Estimativa da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC) aponta que o consumo de cafés no Brasil para 2013 chegará a 21 milhões de sacas, o maior de todos os tempos. Já em 2012, o consumo per capita foi de 6,23 quilos de café em grão cru ou 4,98 quilos de café torrado, quase 83 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 2,10%, em relação ao período anterior (2011). O desempenho supera o ano de 1965, tornando-se o maior consumo já registrado no Brasil, sendo maior que o consumo por habitante da Itália, da França e dos EUA.
“No Espírito Santo, a formação da renda agrícola, aquela que fica nas propriedades rurais, é muito dependente da cafeicultura. E a ampliação do consumo interno de café se traduz em oportunidade de mercado para nossos cafeicultores, tendo em vista que, em breve, no máximo em 5 anos, vamos ultrapassar o Estados Unidos, e liderar também o consumo da bebida no mundo”, destaca o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli.
O crescimento do consumo pode chegar a 3% nesse ano e os principais fatores que impulsionam esse aumento são o crescimento do poder de compra das classes B, C e D, o aumento da renda e do consumo nas regiões Nordeste e Centro Oeste, os investimentos que são realizados para os grandes eventos esportivos e a retomada da economia brasileira.
Bom para o Espírito Santo. Esse aumento de consumo pode beneficiar diretamente a cafeicultura capixaba, que é a maior produtora de Conilon do Brasil, tendo ainda registrado recorde de safra em 2012.
“Atualmente a indústria nacional é a grande consumidora de café Conilon, presente 40% a 45% nos blends com o café arábica, que também temos produção elevada. A ampliação do Conilon no consumo nacional é fruto de suas boas características de corpo e equilíbrio, em determinados expressos e em bebidas de qualidade superior ou gourmet”, completa Enio Bergoli.
Essa consideração está diretamente ligada às previsões da ABIC, que para 2013 prevê o aumento contínuo do consumo ‘fora do lar’, com um número crescente de cafeterias e restaurantes oferecendo cafés de melhor qualidade. Desde 2004, esse tipo de consumo já cresceu mais de 350%.
Desde então, a tendência é a procura por formas de preparação em doses únicas, como os expressos, os cafés em sachês, as cápsulas e os serviços de preparação em coadores e filtros, para passar uma única xícara feita na hora de café filtrado. Esse modelo é importado dos EUA, que é o maior consumidor de café do mundo, e que se dissemina rapidamente nas casas de café.
Nesse contexto, a chegada dos grandes eventos esportivos criarão boas oportunidades para as empresas de café, seja pelo lançamento de novos produtos temáticos, seja pela ativação de novas casas de café, receptivos em aeroportos, restaurantes e hotéis. Ainda segundo a ABIC, os brasileiros estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas de beber, adicionando ao café filtrado consumido nos lares também os cafés expressos, cappuccinos e outras combinações com leite.
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