domingo, 4 de outubro de 2015

1966, o ano que conheci Josué de Castro

Eu o conheci quando tinha 17 anos, morava com minha família em Castelo.
Josué de Castro neste tempo estava com 58 anos de idade e estava exilado em Paris e os seus direitos políticos cassados pelo Golpe Civil Militar em 1964. 
Josué de Castro era médico, sociologo e deputado federal por Pernambuco, sendo que sempre se bateu por temas sociais e principalmente a FOME que afirmava ser uma invenção do homem e que necessita ser combatida.
Quando vejo o Brasil ser retirado do Mapa da Fome por ações concreta do Governo em parceria com a sociedade brasileira, me vem a mente o nome do meu amigo JOSUÉ DE CASTRO.
Eu conheci José de Castro sem ir a França e ele sem vir ao Brasil, porque ele estava proibido de vir a sua Pátria.
Em 1966 eu estudava no Colégio Estadual e Escola Normal João Bley, em Castelo, fazia o primeiro ano do Curso Científico, hoje seria o segundo grau. 
A minha turma tinha como sala de aula a Biblioteca do Colégio. Foi ali que pela primeira vez tive contato com os livros de autoria de Josué de Castro, sendo que o primeiro foi Geografia da Fome. 
Tenho plena consciência e certeza que este encontro marcou a minha vida e foi de importância fundamental na minha formação política. Um cheguei a lhe enviar uma correspondência, que me foi respondida por um filho, Josué Fernando de Castro Filho.
Ter ido estudar na sala onde era a Biblioteca do Colégio João Bley me acrescentou muita coisa na minha vida no ano de 1966, o ano que conheci Josué de Castro, sem nunca ter conversado com ele, apenas lendo os seus escritos e em seguida divulgado as suas idéias: A FOME É UMA INVENÇÃO DOS HOMENS QUE QUEREM DOMINAR OS SEUS SEMELHANTES.






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