quarta-feira, 11 de novembro de 2015

O DIA QUE A UFES PROIBIU A FALA DE AUGUSTO RUSCHI

O imenso desastre ambiental da Samarco, lá no interior de Minas Gerais, mas que certamente trará problemas para o Espírito Santo, me faz fazer uma viagem ao início da década de 70.
Nesta época falava-se na implantação do complexo industrial na área do Porto de Tubarão.
Augusto Ruschi alertava para os problemas que seriam causados pelos gases que sairiam da siderúrgica que queriam implantar na época - hoje a Arcelor Mittal- e do maior movimento de minério de ferro.
O vento predominante nesta região, o Nordeste, sopra no sentido do complexo urbano de Vitória, Velha Velha, Cariacica e Viana.
Neste tempo o Diretório dos Estudantes de Engenharia que anualmente promoviam uma imensa ação esportiva e cultural, programou um debate público sobre o problema ambiental que a siderúrgica e as usinas para a produção de pelotas de ferro causariam.
Na época a Reitoria proibiu a Semana da Engenharia.
Me lembro que fui a Santa Teresa com Carlos Alberto Feitosa Perim, Jose Fernando Destefani dos Santos, do Diretório e um irmão de Perim, para comunicar a Ruschi que a Semana da Engenharia não iria acontecer, a Universidade Federal do Espírito Santo proibiu a sua realização.
Eu vi AUGUSTO RUSCHI chorar ao dizer que "querem me impedir de falar dos problemas ambientais futuros na minha terra.
Hoje a população respira pó preto.
Ontem, desrespeitaram a NATUREZA aos implantarem imensas indústrias em nome do tal PROGRESSO, mas risco para a população.
O DIA QUE A UFES PROIBIU A FALA DE AUGUSTO RUSCHI

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