Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
O Observatório de feminicídios na Argentina "Adriana Marisel Zambrano", coordenado pela Associação Civil A Casa de Encontro, publicou os dados do Informe de investigação de feminicídios no país, observados de 1º de janeiro até 31 de dezembro de 2012 com base em casos relatados por agências informativas e meios de comunicação.
De acordo com o documento, neste período foram registrados 255 feminicídios vitimando mulheres de todas as faixas etárias, mas, principalmente, pela ordem de casos, as que se encontravam com idade entre 31 e 50 anos; seguidas pelas de 19 a 30; e 51 a 65 anos. Bebês, crianças, adolescentes e idosas também foram vítimas dos crimes de gênero. Por causa dos feminicídios 248 crianças ficaram órfãs de mães neste período, assim como 64 filhos/as adultos/as. Além dos assassinatos, o relatório destaca ainda que 7 mulheres continuam desaparecidas com antecedentes de terem sofrido violência de gênero, algumas estão desaparecidas desde 2004, 2005 e 2009.
De modo geral, os agressores têm vínculos próximos com as vítimas. O informe apurou que a grande maioria dos crimes é cometida por esposos, companheiros, namorados e amantes ou ex. Em menor escala aparecem pais, padrastos ou outros familiares, e até vizinhos e conhecidos. Na maioria dos casos, eles usam armas de fogo, golpes, apunhaladas, estrangulamento, asfixia, enforcamento, entre outros. Os crimes acontecem, em primeiro lugar, na moradia da vítima, em seguida em moradia compartilhada com o agressor, em via pública e outros locais.
As localidades em que mais se registram assassinatos de mulheres são Buenos Aires, com 77 casos, Santa Fé 23, Salta 19, Córdoba 19, Mendoza 15, Misiones 13, Caba 13, Santiago del Estero 12, Tucumán 11, Entre Ríos 8, e outras em menor escala.
O informe chama a atenção para a falta de informação completa sobre as mortes de mulheres vítimas da violência de gênero, já que em muitos casos, nos registros de morte se ignoram as evidências de violência sexista quando as vítimas ingressaram nos hospitais, por exemplo, invisibilizando a violência que gerou o quadro traumático.
Diante deste cenário, o Observatório enfatiza a necessidade de haver estatísticas oficiais sobre a violência contra as mulheres, de forma que os dados contribuam para a elaboração de políticas públicas integrais para prevenir e atender as vítimas. Além disso, o informe destaca a importância de elaborar um Plano Nacional para a erradicação da violência de gênero e o tratamento "prioritário e urgente" para leis nacionais e provinciais de prevenção e assistência, além da implementação da 'Lei de Proteção Integral para prevenir, sancionar e erradicar a violência contra as mulheres nos âmbitos em que desenvolvem suas relações interpessoais'.
O documento recomenda ainda a instalação de programas e abrigos de assistência integral para atender mulheres vítimas de violência sexista; a intensificação de campanhas de informação e prevenção; e capacitação de profissionais que trabalhem com a temática em diferentes órgãos do governo.
"É necessário considerar a violência sexista, como uma questão política, social, cultural e de Direitos Humanos, desta forma se poderá ver a grave situação em que vivem as mulheres, meninas e meninos na Argentina como uma realidade coletiva pela qual se deve atuar de maneira imediata", analisa o documento.
De acordo com o documento, neste período foram registrados 255 feminicídios vitimando mulheres de todas as faixas etárias, mas, principalmente, pela ordem de casos, as que se encontravam com idade entre 31 e 50 anos; seguidas pelas de 19 a 30; e 51 a 65 anos. Bebês, crianças, adolescentes e idosas também foram vítimas dos crimes de gênero. Por causa dos feminicídios 248 crianças ficaram órfãs de mães neste período, assim como 64 filhos/as adultos/as. Além dos assassinatos, o relatório destaca ainda que 7 mulheres continuam desaparecidas com antecedentes de terem sofrido violência de gênero, algumas estão desaparecidas desde 2004, 2005 e 2009.
De modo geral, os agressores têm vínculos próximos com as vítimas. O informe apurou que a grande maioria dos crimes é cometida por esposos, companheiros, namorados e amantes ou ex. Em menor escala aparecem pais, padrastos ou outros familiares, e até vizinhos e conhecidos. Na maioria dos casos, eles usam armas de fogo, golpes, apunhaladas, estrangulamento, asfixia, enforcamento, entre outros. Os crimes acontecem, em primeiro lugar, na moradia da vítima, em seguida em moradia compartilhada com o agressor, em via pública e outros locais.
As localidades em que mais se registram assassinatos de mulheres são Buenos Aires, com 77 casos, Santa Fé 23, Salta 19, Córdoba 19, Mendoza 15, Misiones 13, Caba 13, Santiago del Estero 12, Tucumán 11, Entre Ríos 8, e outras em menor escala.
O informe chama a atenção para a falta de informação completa sobre as mortes de mulheres vítimas da violência de gênero, já que em muitos casos, nos registros de morte se ignoram as evidências de violência sexista quando as vítimas ingressaram nos hospitais, por exemplo, invisibilizando a violência que gerou o quadro traumático.
Diante deste cenário, o Observatório enfatiza a necessidade de haver estatísticas oficiais sobre a violência contra as mulheres, de forma que os dados contribuam para a elaboração de políticas públicas integrais para prevenir e atender as vítimas. Além disso, o informe destaca a importância de elaborar um Plano Nacional para a erradicação da violência de gênero e o tratamento "prioritário e urgente" para leis nacionais e provinciais de prevenção e assistência, além da implementação da 'Lei de Proteção Integral para prevenir, sancionar e erradicar a violência contra as mulheres nos âmbitos em que desenvolvem suas relações interpessoais'.
O documento recomenda ainda a instalação de programas e abrigos de assistência integral para atender mulheres vítimas de violência sexista; a intensificação de campanhas de informação e prevenção; e capacitação de profissionais que trabalhem com a temática em diferentes órgãos do governo.
"É necessário considerar a violência sexista, como uma questão política, social, cultural e de Direitos Humanos, desta forma se poderá ver a grave situação em que vivem as mulheres, meninas e meninos na Argentina como uma realidade coletiva pela qual se deve atuar de maneira imediata", analisa o documento.
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