André Sobral
Estudantes expuseram trabalhos no seminário realizado na Emef Admardo Serafim de Oliveira
"Caminhando e cantando e seguindo a canção. Somos todos iguais, braços dados ou não". A famosa melodia "Para não dizer que não falei de flores", de Geraldo Vandré, foi cantada, com adaptações feitas pelos estudantes da modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA), na abertura do seminário "Relações Étnico-Raciais e a Lei 10.639/2003", na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Prof. Admardo Serafim de Oliveira, em Jardim da Penha.
No evento, que ocorre nesta sexta-feira (29) nos períodos matutino, vespertino e noturno, são expostos trabalhos realizados pelos alunos de diversos segmentos abordando a temática da diversidade social e a influência da cultura africana. Perguntas como "O que é o racismo?" e "Qual sua identidade?" foram feitas para os alunos, que, de suas próprias maneiras, responderam as questões e realizaram autorretratos.
No decorrer do ano letivo, os estudantes desenvolveram textos, análise de músicas, leituras e releituras de imagens e análise crítica de curtas-metragens e vídeos e participaram de uma aula de campo em comunidades Quilombolas.
Cerca de 400 educandos, distribuídos em 23 salas de aula de vários territórios de Vitória, produziram os trabalhos mostrados no seminário. "É um evento que aborda a diversidade, no qual as diferenças são explicitadas e, a partir dessas, conceitos que uma vez eram construídos pela maioria dos estudantes são quebrados e o respeito mútuo é cultivado", afirmou o pedagogo Rogério Martins.
De acordo com a professora Tatiana Oliveira, responsável pelo coral de abertura, o projeto é muito gratificante. Além das temáticas de diversidade social discutidas em sala de aula, os alunos trazem seus próprios exemplos a partir de seus cotidianos, compartilhando e construindo uma parceria com os professores responsáveis pelo ensino. "São diversos os níveis de cada um dos estudantes. Cada aula é um aprendizado diferente e ideias são compartilhadas da melhor maneira possível".
Com edição de Matheus Thebaldi
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