quinta-feira, 27 de abril de 2017

PREFEITURA DE IBATIVA ESTÁ REALIZANDO TRABALHO DE COMBATE À LEISHMANIOSE

                                Na manhã de ontem (26), o município recebeu visita de equipe  técnica da Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde – SESA que se reuniu com o prefeito Luciano Pingo e secretária de Saúde, Nilcilaine Hubner, na iminência de se iniciarem os trabalhos de borrifação de inseticida de combate a Leishmaniose na comunidade de São José de Meriti. Essa ação que terá início na próxima terça-feira (2) é  mais um dos resultados das articulações que vem acontecendo junto a SESA desde meados de março, quando foi notificado um caso da doença, do tipo Tegumentar Americana, no município.
 
                   Neste encontro realizado na sede da Secretaria de Saúde estiveram representando o Governo do Estado  a veterinária Bianca Drummond, os técnicos Aloísio de Souza Filho e Luciano Lírio Sales, e, também representando Ibatiba, o veterinário Adenir Júnior e a enfermeira Andressa Bonela.
 
                          Desde a primeira notificação de Leishmaniose, que se deu na comunidade de São José de Miriti em 13 de março, o município, em parceria com a SESA, tem promovido ações de combate e prevenção à doença. No dia 17 de março houve um treinamento onde compareceram  45 profissionais de saúde; veterinários, enfermeiros, agentes comunitários de saúdes e de controle de endemias entre outros. Eles foram treinados a identificar e orientar a população sobre a doença, tratamento e prevenção. Depois disso, houve, pelos agentes comunitários de saúde, a distribuição de panfleto informativo entre os moradores da comunidade onde se identificou um foco da doença. Também desde a data da primeira notificação, o veterinário do município tem feito avaliações constantes nos animais dessa região.
 
                                 E além da borrifação nas casas positivadas e nas proximidades destas, o município recebeu  três armadilha que serão instaladas em outras localidades para a realização de estudos entomológicos, ou seja, dos insetos, sendo o responsável pela transmissão o  mosquito flebótomo. Também existe a possibilidade da realização de eutanásia animal.
 
             O Tratamento
 
                  Só nesse ano o município teve 14 casos positivados da doença. O tratamento acontece da seguinte forma, após o diagnóstico os pacientes passam por exames laboratoriais e de eletrocardiograma para avaliarem se estão aptos a tomarem a medicação que é disponibilizada, pelo estado, aos municípios, caso seja identificada alguma comorbidade que impossibilite o tratamento tradicional, o paciente é encaminhado para um centro de referencia do estado, onde um médico autorizado faz a indicação de tratamento alternativo, que tem que ser realizado com o paciente internado no Hospital das Clínicas em Vitória, sobre o qual o gerenciamento de vagas e de responsabilidade do estado.
  
            O que é a leishmaniose tegumentar americana?
 
               É uma doença infecciosa causada por diferentes espécies de protozoários denominadas Leishmania, que acomete pele e mucosas. Popularmente é conhecida como ferida brava, leish, úlcera de bauru e nariz de tapir.
 
           Como se transmite?
 
             É transmitida ao homem pela picada de um inseto denominado flebotomíneo, conhecido também como “mosquito palha”, birigui”, “cangalhinha ou “tatuquira”. Oinseto se contamina após picar animais infectados.
 
           Você sabia?
 
             O inseto vetor da leishmaniose tegumentar americana é muito pequeno, medindo de 1 a 3 mm de comprimento. Possui o corpo revestido por pêlos de coloração clara (castanho claro ou cor de palha). É facilmente reconhecido pelo seu comportamento, ao voar em pequenos saltos e pousar com as asas entreabertas.
 
                Desenvolve-se no solo úmido e com matéria orgânica. As fêmeas alimentam-se de sangue de animais e pessoas no finalzinho da tarde e durante a noite.
 
                 De modo geral, os flebotomíneos habitam ambientes silvestres, mas é possível encontrá-los também nas casas, no galinheiro, chiqueiro, amontoados de madeiras, telhas e tijolos.
 
               Quais os principais sinais e sintomas clínicos da doença?
 
                  A doença pode levar de dois a três meses para se manifestar após a picada do inseto vetor, em geral apresenta-se uma ou mais feridas na pele que não cicatrizam. No início assemelham-se a picada de um inseto, aumentando de tamanho e profundidade até virarem feridas geralmente ovaladas ou arredondadas. Localizam-se geralmente nas partes expostas à picada do inseto (pernas, braços, mãos, rosto e pescoço),quando não tratada pode atingir o nariz e a boca. 
 
As principais queixas são:
• Obstrução nasal.
• Eliminação de crostas (cascas).
• Sangramento no nariz.
• Dificuldade de engolir.
• Dor ao engolir.
• Rouquidão.
• Dificuldade para respirar.
• Tosse.
 
             A doença tem tratamento?
 
               • A leishmaniose tegumentar americana tem tratamento para humanos. Ele é gratuito e está disponível na rede de serviços do Sistema Único de Saúde.
 
             Como podemos prevenir a doença?
 
             Cuidados individuais para evitar a picada do inseto transmissor
 
             • Para as pessoas que trabalham na mata ou que fazem trilhas e passeios no ambiente silvestre, usar repelentes e camisas de manga comprida, calças compridas, meias e sapatos.
             • Usar repelentes quando exposto a ambientes onde os insetos vetores possam ser encontrados.
           • Evitar exposição nos horários de atividades dos insetos transmissores (crepúsculo e noite).
            • Usar mosquiteiros de malha fina, bem como, telas em janelas e portas.
 
          Cuidados com o ambiente para evitar a proliferação do inseto
 
               • Limpeza de quintais e terrenos baldios.
          • Limpeza periódica dos abrigos de animais domésticos (galinhas, porcos, cães, etc).
          • Poda de árvores.
          • Destino adequado de lixo orgânico (restos de frutas, folhas, fezes de animais, etc).
            • Deixar os animais domésticos (galinhas, porcos, cães, etc) distantes do domicílio durante a noite.
             • Evitar a construção de casas próximas às matas



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