18/12/2015
Iniciativas do estado do Espírito Santo receberam a certificação pela categoria “Comunidades Tradicionais, Agricultores Familiares e Assentados da Reforma Agrária”
Na tarde desta quinta-feira (17), quatro projetos desenvolvidos pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) foram certificados pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Eles estão inseridos na categoria “Comunidades Tradicionais, Agricultores Familiares e Assentados da Reforma Agrária”. A entrega foi realizada na sede do Incaper, em Vitória durante o II Workshop Cores da Terra.
Na tarde desta quinta-feira (17), quatro projetos desenvolvidos pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) foram certificados pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Eles estão inseridos na categoria “Comunidades Tradicionais, Agricultores Familiares e Assentados da Reforma Agrária”. A entrega foi realizada na sede do Incaper, em Vitória durante o II Workshop Cores da Terra.
Os coordenadores de cada projeto são os extensionistas do Incaper Rachel Quandt Dias – “Produção de tinta à base de terra para uso em pintura imobiliária e artesanato”; Pierângeli Aoki – “Estratégia de comercialização de produtos agroecológicos em Cariacica” e “Inserção de alimentos agroecológicos na alimentação escolar em Vitória”; Alejandro Garcia Prado – “Peixe na mesa, planta na mata”;
Segundo a coordenadora de comercialização da agricultura familiar do Incaper, Pierângeli Aoki, “cada vez mais o trabalho de extensão tem identificado processos e tecnologias de fácil aplicabilidade e com fácil acesso. O importante é identificar, adequar e reaplicar as tecnologias sociais que transformem socialmente os agricultores familiares assistidos pelo Incaper e que estas sejam socializadas por agricultores do Brasil e até de outros países”.
O engenheiro agrônomo e extensionista Isaias Bregonci falou em nome da Diretoria do Incaper. “O modelo atual de extensão é alinhado de acordo com o apelo da sociedade pela sustentabilidade. Nesse sentido, agradecemos pelo reconhecimento das ações importantes que o Instituto realiza e que estão alinhadas com as demandas da sociedade”.
O gerente de agricultura familiar da Secretaria de Agricultura (Seag), Luiz Carlos Leonardi Bricalli, agradeceu em nome da secretaria e reforçou a importância dos quatro projetos reconhecidos para o meio rural e para os agricultores familiares.
Para o assessor de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, Magno Santos, “somos todos campeões, uma vez que o Banco de Tecnologias Sociais existe para divulgar aquilo que é feito efetivamente e tem dado certo. Aquilo que é bom merece reconhecimento e divulgação”, parabenizou.
A estratégia de comercialização foi implantada em 2007 pelo Incaper que junto aos agricultores familiares em transição agroecológica e alguns gestores públicos do município organizaram a Feira Agroecológica de Cariacica. Foi estabelecida a Comissão de Feira, que definiu o local, os critérios de funcionamento e selecionou 24 famílias de feirantes. A Feira foi inaugurada e ampliada em 2008, contendo 12 barracas, sendo acompanhada pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento de Cariacica e pelo Incaper. As propriedades rurais dos feirantes são assistidas pelo Instituto e eles recebem formação continuada sobre processos agroecológicos, de gestão e de comercialização. O projeto tem apoio financeiro da Finep e apoio técnico da Fundagres.
A estratégia de comercialização direta de produtos agroecológicos para a alimentação escolar foi implementada em 2007 pelo Projeto Fortalecimento dos Espaços de Comercialização Solidária Através da Agricultura Familiar e Organizações Sociais da Grande Vitória. O projeto é executado pelo Incaper junto à Secretaria Municipal de Educação de Vitória, e tem apoio financeiro da FINEP e apoio técnico da Fundagres.
Visando atrair jovens rurais quilombolas à sua comunidade original e manter nela os que ainda vivem ali, o projeto Peixe na Mesa, Planta na Mata busca aprimorar a agricultura de base agroecológica, a piscicultura sustentável de espécie nativa (o lambari), o cultivo de mudas de espécies nativas e a produção de energia alternativa com a utilização de painéis solares, que alimenta todo o sistema produtivo.
Tais atividades foram implantadas na forma de Unidades Experimentais-Demonstrativas, nas quatro principais propriedades com perfil agroecológico que abrangem a Associação dos Agricultores Familiares da Comunidade Espírito Santo (Asafaces). Os jovens e adultos da comunidade e do entorno foram capacitados, obtendo assim qualificação em atividades especializadas, por meio de cursos, palestras e dias de campo, ampliando assim a produção de alimentos saudáveis de maior valor agregado e aumentando também a comercialização da produção, além de melhorar a qualidade alimentar dos envolvidos.
Desde 2004, a técnica de pintura com solos conhecida como “Cores da Terra” vem sendo aperfeiçoada por professores, alunos e tintores ligados à Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais. A partir de 2007, a tecnologia de produção de tinta à base de terra para uso em pintura imobiliária e artesanato tem sido amplamente utilizada e multiplicada no Espírito Santo por meio de cursos e oficinas promovidas pelo do Incaper.
O projeto "Cores da Terra" foi vencedor da edição 2009 do Prêmio Finep de Inovação da categoria "Tecnologia Social" da região sudeste. A certificação pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social, consolida as características de baixo custo, simplicidade, fácil aplicabilidade (e reaplicabilidade) e impacto social comprovado desta sustentável técnica de pintura.
Fonte: INCAPER.
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