O ato iniciado hoje ao meio dia reuniu cerca de 1.000 camponeses e camponesas de todo o estado do Espírito Santo as margens do Rio Doce em uma celebração ecumênica, lembrando o crime cometido pela Samarco e pela BHP Billiton, que despejou uma grande onda de resíduos de minério com o rompimento de uma barragem em Mariana - MG e exigindo ações concretas do poder público na punição dos responsáveis e recuperação imediata do rio em um pedido de SOS feito com os manifestantes.
Após a celebração, a manifestação seguiu pacífica pelas ruas de Colatina até a Companhia de Abastecimento (CONAB), local em que foi montado acampamento permanente até que sejam atendidas reivindicações dos camponeses que são; Anistia das dívidas contraídas pelo crédito agrícola do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), devido a forte seca que vem atingindo o estado nos últimos dois anos e comprometeu as safras, inclusive as do ano de 2017, levando as famílias camponesas ao endividamento; Crédito Emergencial Subsidiado, para que dê garantia digna de vida as famílias no campo, pelo período que durar a seca e a implementação de um programa de recomposição florestal para devolver dinâmica ao solo e assim funcionar como uma ferramenta de equilíbrio natural do clima.
Com a chegada dos camponeses aos armazéns da CONAB, foi observado pelos presentes que praticamente toda a estrutura estava vazia, logo não cumprindo com as obrigações de regularização dos estoques de alimentos no país e de acordo com uma pessoa que não quis se identificar, "o vazio na CONAB é uma forma de ampliar o processo de sucateamento da companhia e assim privatizá-la com a desculpa de que não funciona" a pessoa ainda conclui afirmando que "já houveram cortes com pessoal que trabalha no local".
No período da noite um grupo contendo todas as representatividades, foi a uma sessão na Câmara de Vereadores de Colatina a convite do vereador Laudeir Cassaro (PT) e que embora sem o cumprimento das regras de inscrição na plenária popular, esta foi aceita por unanimidade e Maria Emilia (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colatina) em seu discurso comentou que a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras é justa e defende não somente o campo, como também a cidade, pois todos os municípios da região tem sua base alicerçada na agricultura familiar.
Contatos:
Douglas Fernandez (27)9-9523-2492
Valmir José - Movimento dos Pequenos Agricultores (27)9-9981-5394
Adelso Rocha- Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (27) 9 9929-4722
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