Por Betânia Cordeiro
Dois estudantes da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) estão classificados para disputar o Prêmio Santander Empreendedorismo. Eles concorreram com 7.247 projetos e foram os únicos do Espírito Santo a se classificarem. O resultado da próxima etapa do prêmio sai até o dia 31 deste mês.
A proposta apresentada pelos estudantes Renan Vasconcelos e Fábio Menezes, mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Ufes, consiste em uma técnica capaz de transformar resíduos agroindustriais vegetais em alimento para aves.
Nesta fase, o projeto concorre com 300 propostas de todo o Brasil, sendo que 45 se classificam para a semifinal. Se forem os vencedores da categoria que disputam – Biotecnologia e Saúde – os estudantes receberão R$ 50 mil para viabilizarem a execução da proposta.
Reaproveitamento
Um dos diferenciais do projeto apresentado pelos mestrandos é o fato de transformar resíduos vegetais da agro-indústria, material que geralmente é descartado, em um produto alimentar a ser adicionado às rações dadas a aves.
Segundo os pesquisadores, as rações utilizadas na avicultura são, em geral, constituídas a base de milho e soja. “Como o milho e a soja são a base das rações, a avicultura é muito dependente do desempenho das safras desses grãos. Ao elaborar um produto com alto teor de proteína, como é o caso do produto que estamos desenvolvendo, criamos um potencial substituto para a soja. Assim, contribuímos para diminuir a forte dependência que o setor tem em relação aos insumos, gerando redução nos custos de produção”, afirma Vasconcelos.
Outra característica das rações utilizadas na avicultura atualmente é a necessidade de se adicionar aditivos e suplementos, como aminoácidos e vitaminas, para melhorar a qualidade do alimento. Com vistas a simplificar e baratear o processo, os pesquisadores pretendem unir grande parte desses aditivos em um único produto. “A ideia é concentrar em um único produto alto teor de proteína, aminoácidos, vitaminas, macro e micronutrientes, essenciais para atender a demanda nutricional das aves”, explica Vasconcelos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário