Divulgação
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A maioria dos municípios capixabas, como Pedro Canário, estão vacinando também nas escolas, o que tem contribuído para aumentar a cobertura vacinal. |
O Espírito Santo imunizou, até o momento,
70.187 meninas com a primeira dose da vacina
contra o HPV (papilomavírus humano). O
número representa 80,47% do público-alvo –
estimado para este ano em 87.220 garotas de
09 a 11 anos de idade – e está acima da
cobertura mínima preconizada pelo Ministério
da Saúde. O resultado coloca o Estado em
posição melhor do que as demais
unidades da federação, que ainda estão
com uma cobertura abaixo de 72%.
Na avaliação da coordenadora do Programa
Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, isso
significa que os municípios capixabas
desenvolveram uma boa estratégia de vacinação.
Ela diz que a maioria das cidades está vacinando
tanto nas unidades de saúde quanto nas escolas, o que tem contribuído para
aumentar a cobertura vacinal.
“Para o futuro, isso é muito importante, pois quanto maior o número de meninas
imunizadas, menor se torna a cadeia de transmissão do HPV, o que favorece toda a
coletividade. Inclusive os meninos, que também podem manifestar doenças quando
infectados pelo HPV, serão beneficiados indiretamente”, esclarece.
Ao todo, 44 municípios capixabas estão com mais de 80% do público-alvo imunizado,
mas 34 ainda estão abaixo da cobertura recomendada. De acordo com Danielle Grillo, as
cidades que não alcançaram a meta precisam melhorar os índices de vacinação para
aumentar a homogeneidade da cobertura vacinal.
“A orientação é que esses municípios trabalhem em parceria com as escolas e com os
agentes de saúde da família para resgatar as meninas que estão na faixa etária indicada
para tomar a primeira dose da vacina e ainda não foram imunizadas”,
complementa a coordenadora, ressaltando que é sempre importante manter uma
cobertura vacinal alta e homogênea em todos os municípios para diminuir a
disseminação do vírus.
Danielle Grillo salienta que os números referentes à primeira dose ainda podem
melhorar, considerando que a vacina continua disponível nas unidades de saúde e que
as doses aplicadas em meninas de 9 a 11 anos são contabilizadas durante todo o ano.
Prevenção
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, o HPV é uma família com
mais de 200 tipos de vírus. Desses, aproximadamente 12 são oncogênicos, ou seja,
têm capacidade de causar câncer. Ela explica que além de proteger contra os vírus
16 e 18, responsáveis por 70% dos cânceres de colo de útero, a vacina oferecida pela rede
pública de saúde imuniza contra os vírus 6 e 11, que causam em torno de 90% das
verrugas genitais.
Conforme destaca Danielle Grillo, o HPV causa também outras doenças, como câncer de
vagina, vulva, ânus e boca, nas mulheres, além de afetar os homens com verrugas
genitais e câncer de pênis, de ânus e de boca. Ela salienta que, ainda que exista tratamento
para essas doenças, há possibilidade de retorno após o tratamento, além do risco de morte,
como no caso do câncer de colo de útero, que é a terceira principal causa de óbito entre
mulheres no Brasil.
“As verrugas genitais, por exemplo, são tratadas geralmente com cauterização. É um
tratamento doloroso e incômodo, e que pode ser demorado, dependendo da
quantidade de lesões”, comenta a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações.
A resposta imunológica, segundo Danielle Grillo, é melhor em quem nunca teve contato
com o HPV, mas ela ressalta que a vacina funciona mesmo para quem teve contato com o
vírus. “Se a pessoa teve contato com apenas um dos quatro tipos de vírus que
compõem a vacina, por exemplo, tomando a vacina ela estará protegida contra os outros
três. E se teve contato com algum tipo de vírus que não compõe a vacina, estará protegida
contra os quatro tipos contemplados na vacina”, detalha.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações lembra que a maioria dos
casos de transmissão do HPV acontece nas relações sexuais, mas nem sempre o
preservativo é suficiente para prevenir o contágio. Ela diz que a camisinha ajuda em
torno de 70%, mas não previne totalmente porque a transmissão também pode
ocorrer pelo contato com a pele ou a mucosa infectada.
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