Publicada em 19/02/2015, às 17h16
André Sobral
Pai e filho receberam homenagem do prefeito Luciano pelo exemplar gesto e que contribuiu para uma imagem da capital ainda melhor pelos visitantes.
“Pequenos gestos trazem grandes resultados. E se esse gesto for positivo, ajudando outras pessoas, ele contribui na transformação de nossa cidade para melhor. Todas as coisas esquecidas no meu táxi serão devolvidas”. Esta foi a resposta do taxista Admir Lodi Coradi, 58 anos, ao ser perguntado por que devolveu uma sacola de bombons a turistas estrangeiros?
Pelo gesto de devolver a bagagem a dois casais de turistas estrangeiros, na semana passada, e colaborar com a melhoria da imagem de Vitória, Admir foi recebido para um café com o prefeito Luciano Rezende, na manhã desta quinta-feira (19), no Salão Nobre da Prefeitura.
O gesto de Admir, embora simples, chama atenção por envolver visitantes de outros países com culturas diferentes da nossa. O prefeito Luciano disse que se sensibilizou com a atitude dele, pois considera os taxistas “embaixadores da cidade”.
“Os taxistas, assim como os guardas municipais e os garis, são nossos embaixadores. Os turistas têm neles, através do trabalho deles, a primeira impressão de nossa cidade. Esse gesto do Admir é simples, mas nobre e exemplar. Por isso fiz questão de recebê-lo para agradecer”, disse Luciano.
Admir esteve na Prefeitura em companhia do filho Wanderson Guio Coradi, 34, que também é taxista e trabalha junto com o pai, no Centro Histórico da capital. “Criei meus três filhos ensinando sempre a fazer o bem, a serem éticos e honestos”, contou Admir, que tem 35 anos de profissão. O filho trabalha há 15 anos e divide o mesmo táxi com o pai.
O prefeito entregou a Admir um avental com a receita da torta capixaba e uma colher de pau, uma revista sobre a cidade de Vitória e artigos escritos por ele que falam sobre o modelo de gestão compartilhada implantado no seu governo. Admir se emocionou com o gesto do prefeito e disse que só tem colhido bons frutos do seu trabalho.
Corrida
O taxista foi chamado ao Porto de Vitória, onde estava aportado o transatlântico MS Maasdam, na quinta-feira (12), com 861 passageiros e 580 tripulantes à bordo. A maioria dos passageiros era dos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Bélgica.
“Saí do Centro, fomos ao Convento da Penha, fábrica de chocolates Garoto e Praia da Costa, todos em Vila Velha. Depois fomos para Camburi, Shopping Vitória, Curva da Jurema, Praia do Suá, Palácio Anchieta, Catedral e novamente porto de Vitória”, contou Admir.
Após fazer esse “tour” pelos pontos turísticos, Admir deixou os dois casais de turistas no porto. Em seguida foi acionado pela fiscalização da Prefeitura alertando sobre uma sacola de chocolates esquecida dentro do seu táxi. Ele voltou ao porto e devolveu a bagagem cheia de bombons. Os turistas que, segundo ele, já estavam maravilhados com a cidade, ficaram ainda mais encantados com o seu gesto.
Outros casos
André Sobral
O modelo de gestão compartilhada foi um dos temas da conversa do prefeito Luciano Rezende com o taxista Ademir e seu filho Wanderson.
Admir e o filho contaram várias experiências com passageiros que esquecem as coisas dentro do táxi. Um dos casos envolve um passageiro que deixou para trás um guarda-chuvas. O objeto ficou dentro do táxi por um ano até que Admir reconheceu o cliente durante uma outra corrida e o devolveu. “Poderia entregar na secretaria os objetos, mas acho mais fácil o passageiro voltar no ponto de táxi e se encontrar comigo do que buscar em outro lugar”, disse ele.
Outro caso que lembrou foi uma sacola de livros deixada no banco de trás do carro. A sacola ficou “guardada” no porta-malas durante três anos e só não chegaram às mãos do dono porque este embarcou num avião sem deixar nenhum contato. “Já deixaram carteira recheada de dinheiro, celulares, livros, roupas. Tudo é devolvido. Nunca ficamos com nada”, garante Admir.
Experiência
O prefeito Luciano também contou uma experiência vivida por ele durante uma viagem ao Rio de Janeiro, quando esqueceu o celular no banco do táxi e com um detalhe: o taxista era deficiente auditivo. “Para me comunicar com o taxista tive que escrever. Então pensei: mesmo assim vou ligar para o meu celular. Foi quando um outro passageiro ouviu tocar e atendeu. O passageiro gentilmente explicou para o taxista, que voltou ao local onde havia me deixado e devolveu meu celular. São ações assim que fazem a diferença”, comentou Luciano.
Informações à imprensa:
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Com edição de Secom - Prefeitura de Vitória
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