sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Produção do Conilon: Espírito Santo irá colher metade da safra colhida em 2014



Produção do Conilon no Espírito Santo terá safra inferior ao ano de 2001. As respostas confirmaram que a queda da produção do Conilon será de aproximadamente 30% no Estado, comparado com a produção de 2015. Previsão média de 35,6% de queda do Conilon, comparado a 2015, nos principais municípios produtores de Conilon.
            Dessa forma, existem grandes divergências entre os órgãos oficiais (baseados em estatísticas) e a opinião dos Secretários Municipais de Agricultura. Entendendo as diferenças:
            1. Secretários Municipais de Agricultura: Em pesquisa amostral ao acaso com oito secretários municipais de agricultura (Boa Esperança, Jaguaré, Linhares, Nova Venécia, Pinheiros, São Gabriel da Palha, São Mateus e Vila Valério), fiz a seguinte pergunta, de forma clara e repetitiva: Qual a queda esperada da produção de Conilon do seu município, comparada a produção de 2015, não ao potencial, mas comparado a 2015?
            Pois, a resposta foi uma média simples (não ponderada) de queda de 35,6%, sendo o pior resultado levantado em Nova Venécia e Vila Valério). Concordo plenamente com os Secretários desses municípios, o que me faz sugerir que a queda no ES será em torno de 30% comparado a 2015. Desde dezembro tenho dito que a queda da produção de café Conilon no Espírito Santo, comparado a 2015, seria em torno de 30%.
            Assim, a produção de 2016 será aproximadamente a metade da produção de 2014. O Estado teve queda de 21% em 2015, comparado a 2014 (Conab) e agora com queda esperada de 30%). Nossa produção, infelizmente, será inferior à obtida em 2001, que foi de 5,93 milhões de sacas.
            2. Resultados do IBGE. Prevê 3,26% de crescimento da produção de 2016, comparada a 2015 de Conilon no Brasil (http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/prevsaf/).
            3. Estimativa da Conab. Prevê queda média de 0,8% da produção de 2016, comparada a produção de 2015 do Conilon Capixaba (http://www.conab.gov.br/OlalaCMS/uploads/arquivos/16_01_20_17_01_56_boletim_cafe_-_janeiro_2016.pdf) - Tabela 12.
            4. Reportagens em jornais / Incaper. Prevê produção 35% menor que a esperada, não com a produção de 2015. Faz uma estimativa comparada com a produção aguardada antes dos problemas climáticos. O Jornal relata que a produção seria de 11,5 milhões apenas de Conilon. Os valores de produção anunciados na reportagem para 2016 são idênticos às previsões da Conab. (http://jornais.fivepress.com.br/agazeta/201601222300/PDF/ag22caeo027.pdf) - 4º parágrafo.
            4. E os preços. Índice de preços da OIC atingem menor nível em dois anos em janeiro. Um dos motivos da queda do preço no mercado internacional é a maior oferta do Conilon no Vietnã e os anúncios de safra Record de café no Brasil anunciado pela Conab. (http://www.redepeabirus.com.br/redes/form/post?topico_id=60134). NOTA: O preço no Brasil esta atrativo principalmente devido a desvalorização de real frente ao dólar.
Lanço apenas quatro perguntas:
Porquê tanta diferença entre as previsões dos Secretários e os órgãos oficiais?
Porque ninguém anunciou safra Record do conilon antes do problemas climáticos?
O preço cai ou sobe quando se prevê alta produção de café?
Quem é beneficiado com anúncios de alta produção?

Fábio Luiz Partelli
Engº Agrônomo, Dr. em Produção Vegetal
Prof. da Universidade Federal do Espírito Santo
Coordenador do PPG em Agricultura Tropical
Centro Universitário Norte do Espírito Santo - CEUNES/UFES
Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas - DCAB
Rodovia BR 101 Norte, Km. 60, Bairro Litorâneo
CEP: 29932-540, São Mateus – ES.
http://lattes.cnpq.br/6730543200776161


“Cada dia é um grandioso presente dado por DEUS
a cada um de nós, assim, nunca permitamos que
as dificuldades envenenem nossas atitudes”.
Pensamos sempre positivo!!!
(Partelli, 2004).
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