Por Herbert Soares
Pedro Mariano de Souza nasceu em 27 de setembro de 1920, na localidade de São Simão, em Muniz Freire. Filho de Benedito Mariano de Souza e Flausina da Silva Braga.
Serviu como soldado do 1º Regimento de Infantaria na Segunda Guerra Mundial. O referido Regimento, segundo o livro “A Minha Guerra”, de José Waldir Merçon foi um dos mais dizimados pelo exército alemão na conquista do Monte Castelo.
Faleceu aos 24 anos em um acidente de caminhão no dia 29 de outubro de 1944, em campo de batalha, na cidade de Pisa, na Itália. Foi enterrado no cemitério de Pistóia, também na Itália, na cova Nº 9. Atualmente seus restos mortais encontram-se na ala D, no monumento aos mortos da Segunda Guerra Mundial, localizado no Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro.
Sobre o trauma causado pela sua morte, o historiador Agenor Favoreto em “Muniz Freire – Terra de Gente Que Faz História” registrou: “Segundo conta os seus familiares, D. Flausina morreu desgostosa e angustiosa, de tanto esperar pela volta do filho, pois receosos de sua reação, à época, decidiram não lhe contar sobre o verdadeiro destino do rebento”.
Foi condecorado com as Medalhas de “Campanha” e “Cruz de Combate de 2ª Classe”. A Medalha de Campanha é concedida a militares que tenham participado de ações de guerra sem nota de desabono. Já a Medalha Cruz de Combate 2ª Classe, é oferecida aos militares que tenham participado de forma coletiva de feitos de grande destaque na Segunda Guerra.
O município homenageou Pedro Mariano através da Lei Nº 221 de 26 de dezembro de 1960 que denominou de “Rua Expedicionário Pedro Mariano” a antiga “Rua 13 de Maio”. Mas a publicação de outra lei, a de Nº 128 de 29 de dezembro de 1964, retirou o nome de Pedro Mariano da rua, denominando-a de “Antonio Bazzarella”, nome que permanece até os dias de hoje. Vale ressaltar que a Lei Nº 128 em seu segundo artigo também substituiu o nome da antiga “Travessa do Carmo”, que passou a se chamar “Travessa Expedicionário Pedro Mariano”.
No prosseguimento da pesquisa verificou-se que a Lei Nº 824 de 15 de outubro de 1976 criou uma confusão que permanece nos dias de hoje. A citada lei ignorou parte da lei que homenageava Pedro Mariano e denominou a travessa com o nome de Jerônimo Monteiro sem revogar a lei que homenageava Pedro Mariano.
Em 1989, a Lei Nº 1072, retirou o nome de Jerônimo Monteiro para homenagear José Manoel Almeida, nome que permanece até hoje. Conclusão: a rigor da Lei, o nome de Pedro Mariano de Souza não foi retirado oficialmente, mas o fato é que ele acabou ficando sem as devidas homenagens como podemos observar nas ruas da cidade.
O bravo soldado Pedro Mariano de Souza ficou marcado na história. É considerado pelo Exército Brasileiro um herói que tombou lutando pela nação e assim ele deve ser sempre lembrado por todos muniz-freirenses e também pelo poder público.
Agradecimentos especiais na elaboração do texto: Ercilia Pastore, Mercedes Pastore e Pedro Pastore. Vale lembrar também a importância de Jonote da Silva Braga na busca de informaçoes sobre Pedro Mariano de Souza.
*Texto publicado no jornal "O Muniz Freire", edição de Novembro de 2012.
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