sexta-feira, 1 de julho de 2016

Incaper promove palestra sobre padrões climáticos no Estado e em Vila velha

Incaper
Palestra sobre as mudanças climáticas durante o “II Encontro de Educação Ambiental: Dialogando com a escola e com a cidade”, da PMVV.


30/06/2016 - 16h39min

Nesta quinta-feira (30) o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) participou do “II Encontro de Educação Ambiental: Dialogando com a escola e com a cidade”, realizado pela Gerência de Educação Ambiental do município de Vila Velha. O foco foi discutir sobre os padrões de chuva no Espírito Santo e em Vila Velha, além de mostrar os seus reflexos e comportamentos. 

O objetivo do evento é tornar as práticas sustentáveis uma realidade palpável na comunidade escolar e inserir as crianças, cada vez mais, no contexto de preservação do ecossistema local. Em seu último dia (30) já estiveram, aproximadamente, 200 pessoas presentes e dentre elas, alunos e professores das escolas da rede, além de autoridades locais.

O engenheiro agrícola e chefe da equipe do Sistema de Informações Meteorológicas do Incaper, José Geraldo Ferreira da Silva, foi o responsável em dar a palestra, e iniciou a sua apresentação mostrando aos alunos um pouco sobre o funcionamento do sistema de informações meteorológicas.

Segundo ele, o município de Vila Velha é plano e formado por zonas naturais que contemplam terras quentes acidentadas com transição de chuvas para as secas, bem como as terras quentes e planas.
A partir de uma análise das chuvas em cada mês, são apresentadas séries de mais de 40 anos de dados compilados. Em junho deste ano choveu, em média, 57 mm. Já o município de Vila Velha passou da média. Geralmente os meses mais chuvosos são novembro e dezembro, porém existem também chuvas significativas em abril.

O mês consideravelmente mais frio em Vila Velha é julho (até setembro), chegando a médias das madrugadas abaixo de 20ºC e as médias das tardes vão de 26ºC a 28ºC. O mês mais quente na cidade é fevereiro, onde a média das tardes ficam em torno de 32ºC. 

Comportamento das chuvas

José Geraldo apresentou dados compilados de 1970 a 1988. De acordo com a análise das chuvas, houveram algumas menores de 5mm e chegou a até 1011 eventos, com chuvas de até 120mm. Segundo ele, o Espírito Santo teve eventos grandes de chuvas mas com frequências pequenas. Nos últimos anos o Espírito Santo teve pouco aumento das chuvas mais intensas, por outro lado aumentou-se a frequência de chuvas de maior intensidade. 

De 1977 até 2013, o maior registro de chuvas no Estado foi a partir de 2003. “O padrão de chuvas no Espírito Santo está mudando, mas não podemos afirmar que essas modificações estão ligadas somente com o aquecimento global. O nosso comportamento em relação ao meio ambiente é o que devemos mudar e é uma das formas de nos prepararmos para o que vem pela frente e o que queremos para o nosso futuro”, lembrou José Geraldo. 

Número de dias de chuvas

José Geraldo lembrou que novembro e dezembro são os meses mais chuvosos e que o Espírito Santo já teve até 26 dias de chuvas disparadas em janeiro, novembro e dezembro de 2013. 
“Devemos ficar atentos porque em 2015 por exemplo, nós não tivemos água armazenada em nossos solos. Em Vila Velha tivemos 1ºC a 2ºC acima da média e faz toda a diferença”, completou. 

Ele chamou a atenção para os gastos desnecessários com a água e lembrou, também, que no meio urbano as pias da cozinha representam 17% do valor da nossa conta, o banho e o vaso sanitário 30%. 
Segundo José Geraldo, em janeiro de 2016 choveu bastante, porém não resolveu a questão da seca, pois tiveram chuvas pequenas. O mês de junho chegou para tentar amenizar um pouco o cenário, mas ainda não foi suficiente para solucionar as drásticas consequências advindas da seca. “Em 2016, a previsão aponta que a partir de outubro é que a frequência das chuvas aumente, mas não podemos ter cem por cento de certeza, apesar de esperar que aconteça”, disse.

Também esteve presente durante o evento, o extensionista do Escritório Local de Desenvolvimento Rural (ELDR) de Vila Velha, Itamar Alvino de Souza. Ele lembrou aos alunos e professores que a Unidade Experimental do Incaper em Viana, em Jucuruaba, as Margens do Rio Jucu, encontra-se à disposição com árvores centenárias e plantas para reflorestamento, que é uma das maneiras de preservar o meio ambiente, evitando as consequências negativas com as mudanças climáticas. 

A Gerente de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Educação de Vila Velha (Semed), Flávia Maciel, lembrou que eventos como este reforçam a importância do diálogo com as escolas. “Os professores são os multiplicadores de informação e os alunos transformam o meio ambiente repassando as informações para a família e para a sociedade”.



Assessoria de Comunicação do Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus – tatiana.souza@incaper.es.gov.br
Vanessa Capucho - vanessa.covosque@incaper.es.gov.br
Texto: Tatiana Caus 
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