Por ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) gasta mais de R$ 100 milhões para fornecer 182 tipos de medicamentos especializados – diferentes daqueles fornecidos pelos municípios que são para atenção básica.
Para se ter uma idéia da importância desse investimento, a gerente da Assistência Farmacêutica, Maria José Sartório, lembra que pacientes com a doença crônica artrite reumatóide precisam fazer uso regular do Infliximab. O tratamento dura, em média, um ano com duas aplicações mensais do medicamento. Como cada ampola custa R$ 1.170,00, o custo estimado é de R$ 28.080,00, por paciente.
De acordo com a gerente, a descentralização das unidades, a partir da implantação do projeto Farmácia Cidadã Estadual, em 2007, facilitou o acesso da população a medicamentos de alto custo. A unidade inaugurada mais recentemente foi aberta em maio do ano passado, no bairro Portal deJacaraípe, na Serra, e beneficiou 5.200 pacientes daquele município, de Ibiraçu e Itaguaçu.
Esses pacientes tinham que se deslocar até a Farmácia Cidadã Metropolitana, em Cariacica, para retirarem medicamentos. A expectativa é que o mesmo deva ser feito com moradores de Aracruz, Fundão, Itarana, João Neiva, Santa Teresa e Santa Maria de Jetibá. Além da Serra, atualmente os atendimentos são realizados em Vila Velha, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, São Mateus, Nova Venécia e Venda Nova do Imigrante.
Dos 182 medicamentos que compõem a Relação Estadual de Medicamentos (Rememe),151 são padronizados pelo Ministério da Saúde (MS). Os demais 31 foram acrescentados pela Sesa a fim de cobrir uma demanda local específica, como itens voltados para o tratamento de pacientes que sofrem, por exemplo, com dor crônica e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
Melhorias
Entre as melhorias ocorridas nos últimos anos, a gerente cita a ampliação do número de medicamentos disponíveis, revisão periódica da lista disponível levando em consideração a eficácia dos produtos, avanços da indústria farmacêutica e necessidades da população. O índice de abastecimento de remédios é motivo de comemoração: 98%.
Pacientes que sofrem de doenças crônicas, que exigem tratamento prolongado e de alto custo como Mal de Alzheimer, hipertensão pulmonar, hepatites B e C, entre outras, são o foco do atendimento das Farmácias Cidadãs Estaduais.
Só no ano passado, elas realizaram 413.631 atendimentos. A maioria dos pacientes (74,19%) é do Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante (25,81%), da rede privada. Mais de 26 mil novos processos de solicitação de medicação de alto custo foram abertos no ano passado.
Início
O componente especializado (antes denominado de alto custo ou excepcional) existe desde 1993 e foi sendo ampliado ao longo do tempo. Até o programa Farmácia Cidadã Estadual ser implantado havia cinco farmácias estaduais. Hoje, são nove farmácias. Em 2002, houve incremento no número de itens na lista de medicamentos, passando de 83 para 105, refletindo no volume de atendimentos e também nos custos do programa.
Farmácia Cidadã Estadual
O Projeto Farmácia Cidadã Estadual representa um conceito moderno em farmácia pública, com maior disponibilidade de medicamentos, estrutura física adequada, ambiente climatizado, atendimento farmacêutico especializado, informatização e desburocratização.
Caso necessite de algum medicamento do Componente Especializado (anteriormente denominados “alto custo”), o cidadão deve recorrer à Farmácia Cidadã Estadual de referência do seu local de residência, para abrir o processo, desde que sejam atendidos os critérios definidos nos Protocolos estaduais e do Ministério da Saúde. Já para ter acesso a medicamentos básicos, fornecidos pelos municípios, a pessoa deve procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima à sua residência.
Mais informações sobre como obter medicamentos pelo SUS estão disponíveis no site da Sesa(www.saude.es.gov.br), no ícone Farmácia Cidadã.
Comparativo Geral de Atendimentos 2002-2012
| ||
Ano
|
Total
|
Média mensal
|
2002
|
69.000
|
5.750
|
2003
|
107.351
|
8.946
|
2004
|
130.471
|
10.873
|
2005
|
147.523
|
12.294
|
2006
|
207.865
|
17.322
|
2007
|
245.205
|
20.434
|
2008
|
308.593
|
25.716
|
2009
|
293.382
|
24.449
|
2010
|
278.241
|
23.187
|
2011
|
270.164
|
22.514
|
2012
|
413.631
|
34.469
|
Informações à Imprensa: Assessoria de Comunicação da Sesa Dannielly Valory/Jucilene Borges/Marcos Bonn/Maria Angela Siqueira Texto: Maria Angela Siqueira mariaperini@saude.es.gov.br Tels.: 3137-2307/3636-8334/9983-3246/9969-8271/9943-2776 asscom@saude.es.gov.br
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