segunda-feira, 23 de março de 2015

Terapia ocupacional: tratamento essencial para recuperação após cirurgia de mão


19/03/2015 - 18:40
 
Asscom/Sesa 
Sesa
Maurílio ficou com a mão direita totalmente deformada, mas conseguiu recuperar os movimentos e a funcionalidade com a terapia ocupacional.
Cortar um alimento, mudar o canal da
 TV ou simplesmente acenar para um colega
 são ações tão comuns no nosso dia a dia que 
nem percebemos a importância de nossas 
mãos. Sim, as mãos representam um grande
 passo na evolução do homem. Já imaginou
 não conseguir movimentá-las?

No Hospital Estadual Dr. Jayme Santos 
Neves, na Serra, os pacientes que 
passaram por algum tipo de intervenção
 cirúrgica nas mãos têm à disposição um 
terapeuta ocupacional especializado em 
mãos, o que aumenta as chances
 de uma recuperação melhor e mais
 rápida.

O hospital é o primeiro no Espírito Santo a oferecer os dois serviços (a cirurgia 
de mão e a reabilitação) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) dentro do próprio 
estabelecimento. Em outros hospitais da rede pública estadual, o paciente faz 
a cirurgia e é encaminhado direto para o Centro de Reabilitação Física do Espírito 
Santo (Crefes), em Vila Velha, onde também recebe todo o tratamento necessário.

“Pacientes que operam as mãos precisam de um acompanhamento pós-operatório 
específico. Sem a reabilitação, a cirurgia não apresenta resultados satisfatórios,
 ainda que o procedimento cirúrgico tenha sido bem-sucedido”, explica a terapeuta 
ocupacional Caroline Fundão Freitas Lima, que trabalha no ambulatório de terapia 
ocupacional do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves.

No caso do pintor Maurílio Pereira de Almeida, 20 anos, o prognóstico não era nada
 bom. Num momento de estresse, ele levou um copo que estava na mão dele contra 
a parede. Resultado: teve lesão nos tendões extensores e rompeu o nervo mediano,
 prejudicando a função de pinça e oponência do polegar.

A terapeuta ocupacional Caroline Lima explica que Maurílio ficou com o que se 
chama mão de macaco. É quando a palma da mão fica aberta e os dedos 
semifechados, uma deformação que limita totalmente as funções da mão.

Especialista em reabilitação de membro superior e neuroreabilitação, Caroline
 Lima garante que o rapaz só retomou os movimentos porque iniciou a terapia
 logo após a cirurgia. Ainda com a mão do paciente imobilizada, ela começou 
a trabalhar as articulações não atingidas, fazendo movimentos para evitar o enrijecimento.

Ela conta que a mão do paciente estava muito inchada e foi preciso reduzir o edema
 massageando o local afetado. “Quando nos machucamos, as fibras do local
 afetado ficam emboladas. É como se fosse uma camisa apertada, que limita o 
movimento dos nossos braços. Num caso como esse, os tendões agarram na 
cicatriz, por isso é necessário começar massageando a região, para remodelar
 a pele. Quanto antes iniciar esse trabalho, maior é a chance de recuperação”, detalha.

Técnica

Segundo a terapeuta ocupacional, a terapia de mãos faz uso de várias técnicas 
no processo de reabilitação, e o planejamento do atendimento é feito conforme 
as necessidades de cada paciente. Segundo Caroline Lima, a terapia busca tratar
 a cicatriz para prevenir aderências e queloides, além de controlar a dor e o edema
 (inchaço).

Mas o trabalho vai além: envolve a realização de exercícios e atividades para ganho
 de amplitude de movimento e força, orientação para a reeducação sensorial, 
promoção e treino de motricidade fina (para recuperar a habilidade das mãos 
e da ponta dos dedos), orientação postural e de ergonomia, confecção de órteses 
e adaptações sob medida.“O objetivo da terapia ocupacional, nestes casos, é dar
 função para as mãos. Orientar e treinar o paciente para o retorno às 
atividades cotidianas, trabalho e lazer”, detalha.


Rosângela Silva prendeu o dedo na porta de casa e teve uma amputação 
traumática da polpa digital. Em dezembro, iniciou a terapia de mão e, em 
pouco tempo, ela já sente uma grande diferença. “Eu não conseguia mais 
mexer a mão. Pensei que nunca mais fosse conseguir fazer as coisas e aqui 
estou, em menos de um mês já consigo fazer quase tudo. Ainda sinto dor, é 
claro, mas eu sei que estou no caminho certo”, disse a dona de casa.

A terapeuta ocupacional Caroline Lima reconhece que o processo de reabilitação
 é dolorido e conta que alguns pacientes chegam a prejudicar a própria 
recuperação porque não querem enfrentar a dor. Mas ela afirma que o 
sucesso na recuperação é grande, na maioria dos casos, e ela se orgulha
 das conquistas. “A melhora de cada paciente é uma verdadeira conquista da
 equipe, ou seja, do médico e do terapeuta, e também do paciente, 
que precisa cooperar comparecendo às sessões e superando seus próprios 
limites para alcançar o melhor resultado”, comenta.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação – Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves
Ravane Denadai
(27) 99274-5245
comunicacaohejsn@gmail.com

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Jucilene Borges
jucileneborges@saude.es.gov.br / asscom@saude.es.gov.br
Juliana Rodrigues
julianarodrigues@saude.es.gov.br
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anapinto@saude.es.gov.br
Juliana Machado
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Texto: Juliana Rodrigues e Ravane Denadai
julianarodrigues@saude.es.gov.br
Tels.: (27) 3345-8074/3345-8137/9 9969-8271/9 9983-3246/9 9943-2776

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