Incaper
Simpósio no Ifes
16/10/2015 - 16h45min
Mais de 250 pessoas participaram nesta quinta-feira (15), em Alegre, de um debate as cadeias produtivas do café conilon e arábica. O evento fez parte do I Simpósio de Cafeicultura do Caparaó e do V Encontro de Produtores de Café e aconteceu no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) do município.
Produtores, alunos do curso técnico em agropecuária, do ensino superior da área de agricultura e de Tecnologia da Informação, assistiram às palestras do agente de desenvolvimento rural e chefe do escritório local do Incaper em Marechal Floriano César Abel Krohling e do especialista em café e engenheiro agrônomo do Incaper Fabiano Tristão. Ambos apresentaram informações sobre a evolução do arábica e do conilon no Espírito Santo e as perspectivas de crescimento e desenvolvimento do setor para os próximos anos, além dos desafios que envolvem a atividade.
César Krholing apresentou os sistemas de implantação e manejo a partir do uso de técnicas visando à qualidade das lavouras. Segundo ele, os maiores desafios seguem passos fundamentais que o cafeicultor deve obedecer antes de iniciar a atividade. “O produtor deve fazer a seleção de áreas, análise de solos, verificar a altitude do local, o espaçamento e estudar qual será a variedade mais viável para sua propriedade”, lembrou.
Fabiano Tristão falou sobre o cenário da cafeicultura no Estado e a importância de aprimorar as técnicas de manejo visando a excelência da colheita e pós-colheita; explicou sobre a genética e a produção para atender ao comércio e os fatores que influenciam diretamente na qualidade dos grãos. “Não devemos utilizar saco de esterco ou de semente para guardar café, porque interfere na qualidade dos grãos e corre o risco de pegar doenças”, exemplificou Fabiano.
Para João Batista Pavesi Simão, professor do Ifes desde 1997, o objetivo do encontro foi atender às demandas dos produtores que são resultado de um diagnóstico participativo. “A maioria dos produtores não sabe o que são os cafés especiais e aproveitando essa ocasião, a ideia é capacitar também os alunos do campus”, disse.
Para Pavesi, as ações de Governo, de empresa e de academia devem caminhar integradas. “A distribuição dos questionários – relativos ao Pedeag 3 - atende aos pedidos do produtor de fundir as suas forças às entidades e instituições num propósito único de discussões de uma nova cafeicultura”, completou.
O produtor fala
O produtor de café da região de São José do Caparaó, Carlos Alberto Lopes, contou que tem uma agroindústria onde a produção é torrada e distribuída para o mercado. Segundo ele, apesar de todos os avanços da cafeicultura, especialmente em relação aos tecnológicos, existe certa dificuldade de alguns agricultores familiares terem acesso a informações importantes.
“Hoje conhecemos mais sobre as tecnologias dos cafés de montanhas, como as máquinas já em desenvolvimento”, exemplificou. “Fiquei feliz em saber que futuramente posso tentar trabalhar com os cafés especiais e que crescem com mais rapidez no mercado do que os cafés comuns”, completou.
Café no Espírito Santo
O café é uma atividade desenvolvida em todos os municípios capixabas. No ano de 2014, a produção foi de 12,8 milhões de sacas. O Espírito Santo é o 2º maior produtor brasileiro de café, com destaque para o conilon e o arábica. O café arábica é a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas localizadas em terras frias e montanhosas. O Estado é o 3º maior produtor de arábica do Brasil, atrás apenas dos estados de Minas Gerais e São Paulo. A produção anual fica entre 2,8 a 3,5 milhões de sacas.
Atualmente, existem 150 mil hectares de café arábica em produção, em 48 municípios capixabas, com 53 mil famílias envolvidas na atividade. O setor gera 150 mil empregos diretos e indiretos.
A cafeicultura é a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas localizadas em terras quentes, o conilon, atualmente, possui 283 mil hectares plantados no Estado. No Espírito Santo são 40 mil propriedades rurais em 63 municípios, com 78 mil famílias produtoras. O café conilon gera 250 mil empregos diretos e indiretos.
O Pedeag 3
As prioridades e diretrizes para o desenvolvimento do setor agrícola até 2030 estão sendo definidas pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em conjunto com produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio. Até novembro serão realizadas 52 oficinas de trabalho em todas as regiões do Espírito Santo, que servirão de base para a formulação do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, o Pedeag3.
O Pedeag 3 é um instrumento de análise do cenário atual e futuro que visa estabelecer estratégias e iniciativas que possam ser planejadas, geridas e implantadas. O primeiro foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas.
O Pedeag 3 irá reunir os avanços obtidos nas duas versões anteriores do plano, com uma abordagem centrada na inovação, no empreendedorismo e na sustentabilidade. Será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo programas e ações a serem implantados para promover o desenvolvimento do agronegócio capixaba. Tudo isso alinhado com a análise de temas transversais, tais como capital humano, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.
Informações à Imprensa:
Gerência de Comunicação Social da Seag
Daniel Simões
(7) 98849-9814/ (7)3636-3700
Assessoria de Comunicação da Seag (Assessoria de Comunicação do Incaper, Idaf e Ceasa)
Tatiana Caus e Vanessa Capucho
Texto: Daniel Borges e Tatiana Caus
Telefones: (7) 3636-3673/59/ (7)98817-4783
Produtores, alunos do curso técnico em agropecuária, do ensino superior da área de agricultura e de Tecnologia da Informação, assistiram às palestras do agente de desenvolvimento rural e chefe do escritório local do Incaper em Marechal Floriano César Abel Krohling e do especialista em café e engenheiro agrônomo do Incaper Fabiano Tristão. Ambos apresentaram informações sobre a evolução do arábica e do conilon no Espírito Santo e as perspectivas de crescimento e desenvolvimento do setor para os próximos anos, além dos desafios que envolvem a atividade.
César Krholing apresentou os sistemas de implantação e manejo a partir do uso de técnicas visando à qualidade das lavouras. Segundo ele, os maiores desafios seguem passos fundamentais que o cafeicultor deve obedecer antes de iniciar a atividade. “O produtor deve fazer a seleção de áreas, análise de solos, verificar a altitude do local, o espaçamento e estudar qual será a variedade mais viável para sua propriedade”, lembrou.
Fabiano Tristão falou sobre o cenário da cafeicultura no Estado e a importância de aprimorar as técnicas de manejo visando a excelência da colheita e pós-colheita; explicou sobre a genética e a produção para atender ao comércio e os fatores que influenciam diretamente na qualidade dos grãos. “Não devemos utilizar saco de esterco ou de semente para guardar café, porque interfere na qualidade dos grãos e corre o risco de pegar doenças”, exemplificou Fabiano.
Para João Batista Pavesi Simão, professor do Ifes desde 1997, o objetivo do encontro foi atender às demandas dos produtores que são resultado de um diagnóstico participativo. “A maioria dos produtores não sabe o que são os cafés especiais e aproveitando essa ocasião, a ideia é capacitar também os alunos do campus”, disse.
Para Pavesi, as ações de Governo, de empresa e de academia devem caminhar integradas. “A distribuição dos questionários – relativos ao Pedeag 3 - atende aos pedidos do produtor de fundir as suas forças às entidades e instituições num propósito único de discussões de uma nova cafeicultura”, completou.
O produtor fala
O produtor de café da região de São José do Caparaó, Carlos Alberto Lopes, contou que tem uma agroindústria onde a produção é torrada e distribuída para o mercado. Segundo ele, apesar de todos os avanços da cafeicultura, especialmente em relação aos tecnológicos, existe certa dificuldade de alguns agricultores familiares terem acesso a informações importantes.
“Hoje conhecemos mais sobre as tecnologias dos cafés de montanhas, como as máquinas já em desenvolvimento”, exemplificou. “Fiquei feliz em saber que futuramente posso tentar trabalhar com os cafés especiais e que crescem com mais rapidez no mercado do que os cafés comuns”, completou.
Café no Espírito Santo
O café é uma atividade desenvolvida em todos os municípios capixabas. No ano de 2014, a produção foi de 12,8 milhões de sacas. O Espírito Santo é o 2º maior produtor brasileiro de café, com destaque para o conilon e o arábica. O café arábica é a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas localizadas em terras frias e montanhosas. O Estado é o 3º maior produtor de arábica do Brasil, atrás apenas dos estados de Minas Gerais e São Paulo. A produção anual fica entre 2,8 a 3,5 milhões de sacas.
Atualmente, existem 150 mil hectares de café arábica em produção, em 48 municípios capixabas, com 53 mil famílias envolvidas na atividade. O setor gera 150 mil empregos diretos e indiretos.
A cafeicultura é a principal fonte de renda em 80% das propriedades rurais capixabas localizadas em terras quentes, o conilon, atualmente, possui 283 mil hectares plantados no Estado. No Espírito Santo são 40 mil propriedades rurais em 63 municípios, com 78 mil famílias produtoras. O café conilon gera 250 mil empregos diretos e indiretos.
O Pedeag 3
As prioridades e diretrizes para o desenvolvimento do setor agrícola até 2030 estão sendo definidas pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em conjunto com produtores rurais e representantes das diversas cadeias produtivas do agronegócio. Até novembro serão realizadas 52 oficinas de trabalho em todas as regiões do Espírito Santo, que servirão de base para a formulação do Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, o Pedeag3.
O Pedeag 3 é um instrumento de análise do cenário atual e futuro que visa estabelecer estratégias e iniciativas que possam ser planejadas, geridas e implantadas. O primeiro foi elaborado em 2003, a partir de uma iniciativa pioneira na história recente da agricultura capixaba. Logo se transformou na principal ferramenta de planejamento do setor agrícola do Estado. Em 2008, a Secretaria de Estado da Agricultura elaborou o Novo Pedeag, mantendo as linhas e diretrizes da primeira versão, mas aprofundando a visão estratégica por culturas e regiões capixabas.
O Pedeag 3 irá reunir os avanços obtidos nas duas versões anteriores do plano, com uma abordagem centrada na inovação, no empreendedorismo e na sustentabilidade. Será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo programas e ações a serem implantados para promover o desenvolvimento do agronegócio capixaba. Tudo isso alinhado com a análise de temas transversais, tais como capital humano, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.
Informações à Imprensa:
Gerência de Comunicação Social da Seag
Daniel Simões
(7) 98849-9814/ (7)3636-3700
Assessoria de Comunicação da Seag (Assessoria de Comunicação do Incaper, Idaf e Ceasa)
Tatiana Caus e Vanessa Capucho
Texto: Daniel Borges e Tatiana Caus
Telefones: (7) 3636-3673/59/ (7)98817-4783
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