Comprometimento, responsabilidade e projetos desenvolvidos dentro da unidade de ensino, principalmente focados na sustentabilidade. Essas são as qualidades que fizeram a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Olivino Rocha ficar em 5º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2015 em Cariacica. A avaliação é feita de dois em dois anos e é relativa a 2013.
A partir do ano de 2013, o foco das séries iniciais tem sido a leitura e escrita informais, por meio de planejamentos realizados com as pedagogas. As professoras vêm também aproveitando o conhecimento adquirido nas formações do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).
O saber das professoras é sempre adaptado à realidade da comunidade escolar. Devido ao fato de a EMEF encontrar-se em uma região de vulnerabilidade social, elas têm trabalhado com os alunos principalmente o tema violência (drogas, brigas de família, dentre outros tópicos) e tentado mostrar às crianças que elas precisam sonhar para atingir seus objetivos na vida. As professoras politizam os alunos e ensinam constantemente que a política passa por todas as relações pessoais e profissionais deles.
Contando com a diretora, a equipe da Olivino Rocha é composta por 38 colaboradores: 20 professores, três pedagogas, duas coordenadoras, quatro auxiliares de serviços gerais, duas merendeiras, quatro porteiros (dois diurnos e dois noturnos) e duas secretárias. A unidade de ensino atende aproximadamente a 250 alunos, do 1º ao 5º ano.
Conheça abaixo os principais projetos que levaram a EMEF Olivino Rocha a ser premiada no Ideb:
Leitura e escrita: São projetos elaborados junto com as pedagogas com o objetivo de conscientizar e integrar os alunos aos temas abordados em todos os segmentos ligados à produção de informação. São usados recursos tecnológicos como Data Show, multimídia e laboratório de informática. No início de 2015, a diretora orientou os estudantes sobre a utilização das tecnologias para os estudos e tocou em tópicos como sites inadequados para acesso e privacidade na Internet.
Educando Ecologicamente Sustentável: Com a orientação de um professor, os alunos vão a locais onde possam ver animais livres na natureza e assistir a vídeos que monitoram os bichos à noite. O objetivo da iniciativa é mostrar a fauna do município, trabalhar o tema água e conscientizar os estudantes sobre a coleta seletiva e a limpeza dos ambientes.
Aulas não tradicionais: Essas aulas buscam acompanhar as mudanças rápidas e bruscas que acontecem no planeta e que, de certa forma, são percebidas pelas crianças. Não são apenas encontros em que o aluno copia informações do quadro. A EMEF realiza passeios a cinemas, teatros e parques ecológicos, oferecendo aos estudantes um maior acesso à cultura. Nesses passeios, a professora contextualiza os temas por meio de filmes, jornais e revistas. Desse modo, antes de pegarem os livros, os alunos já têm contato prévio com as informações, aumentando o interesse deles sobre os assuntos que serão discutidos durante o ano.
Boa Energia: O foco do projeto é ensinar aos alunos sobre gastos com energia elétrica e trabalhar a questão da sustentabilidade, por meio de palestras e panfletos informativos.
Inserção da comunidade dentro da escola: todos os sábados, voluntários dão palestras voltadas para a família, aulas de violão, pintura e vôlei. O objetivo é levar esporte, cultura e lazer não só aos alunos, mas também à comunidade da região.
“Se a EMEF atingiu o 5º lugar no Ideb em Cariacica, não foi à toa. Eu percebi uma mudança de postura da comunidade por meio do ótimo ensino desenvolvido na Olivino Rocha. A equipe aqui é excelente e há uma preocupação constante com a estrutura física da escola. Recentemente, foram comprados armários e ventiladores e as salas ficaram melhores”, afirma o porteiro da EMEF Olivino Rocha, Sebastião Caetano Neto, líder comunitário de São João Batista e pai de Bruna Gonçalves Caetano.
“É uma escola muito boa. Ela ajuda os alunos inclusive em assuntos particulares, quando eles precisam. A merenda é boa e notei que, de 2014 para 2015, houve uma melhora na limpeza”, afirma a estudante do 4º ano, Bruna Gonçalves Caetano, de 9 anos de idade.
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