quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Comercialização de produtos da agricultura familiar é destaque em oficina do Pedeag 3

Seag
Pedeag 3


29/10/2015 - 12h03min

Como aumentar a comercialização dos produtos da agricultura familiar e contribuir para o crescimento da renda dos agricultores capixabas? Quais os principais mercados que estão à disposição dos agricultores para comercializar sua produção? Essas e outras questões estiveram em discussão na manhã desta quarta-feira (28), em Colatina, durante a oficina do Pedeag 3 sobre as estratégias de acesso aos mercados para a agricultura familiar no Espírito Santo. A oficina contou com a presença do secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, e reuniu representantes de associações, entidades públicas e cooperativas agrárias e produtores rurais.


A especialista convidada foi a coordenadora do Programa Estadual de Comercialização da Agricultura Familiar do Incaper, Pierângeli Cristina Marim Aoki. Ela fez um panorama do setor no Estado e falou sobre as perspectivas de aumentar o volume comercializado pelos produtores familiares. Segundo a especialista, houve muitos avanços nos últimos anos, principalmente em função das políticas públicas de apoio à comercialização na agricultura familiar, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).


O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é executado pelos estados, municípios e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan). No Espírito Santo, 2.049 agricultores familiares foram beneficiados com o PAA em 2015, número bem superior ao registrado em 2014, quando pouco mais de 650 participaram do programa.


O PAA compra alimentos produzidos pela agricultura familiar e os distribui, gratuitamente, a pessoas ou famílias que precisam de suplementação alimentar e também a entidades de assistência social, cozinhas comunitárias, bancos de alimentos, entre outros. 





As compras feitas por meio do PAA ou do PNAE são classificadas como mercado institucional. Outros mercados expressivos disponíveis para a comercialização de produtos da agricultura familiar são o tradicional – com o comércio no atacado, varejo e/ou com a pequena indústria e venda direta ao consumidor; o coorporativo – com a venda direta de produtos in natura ou processados a indústrias ou empresas; e o solidário – a partir de espaços de comercialização, eventos e feiras da economia solidária.


Desafios


A coordenadora do Programa Estadual de Comercialização da Agricultura Familiar do Incaper ressaltou que projeta um cenário em que os produtos da agricultura familiar capixaba sejam cada vez mais inseridos em mercados diferenciados, por meio do planejamento de produção e gestão dos seus empreendimentos e da formalização de suas organizações associativas.


Segundo a especialista, entre os desafios para aumentar a comercialização dos produtos da agricultura familiar estão a dificuldade de acesso às informações e de desenvolver ações coletivas e de cooperação; o pouco conhecimento sobre os mercados, como acessá-los e sobre as exigências dos consumidores; a ausência de documentação tributária/fiscal e DAPs; e a dificuldade para calcular o custo de produção e a formação de preço do produto.


“Trabalhamos no sentido de promover a inclusão produtiva dos agricultores familiares e comunidades tradicionais do Estado. Entre nossas principais diretrizes estão a adequação de todos os instrumentos legais necessários para viabilizar a formalização e ou estruturação das agroindústrias e das organizações associativas familiares; o estímulo para a ampliação da capacidade de prestação de assistência técnica e de ações de extensão rural, por meio da capacitação de agricultores familiares e técnicos de Ater sobre estratégias e processos de comercialização; e o incentivo ao empreendedorismo, à agregação de valor e comercialização”, frisou a especialista.


O Pedeag 3


A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) está definindo as prioridades do setor agrícola para os próximos 15 anos. O Pedeag 3 conta com a participação de representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio, produtores rurais, pesquisadores, professores e lideranças cooperativistas e de associações produtivas. São mais de 50 oficinas de trabalho, que servirão de base para a construção do Planejamento Estratégico da agricultura capixaba.


Durante as oficinas, os participantes recebem um questionário de avaliação dos principais desafios e oportunidades de sua cadeia produtiva específica. Todo esse material recolhido presencialmente e também pela internet (www.pedeag.es.gov.br) será usado para subsidiar a elaboração do Pedeag 3, que contará ainda com entrevistas qualitativas que serão feitas com mais de 100 especialistas. Até agora, aproximadamente 3 mil pessoas já passaram pelas oficinas e mais de 1,8 mil questionários foram respondidos.


O Pedeag 3 será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo planos de ação e projetos, com foco na geração de melhores resultados para o agronegócio capixaba. Tudo isso alinhado com a análise de temas transversais, tais como capital humano, sustentabilidade, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.


O primeiro Pedeag foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo o Pedeag se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas. O Pedeag 3 vai atualizar as diretrizes e metas, com base nos pilares do empreendedorismo, da sustentabilidade e da inovação.


Interação


Além de participar dos debates presenciais, produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio capixaba têm à disposição mais uma ferramenta interativa para ajudar na construção do planejamento o estratégico do setor. No site do Pedeag 3 (www.pedeag.es.gov.br) os internautas podem apresentar sugestões e contribuições que ajudem no desenvolvimento dos principais arranjos produtivos da agropecuária do Estado. 


O site disponibiliza o calendário de oficinas por temas e municípios. Há também uma apresentação sobre o Pedeag 3, com seus objetivos e metas, além de notícias, fotos e um espaço interativo onde é possível ter acesso às apresentações técnicas com o panorama dos diversos setores do agronegócio capixaba e às contribuições apresentadas durante os debates. O internauta poderá referendar duas sugestões ou selecionar uma e enviar uma nova sugestão para ser incluída na base de dados no Pedeag 3.


Agenda das oficinas do Pedeag 3 (De 28/10 a 29/10)

Tema: Comercialização Produtos Agricultura Familiar
Colatina 
Data: 28 de outubro de 2015
Horário: 8h30
Local: Auditório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais - Rua Adamastor Salvador, 421, Colatina

Fundão 
Data: 28 de outubro de 2015
Horário: 14 horas
Local: Câmara Municipal de Fundão 

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Tema: Produtos Florestais Não Madeireiros 
Venda Nova do Imigrante 
Data: 29 de outubro de 2015
Horário: 8h30
Local: Centro Cultural e Turístico Máximo Zandonadi - Rua Joao Paulo II, Vila Betânea – Venda Nova do Imigrante

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Tema: Equideocultura
Vila Velha 
Data: 29 de outubro de 2015
Horário: 14 horas
Local: Auditório da Universidade Vila Velha 


Informações à Imprensa:
Gerência de Comunicação Social da Seag
Daniel Simões
(7) 98849-9814/ (7)3636-3700

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