segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Vereadores de Nova Venécia criticam Hartung por cortes de verbas no hospital São Marcos


Repasse do Governo do Estado que era de R$150 mil por mês, caiu para R$100 mil. Falta médicos nos plantões e população carece de atendimento

Durante Sessão Ordinária, realizada na última quinta-feira (3) na Câmara de Vereadores de Nova Venécia, os parlamentares que utilizaram a tribuna da Casa não pouparam críticas ao governador Paulo Hartung. O assunto em discussão foi o corte drástico no repasse financeiro ao hospital São Marcos, que fica em Nova Venécia, para atendimentos em urgência e emergência.
No ano passado, o Governo do Estado já havia diminuído em quase R$30 mil reais mensais do valor que repassa à Entidade. Esse ano, Hartung cortou o restante e o valor do repasse que em 2014 era de R$150 mil mensais, caiu para R$100 mil em 2016.
Agora, com o corte de R$ 50 mil por mês, o hospital São Marcos amarga um dos piores momentos financeiros desde sua existência. A entidade não está conseguindo pagar o custeio e nem os profissionais. Os plantões começam a ficar até mesmo sem médicos para atender.
O Hospital São Marcos atende pacientes não apenas de Nova Venécia, mas também de várias cidades vizinhas e da redondeza.


Confira abaixo o que disseram os vereadores

Flamínio Grillo: “Todo dia está faltando médico no São Marcos. Um dia pediatra, outro dia obstetra, outro dia anestesista e assim vai. A sociedade de Nova Venécia precisa de uma resposta. Essa semana recebi uma ligação de uma mãe que denunciava a ausência de pediatra”.

Evaristo Miguel: “O Prefeito e o Secretário de Saúde de Nova Venécia estão empenhados e lutando nessa causa para reerguer o São Marcos. Desde o dia 1º de novembro os plantonistas não assumiram mais. O Estado cortou grande parte da verba e agora não dá para custear os atendimentos. A situação está ficando cada vez mais difícil. O Estado está cortando em todas as áreas, mas acredito que antes de cortar verbas na saúde, o nosso Governador deve repensar”.

José Luiz do Cricaré: “A responsabilidade não deve ser transferida ao município. O Governo do Estado cortou 50 mil reais por mês e isso vira 600 mil reais por ano. Fui no São Marcos e busquei informações. O diretor apresentou situações como a questão de um clínico que foi impedido de assumir o plantão por outros profissionais. Por isso gostaria que o diretor da entidade viesse na Câmara para dizer à sociedade o real motivo da falta de profissionais no local”.

Paschoal Ventorim: “Se não tiver médico, chama a PM e faz um boletim de ocorrência e depois levamos ao Ministério Público. Cada um precisa fazer sua parte. É preciso unir as forças. Do jeito que está não pode ficar. Se o diretor do hospital não puder comparecer na Câmara para os esclarecimentos, que seja o secretário, mas a população precisa de um posicionamento”.

Juarez Oliosi: “A saúde do Brasil vai de mal a pior. A Câmara Federal colocou menos recursos para a saúde e os reflexos disso estamos sentindo na pele agora. A fila do SUS está aumentando porque ninguém mais aguenta pagar um plano de saúde. Paulo Hartung cortou 50 mil reais por mês do São Marcos e a demanda só vem aumentando. É melhor tirar de outros setores do que da saúde. Aliás, ao invés de tirar, é preciso aumentar. O Estado está cortando recursos”.

Daulim Bonomo: “Precisamos entender o problema. A responsabilidade é nossa e precisamos nos unir para tentar ajudar a entidade a resolver. Sabemos o que é uma mãe chegar de madrugada no hospital e não ter um pediatra para atender seu filho. Por isso queremos convidar o diretor do hospital para vir até à Câmara prestar esclarecimentos e a partir daí vamos ver qual o caminho que precisamos seguir para reverter essa situação”.

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