terça-feira, 29 de outubro de 2013

Alfredo Chaves registra ataque de capivara


Além de causar prejuízos econômicos, os animais oferecem riscos à saúde do homem

Há quase dois anos, os produtores rurais de Alfredo Chaves sofrem com ataques de capivara. Ainda é desconhecida a causa que levou os roedores a se instalarem no local, mas, segundo moradores, os bandos são tão grandes que chegam a devastar plantações inteiras. Além disso, a capivara é um dos hospedeiros do carrapato-estrela, parasita conhecido por ser o vetor da febre maculosa.

No município, as capivaras são encontradas em grupos grandes distribuídos, principalmente à beira do rio Benevente, e acabam por procurar alimento nas plantações das encostas. O roedor pode se reproduzir em qualquer época do ano e com gestações curtas gera ninhadas de até oito filhotes. Os grupos já são considerados pragas por destruírem plantações.

O produtor rural Rolmar Boteccia possui cerca de 7 hectares de área plantada com milho e cana-de-açúcar para a produção de silagem. Porém, as capivaras chegam a destruir pelo menos 25% da área plantada. “Mantenho criação de gado em minha propriedade e a produção de silagem é para o próprio rebanho, mas com os ataques de capivara tive que reduzir o número de animais. Estou deixando de produzir 150 toneladas de silagem por ano. Além disso, se eu fosse usar esse quantitativo para a venda levaria um prejuízo anual de R$ 22,5 mil reais”.

No dia 3 de setembro, a Faes (Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo) encaminhou um documento ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), solicitando intervenções para que haja um controle dos animais. Outro documento, com a mesma solicitação, foi encaminhado no dia 9 de setembro pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Alfredo Chaves. Porém, nem a Faes e nem a Secretaria tiveram retorno ainda.

Cuidado!

A febre maculosa é transmita por uma bactéria que tem como principal vetor o carrapato-estrela. Os locais de infestação do parasita são irregulares, mas em geral são encontrados à sombra e nos locais de passagem dos hospedeiros. Os animais mais infectados são equídeos, bovinos, animais domésticos e roedores, como a capivara.

A doença possui difícil diagnóstico na fase inicial. É caracterizada por febre alta, dores de cabeça, náusea, manchas avermelhadas pelo corpo, dor nas articulações, perda de apetite e diarreia. O médico deve ser procurado imediatamente para que a identificação e tratamento ocorram o mais rápido possível. A febre maculosa possui alta taxa de letalidade.

Mais informações:
Iá! Comunicação/ Camilla Caldeira – (27) 3314-5909// 99953-6272
                         Caroline Csaszar – (27) 99964-4464

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