Incaper
Cata da aroeira
06/07/2016 - 08h06min
A pimenta-rosa, fruto da aroeira, caiu no gosto da população e o Espírito Santo vem se destacando em produção, coleta, exportação e, também, no ramo industrial de processamento e beneficiamento do fruto.
A maioria das indústrias do ramo está localizada no Norte capixaba. Diante de um mercado em crescimento, comunidades rurais têm investido no cultivo e ampliado as possibilidades de geração de renda. O município de São Mateus é o maior produtor e exportador de pimenta-rosa do mundo desde 2012.
De acordo com a bióloga do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Fabiana Ruas, a colheita da aroeira, normalmente, vai da segunda quinzena de maio até o final de junho e dura cerca de 35 a 40 dias. “Um catador colhe aproximadamente 50 kg por dia, mas, em algumas regiões, tem uma 'safrinha' no final do ano, entre novembro e dezembro”, explicou Fabiana.
Segundo a bióloga, em 2012, no Espírito Santo, o valor chegava a R$3,00 o quilo e, em 2015, o produtor capixaba recebeu de R$ 4,50 a R$ 8,50 por quilo de fruto fresco da aroeira, dependendo da região e da qualidade do produto. Dependendo das técnicas de manejo aplicadas e do material genético, uma planta de 3 a 5 anos pode produzir de 3 a 8 quilos e, acima de 7 anos de idade, cultivada sob boas práticas, a produção pode chegar a 20 quilos por planta.
As comunidades do Sul e do Norte do Espírito Santo e do Norte Fluminense entregam as aroeiras coletadas para processamento principalmente nas indústrias Agrorosa, localizada em São Mateus, e Millar Importação e Exportação, em Boa Esperança.
De acordo com informações da Millar Importação e Exportação, a pimenta-rosa é um mercado em crescimento, pois atualmente explora-se basicamente o uso culinário, sendo a utilização para a indústria de cosméticos e farmacêutica um nicho a ser explorado.
A empresa também informou que o mercado internacional exige um produto de alta qualidade. A aparência precisa ser bonita e os grãos não podem estar quebrados. Além disso, os compradores estrangeiros têm buscado um produto georeferenciado, a fim de acompanhar se os cultivos de aroeira estão de acordo com práticas sustentáveis de produção.
Atualmente, a Millar exporta para países da Europa, do Oriente Médio e para os Estados Unidos e compra matéria-prima do Rio de Janeiro, da Bahia e do Espírito Santo, sendo o estado capixaba responsável pelo fornecimento de 90% da aroeira que chega para ser processada nessa empresa. A maior parte vem de agricultores familiares e um pequeno percentual de comunidades tradicionais.
A bióloga do Incaper, Fabiana Ruas, afirma que estão sendo realizados estudos sobre a pimenta-rosa a fim de proporcionar um produto de qualidade para atender às exigências da indústria e do mercado internacional. “O Instituto tem realizado estudos sobre aroeira a fim de orientar os produtores sobre boas práticas de manejo e colheita do fruto com vistas à melhoria da qualidade do produto e, consequentemente, obtenção de melhor valor de mercado. Também tem buscado pesquisar o potencial de uso das folhas da aroeira, que podem ser usadas na indústria farmacêutica, de cosméticos e de ração”, explicou Fabiana. Em breve, esses resultados já estarão disponíveis para a sociedade.
Incentivo ao negócio: crédito rural
Para quem quiser investir no cultivo de pimenta-rosa há linhas de crédito para financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).
Quem pode contratar:
Produtores rurais (pessoa física ou jurídica), associações de produtores rurais e cooperativas que se dediquem a atividades agrícolas.
O que pode ser financiado:
. Investimento em implantação e renovação de lavouras;
. Aquisição de máquinas e equipamentos novos e usados;
. Construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes;
. Investimento em obras de irrigação, açudagem, drenagem e recuperação do solo;
. Formação e recuperação de pastagens;
. Investimento em florestamento, reflorestamento e destoca;
. Aquisição de tratores e colheitadeiras.
Condições
. Juros a partir de 2,5% ao ano, de acordo com a linha de financiamento;
. Prazo total de até 120 meses;
. Prazo de carência compatível com a necessidade de cada atividade/cultura;
. Financiamento de até 100% do valor do investimento;
. Financiamento sem reciprocidade;
. Projeto elaborado por consultor credenciado.
Para acesso aos financiamentos, o Bandes trabalha com um sistema de credenciamento de parceiros-consultores, que são empresas ou profissionais com experiência na elaboração de projetos, com conhecimento da documentação necessária a ser apresentada, aptos a indicar a linha de financiamento mais adequada para cada empreendimento. A relação completa desses profissionais credenciados em cada município está no site www.bandes.com.br ou pelo Bandes Atende: 0800 283 4202.
Assessoria de Comunicação do Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus – tatiana.souza@incaper.es.gov.br
Vanessa Capucho - vanessa.covosque@incaper.es.gov.br
Texto: Luciana Silvestre Girelli
Tel.: (27) 3636-9865 / (27) 3636-9868
Twitter: @incaper Facebook: Incaper
A maioria das indústrias do ramo está localizada no Norte capixaba. Diante de um mercado em crescimento, comunidades rurais têm investido no cultivo e ampliado as possibilidades de geração de renda. O município de São Mateus é o maior produtor e exportador de pimenta-rosa do mundo desde 2012.
De acordo com a bióloga do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Fabiana Ruas, a colheita da aroeira, normalmente, vai da segunda quinzena de maio até o final de junho e dura cerca de 35 a 40 dias. “Um catador colhe aproximadamente 50 kg por dia, mas, em algumas regiões, tem uma 'safrinha' no final do ano, entre novembro e dezembro”, explicou Fabiana.
Segundo a bióloga, em 2012, no Espírito Santo, o valor chegava a R$3,00 o quilo e, em 2015, o produtor capixaba recebeu de R$ 4,50 a R$ 8,50 por quilo de fruto fresco da aroeira, dependendo da região e da qualidade do produto. Dependendo das técnicas de manejo aplicadas e do material genético, uma planta de 3 a 5 anos pode produzir de 3 a 8 quilos e, acima de 7 anos de idade, cultivada sob boas práticas, a produção pode chegar a 20 quilos por planta.
As comunidades do Sul e do Norte do Espírito Santo e do Norte Fluminense entregam as aroeiras coletadas para processamento principalmente nas indústrias Agrorosa, localizada em São Mateus, e Millar Importação e Exportação, em Boa Esperança.
De acordo com informações da Millar Importação e Exportação, a pimenta-rosa é um mercado em crescimento, pois atualmente explora-se basicamente o uso culinário, sendo a utilização para a indústria de cosméticos e farmacêutica um nicho a ser explorado.
A empresa também informou que o mercado internacional exige um produto de alta qualidade. A aparência precisa ser bonita e os grãos não podem estar quebrados. Além disso, os compradores estrangeiros têm buscado um produto georeferenciado, a fim de acompanhar se os cultivos de aroeira estão de acordo com práticas sustentáveis de produção.
Atualmente, a Millar exporta para países da Europa, do Oriente Médio e para os Estados Unidos e compra matéria-prima do Rio de Janeiro, da Bahia e do Espírito Santo, sendo o estado capixaba responsável pelo fornecimento de 90% da aroeira que chega para ser processada nessa empresa. A maior parte vem de agricultores familiares e um pequeno percentual de comunidades tradicionais.
A bióloga do Incaper, Fabiana Ruas, afirma que estão sendo realizados estudos sobre a pimenta-rosa a fim de proporcionar um produto de qualidade para atender às exigências da indústria e do mercado internacional. “O Instituto tem realizado estudos sobre aroeira a fim de orientar os produtores sobre boas práticas de manejo e colheita do fruto com vistas à melhoria da qualidade do produto e, consequentemente, obtenção de melhor valor de mercado. Também tem buscado pesquisar o potencial de uso das folhas da aroeira, que podem ser usadas na indústria farmacêutica, de cosméticos e de ração”, explicou Fabiana. Em breve, esses resultados já estarão disponíveis para a sociedade.
Incentivo ao negócio: crédito rural
Para quem quiser investir no cultivo de pimenta-rosa há linhas de crédito para financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).
Quem pode contratar:
Produtores rurais (pessoa física ou jurídica), associações de produtores rurais e cooperativas que se dediquem a atividades agrícolas.
O que pode ser financiado:
. Investimento em implantação e renovação de lavouras;
. Aquisição de máquinas e equipamentos novos e usados;
. Construção, reforma ou ampliação de benfeitorias e instalações permanentes;
. Investimento em obras de irrigação, açudagem, drenagem e recuperação do solo;
. Formação e recuperação de pastagens;
. Investimento em florestamento, reflorestamento e destoca;
. Aquisição de tratores e colheitadeiras.
Condições
. Juros a partir de 2,5% ao ano, de acordo com a linha de financiamento;
. Prazo total de até 120 meses;
. Prazo de carência compatível com a necessidade de cada atividade/cultura;
. Financiamento de até 100% do valor do investimento;
. Financiamento sem reciprocidade;
. Projeto elaborado por consultor credenciado.
Para acesso aos financiamentos, o Bandes trabalha com um sistema de credenciamento de parceiros-consultores, que são empresas ou profissionais com experiência na elaboração de projetos, com conhecimento da documentação necessária a ser apresentada, aptos a indicar a linha de financiamento mais adequada para cada empreendimento. A relação completa desses profissionais credenciados em cada município está no site www.bandes.com.br ou pelo Bandes Atende: 0800 283 4202.
Assessoria de Comunicação do Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus – tatiana.souza@incaper.es.gov.br
Vanessa Capucho - vanessa.covosque@incaper.es.gov.br
Texto: Luciana Silvestre Girelli
Tel.: (27) 3636-9865 / (27) 3636-9868
Twitter: @incaper Facebook: Incaper
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