terça-feira, 20 de outubro de 2015

Servidoras da Secretaria de Estado da Saúde participam de palestra sobre câncer de mama


20/10/2015 - 14:02
 
Asscom/Sesa 
Sesa
Além da palestra para as servidoras, outros encontros estão sendo realizados com o objetivo de levar informação e de alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
O que é câncer de mama, como ele surge, quais 
são as formas de tratamento, quais exames 
podem diagnosticar a doença, o que fazer para 
preveni-la. Essas foram algumas das 
questões abordadas pelo médico Luiz
 Augusto Fagundes, referência técnica em oncologia
 da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em 
um encontro com servidoras na manhã desta
 terça-feira (20).

O médico ressaltou que o câncer de mama 
representa 20% dos casos de câncer nas mulheres,
 que também são muito afetadas pelo 
câncer de intestino e pelo câncer de colo do útero. 
Ele comentou que ainda hoje, apesar de todas
 as campanhas de orientação e 
conscientização, encontram-se casos de 
câncer de mama em estágio avançado, o que
 reduz as possibilidades de cura.

“Um dos empecilhos para a o diagnóstico precoce ainda é a vergonha. A mama é um 
órgão escondido, é tida, muitas vezes, como um órgão sexual, por estimular o prazer.
Mas a mama não é um órgão sexual, é um órgão destinado à alimentação dos filhos. 
Muitas mulheres ainda adiam consultas porque têm receio de deixar um médico tocar sua 
mama para fazer o exame clínico; se a mulher começa a perceber que tem algo errado 
com a mama, já não mostra mais para o marido, que poderia apoiá-la. Mas se a mulher 
não deixar a timidez de lado, não vamos conseguir cuidar dela a tempo”, argumentou.

De acordo com o médico, cada milímetro que o tumor cresce significa 1% menos chance de
 cura para o câncer. E se a doença for diagnosticada logo no início, a possibilidade de cura 
passa de 90%. Ele enfatizou que o risco de desenvolver câncer de mama é maior em 
mulheres com mais idade. Entre 40 e 50 anos, as chances são de um caso a cada 69 
mulheres; entre 50 e 60 anos, um para 42 mulheres; e entre 60 e 70 anos, um para 29 
mulheres.

Isso não significa, segundo ele, que mulheres mais jovens não desenvolvam câncer. Apesar
 de a mamografia estar recomendada no Sistema Único de Saúde (SUS) para aquelas que 
têm entre 50 e 69 anos, é importante as mulheres buscarem acompanhamento médico na 
unidade de saúde porque, caso existam fatores de risco importantes ou ocorra 
alguma manifestação suspeita na mama, o médico poderá solicitar exames.

É o que acontece com a servidora Luciana Abreu da Fonseca, de 45 anos. Desde os 35 ela 
faz mamografia e ultrassonografia porque todas as tias dela, por parte de mãe, morreram 
em decorrência de câncer, o que a torna muito mais vulnerável. “Gostei muito da 
palestra. Momentos assim são importantes para esclarecer dúvidas e conscientizar”, 
comentou a servidora, que disse estar sempre atenta.


Margareth Soares Elias, de 52 anos, passou por uma cirurgia, no ano passado, para 
retirada de um ducto mamário. Ela percebeu que havia algo errado com a mama direita 
quando certo dia tirou a sutiã e viu que ele estava molhado bem na região do mamilo. 
Passando a observar, constatou que uma secreção incolor escorria espontaneamente. A 
 logo procurou um médico, que solicitou exames e constatou uma lesão no ducto mamário.

“Eu faço mamografia regularmente, mas o exame nunca acusou nada. Não sei se o 
problema surgiu naquele momento ou se passou despercebido. Posso ter pensado, em 
outros momentos, que era apenas suor. Eu não tinha o hábito de olhar meu corpo no 
espelho. Hoje eu me observo, até mesmo porque me preocupo muito com o outro seio”, 
conta.

O médico Luiz Augusto Fagundes lembra que a mamografia é um exame muito importante, 
assim como o exame clínico feito pelo profissional de saúde ou a ultrassonografia, que 
também pode ser solicitada em alguns casos. Mas ele diz que ainda mais importante 
são as consultas regulares e o cuidado com o corpo.

“Outubro Rosa não é um mês de mutirão de mamografia. Essa não é a política da Secretaria
 de Estado da Saúde do Espírito Santo nem do Ministério da Saúde. Queremos que as 
mulheres conheçam seu corpo e entendam que ele precisa de cuidados. Mais do que 
diagnosticar precocemente o câncer de mama, queremos evitar que ele surja. Para isso, ter
 uma alimentação saudável, sem corantes, sem conservantes, livre de produtos
 industrializados, com mais frutas, legumes e verduras, fazer atividade física, perder peso, 
deixar de ingerir bebida alcoólica e não fumar são atitudes de prevenção”, conclui o médico.

Dados

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 990 novos casos de câncer de mama 
devem ser registrados no Espírito Santo em 2015. Sabe-se que mulheres entre 50 e 69 
anos são naturalmente mais propensas a desenvolver a doença, razão pela qual elas 
compõem o principal público-alvo das ações de saúde.

Das 1.262 mulheres que morreram em decorrência do câncer de mama no Espírito Santo 
entre 2010 e 2014, 46,67% estavam dentro dessa faixa etária. Os demais óbitos
 foram registrados em mulheres com idade entre 40 e 49 anos (19,25%); 70 e 79 anos 
(13,78%); 80 anos ou mais (12,59%); 30 e 39 anos (6,81%) e 20 e 29 anos (0,87%).
 No primeiro semestre deste ano, foram registrados 131 óbitos por câncer de mama no 
Estado. Desse total, 47,32% eram mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos.

Programação

Além da palestra ministrada para servidoras, a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da 
Área Técnica de Promoção da Equidade e em parceria com a Associação Feminina de 
Educação e Combate ao Câncer (Afecc), está realizando encontros, em razão do Outubro 
Rosa, para levar informação, esclarecer dúvidas e alertar as mulheres sobre a 
importância da prevenção e da realização de exames de rotina.


No dia 14 de outubro, foi realizado um encontro na colônia de pescadores no 
município de Anchieta, e na próxima segunda-feira (26) serão realizadas palestras para 
o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) na sede da 
Secretaria de Estado da Saúde, na Enseada do Suá, em Vitória, e para a população de 
matriz africana na Casa de Mãe Leida de Oxum, em Campo Grande, Cariacica. E no dia 
09 de novembro acontecerá um encontro na comunidade quilombola de Guarapari.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Ana Carolina Stutz
anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
julianamachado@saude.es.gov.br
Álvaro Muniz
alvaromuniz@saude.es.gov.br
Texto: Juliana Rodrigues
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776

Nenhum comentário:

Postar um comentário