segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A CRISE HÍDRICA CAPIXABA.


                                  A crise hídrica que o Espírito Santo está passando é séria e exige ações urgentes.
                                  Mas neste tempo de dificuldades é preciso compartilhar com a população o problema que ela está vivendo e que certamente poderá ser mais complicado um pouco mais adiante - quando o período das chuvas chegarem ao fim e teremos meses de consumo de água acima do volume que as chuvas repõem.
                                   Existe uma teoria onde indica que a falta de chuva neste período, final de ano e início do ano seguinte, que é considerado como chuvoso, seja uma ocorrência cíclica da Natureza e que ela independe da ação do homem na Natureza.
                                 Mas dentro deste enfoque, existe uma corrente de que defende a idéia que mesmo sendo um fenômeno cíclico, ele se agrava com as condições ambientais que temos hoje.
                                 Aqui entra a nossa responsabilidade para com o meio ambiente nos nossos dias, já que nos últimos 150 nós fizemos um ataque inconsequente e predatório na cobertura vegetal que cobria o Espírito Santo. Temos de lembrar que nos Estados da Bahia e de Minas Gerais, a ação deletéria dos ditos Humanos, foi na mesma escalada e rumo. Estes estados fazem parte do mesmo conjunto capixaba
                                  No início do século passado, nos anos 1900, o Espírito Santo passou por uma seca muito violenta e num tempo que todo território capixaba era coberto de florestas. O professor e pesquisador climático nordestino Molion numa palestra aqui no estado foi colocado diante da questão: o regime de chuvas nada tem haver com a presença ou não de florestas?
                                  Ele que defende a teoria de que fatores cíclicos acontecem na Natureza, independentemente a ação humana, afirmou que se não existisse a floresta que foi destruída, o Espírito Santo teria virado pó, deserto. A floresta ainda quase toda intacta nos primeiros anos de 1900 suportou a seca da época.
                                  Mas nos dias de hoje não temos mais as florestas primitivas, o Estado vai se tornando um descampado onde o solo não tem a devida proteção, que é agravada pela ação humana.
                                  O Governo do Estado, as pessoas e as entidades que se sentem responsáveis deveriam abrir a conversa com toda coletividade. Esperar as possíveis chuvas para este final de fevereiro e todo mês de março é uma alternativa. Rezar para chover é outra. Mas agir também será importante e vital.

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