atrasado e eu não sei se a cerimônia aconteceu.
A primeira vez que vi Rubem Braga foi no ano de 1972 no Rio de Janeiro, quando participava de um encontro de jovens envolvidos com problemas dos menores, promovido pela Fundação Nacional do Estar do Menor (Funabem). Delegações de todo Brasil. Todos levavam alguma coisa dos seus Estados e nós de Cachoeiro de Itapemirim estávamos de mãos vazias. Não tive dúvidas, fui até a sua editora em Ipanema e lhe pedi alguns livros, no que fui prontamente atendido. Cachoeiro de Itapemirim também deu presentes, graças a teu filho ilustre e que sempre amou a sua terra mãe.
Mestre Rubem Braga, sempre ouvia histórias sobre você vindas da boca de sua prima Nair Coelho dos Santos, que morou na sua casa para estudar em Cachoeiro de Itapemirim.
De pé e em silêncio, a minha homenagem.
AGORA VAMOS SONHAR COM UM GRANDE CENTRO CULTURAL EM CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM COM O NOME E BENÇÃO DE RUBEM BRAGA QUE ABRIGASSE A TODO UNIVERSO DO CONHECIMENTO E DAS PESSOAS SEJAM ELAS CACHOEIRENSES OU DO TERRITÓRIO DE CACHOEIRO. ALI PODERÍAMOS TER MATERIAL E INFORMAÇÕES SOBRE NEWTON BRAGA, LEVY ROCHA, SERGIO SAMPAIO, ZUZUCA, RAUL SAMPAIO, BERNARDO HORTA DE ARAUJO, RAUL SAMPAIO COCO, DEUSDEDITH BAPTISTA, RICARDO FERRAZ, JERONIMO DE SOUZA MONTEIRO, ARILDO VALADÃO E MUITAS OUTRAS PESSOAS. ESTOU A DISPOSIÇÃO PARA AJUDAR E COLABORAR.
VAMOS RENDER HOMENAGEM AO HOMEM QUE TINHA CACHOEIRO COMO SEU ALTAR MAIOR:
CACHOEIR0 DE ITAPEMIRIM, NÃO FIQUE ESPERANDO
PELOS 200 ANOS DO NASCIMENTO DE RUBEM BRAGA.
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