Publicada em 29/10/2015, às 17h24
Douglas Schneider
Mexicanos visitaram Emef Álvaro de Castro Mattos e conheceram a estrutura das aulas de Educação Especial
Douglas Schneider
Visita fez parte de um projeto de pesquisa para troca de experiências entre Vitória e Xalapa
A rede municipal de ensino conta com 1.230 alunos na Educação Especial. Por conta dessa abrangência e da eficiência no atendimento, Vitória é modelo para estados e até países. Durante duas semanas, representantes do Mato Grosso do Sul e do México visitam a capital e aproveitam para conhecer os serviços prestados pela Secretaria Municipal de Educação (Seme).
Eles participam do I Simpósio Internacional de Estudos Comparados em Educação, organizado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que teve início no último dia 27.
Eles fazem parte do projeto de pesquisa "Políticas de acesso e de permanência de pessoas com deficiência no ensino comum: um estudo comparado de sistemas educativos brasileiros e mexicanos". O objetivo é consolidar a interlocução e a parceria com grupos de pesquisas vinculados a universidades nacionais e internacionais. Representantes de Vitória e outros municípios capixabas, além de Buenos Aires (Argentina) e Xalapa (México) estão participando do evento.
"Nós estamos participando de um estudo comparado com a Ufes para fazer experiências entre os municípios do Espírito Santo e Xalapa, em Veracruz, no México. Por isso, estamos visitando escolas para saber como trabalham aqui. A Educação Especial em Vitória é muito boa, e as unidades de ensino contam com uma prática inclusiva, com estratégias e atividades de inclusão. É importante ressaltar que esses alunos sabem que não têm algumas habilidades, mas sabem também que têm outras onde são muito fortes. Por isso, nós temos que ajudá-los no desenvolvimento e aprender com eles", explicou a diretora da Educação Especial de Veracruz, Delfina Cuevas.
Visitas
Os mexicanos buscaram informações sobre as diretrizes para atendimento aos alunos com deficiência intelectual, autismo, surdez, deficiência visual e altas habilidades.
Nesta última quarta-feira (28), eles visitaram o Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Zenaide Genoveva Marcarini Cavalcanti e a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Álvaro de Castro Mattos.
Nas unidades, eles puderam observar a dinâmica desenvolvida com os alunos da modalidade de Educação Especial, em sala de aula regular e com apoio do professor especializado. Ainda conheceram as Salas de Recursos Multifuncionais e outros espaços das escolas.
"Nós ficamos muito felizes em sermos contemplados pela pesquisa e poder vir mostrar o nosso trabalho. Segundo as pesquisas, estamos muito à frente de alguns municípios e de outros estados", contou Terezinha Piva Spósito, que é coordenadora da Educação Especial em Dourados (MS).
Diretrizes
Atendendo às diretrizes da Política Nacional de Educação Inclusiva, a Secretaria Municipal de Educação (Seme) implantou na rede de ensino de Vitória, em 2008, a Política de Educação Bilíngue para os alunos surdos. Ela consiste no respeito à singularidade linguística do aluno com surdez em seu processo de ensino e aprendizagem.
Dessa forma, ele aprende a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e a língua portuguesa escrita, como segunda língua.
Atualmente, sete escolas municipais possuem uma equipe de 16 professores bilíngues, 21 tradutores, 12 professores de Libras e cinco instrutores de Libras (esses dois últimos cargos são preenchidos por profissionais surdos) para atender 45 estudantes.
Douglas Schneider
Educadores querem levar experiência de Vitória para seus locais de origem
Douglas Schneider
Visitantes buscaram informações sobre as diretrizes e técnicas para atendimento aos alunos de Educação Especial
Informações à imprensa:
Carmem Tristão (ctristao@vitoria.es.gov.br) | Tel(s).: 3225-2473 / 98889-6140
Com edição de Matheus Thebaldi
Com colaboração de Maxuel Rodrigues
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