O monitoramento da qualidade da água do rio Doce antes e após a chegada da pluma de rejeito de minério vem sendo realizado de forma sistemática e contínua após o rompimento da barragem de Fundão em Mariana/MG.
A composição da água e do sedimento encontrados não difere entre o as coletas anteriores e posteriores à chegada da pluma de rejeito. Porém, as concentrações foram acentuadas. É possível a verificação da ausência de contaminantes externos à Bacia do rio Doce e que o carreamento trata de evento que acelerou o acesso de componentes naturais em curtíssimo período de tempo à calha do rio Doce.
Por meio dos resultados desse monitoramento sistêmico, considerando os resultados de coleta até o dia 24/11/15, alguns elementos demandam a atenção dos entes envolvidos no gerenciamento, administração, regulação e fiscalização de atividades que dependam das águas do Rio Doce. Em especial os metais e metaloides analisados.
A concentração da lama vem variando, decaindo ao longo do tempo. Após a chegada da pluma em 18-11-15 foram observados os valores de turbidez em Colatina de 7000 a 800 NTU. Vale ressaltar que a qualidade da água sofre influência das chuvas na área da bacia hidrográfica e do regime de operação das barragens que existem ao longo da calha do rio.
Os parâmetros mais representativos em relação à composição da lama de rejeitos de minério, em especial os metais e metaloides: Antimônio, Arsênio, Bário, Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo, Mercúrio, Níquel, Selênio e Urânio, que causam efeito à saúde, e outros de efeito estético: Alumínio, Ferro, Manganês e Zinco previsto na legislação de potabilidade da água – Portaria MS 2914/11, foram analisados e os resultados avaliados quanto ao uso do manancial para abastecimento público.
Os metais presente na água encontram-se em sua maior parte na composição do material em suspensão. A solubilidade dos metais depende muito do valor do pH e do potencial de redução do meio, neste sentido, os valores a condição da água do rio não favorece o processo de dissolução desses metais.
Os resultados de metais nas amostras coletadas no Espírito Santo, bem como os retratados no Relatório do Monitoramento Especial realizado pelo Estado de Minas Gerais, indicam que as concentrações de metais não diferem significativamente dos resultados colhidos pelas CPRM em 2010.
(http://www.igam.mg.gov.br/ component/content/article/16/ 1632-monitoramento-da- qualidade-das-aguas- superficiais-do-rio-doce-no- estado-de-minas-gerais)
(http://www.igam.mg.gov.br/
A utilização do coagulante orgânico, extrato da Acácia Negra no processo de tratamento da água possibilitou a tratabilidade da água. Com o acompanhamento técnico operacional e os resultados das análises realizadas nos dias 23, 24, 25, 26, 27, 29 e 30 de novembro de 2015, em especial as de metais, nas ETAs que estão utilizando o rio Doce como manancial de abastecimento, podemos atestar que a água tratada e distribuída em Colatina, está apta para ser utilizada para consumo humano (destinada à ingestão, preparação e produção de alimentos e à higiene pessoal), pois atende ao padrão de potabilidade estabelecido na Portaria MS 2914/11 e não oferece riscos à saúde.
Esta nota conjunta foi assinada pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Agência Estadual de Recursos Hídricos, Cesan, Faculdade Salesiana, Prefeitura Municipal de Colatina, Fundação Nacional da Saúde, Serivço Colatinense de Meio Ambiente e Saneamento Ambiental.
SEAMA - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
IEMA - Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
Assessoria de Comunicação
Amanda Amaral
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