“A área plantada no Espírito Santo, que teve queda a partir de 2010, começa a se recuperar, porque o momento de bons preços pagos aos produtores gerou novo ânimo e eles voltaram a ampliar os plantios. A safra que se inicia tende a ser maior que a anterior e irá gerar mais renda para os fruticultores”, comemora o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli.
O mercado de frutas ao natural e processadas é um dos que mais cresce no agronegócio nacional. O Espírito Santo tem os três grandes elos da cadeia produtiva da fruticultura bem consolidados, que são a produção de frutas, a indústria intermediária, que é a de polpa, e as indústrias de produtos para consumo final.
Segundo Bergoli, o Governo do Estado investe na fruticultura porque essa atividade agrícola gera renda em pequenos espaços, o que é a realidade para 80% das propriedades rurais capixabas, que são de base familiar, e necessitam de ações públicas de incentivo como crédito, assistência técnica, capacitação, mudas com preços compatíveis, dentre outras ações que são desenvolvidas nos 13 polos de fruticultura que estão em curso no Espírito Santo.
A Cooperativa dos Produtores Rurais de Jaguaré – Coopruj, juntamente com representantes da empresa de polpa Trop Frutas e da Secretaria de Estado da Agricultura já definiram o preço mínimo a ser pago aos produtores durante a safra, que será de R$ 0,85/kg, superior a R$ 0,63/kg da safra passada. O custo médio de produção dos fruticultores é de R$ 0,75/kg produzido de maracujá. Mas, o preço mínimo somente será pago quando o preço de mercado estiver abaixo de R$ 0,85/kg. Enquanto os valores estiverem superiores, empresa e produtores negociam no valor de mercado.
“A Trop e a SABB consolidaram uma parceria clara com os produtores e temos opções viáveis de ampliação. Quanto mais produzirmos, mais compraremos frutas. Investimos na Trop porque sabemos do potencial de produção e da seriedade em que as negociações são conduzidas aqui no Espírito Santo”, ressalta o diretor de Relações Institucionais da SABB, Mauro Ribeiro.
“Buscamos a satisfação do produtor e esperamos que a parceria melhore as condições para produzirmos no campo. Com a definição de preço e conhecendo a necessidade de produção temos condições de manter produtores na atividade e até ampliar os plantios. Atualmente, temos área mapeada de 500 hectares para atender aos contratos”, destaca o presidente da Coopruj, Fábio Fiorot.
Nos próximos dias, será acordado um ágio, que é um percentual a mais que será pago pela indústria enquanto o preço de mercado estiver muito superior ao custo de produção e ao limite que viabiliza a produção de polpa para sucos e outros usos. Esse acréscimo em negociação deve ficar entre 20 e 40%. “Com a produção contratada a preços acima do custo de produção, os fruticultores reduzem os riscos das oscilações de mercado, o que é muito comum no setor de frutas”, afirma Bergoli.
Espécies de Maracujá
Existem cerca de 530 espécies tropicais e subtropicais de maracujá, sendo que 150 são nativas do Brasil, das quais 60 produzem frutos que podem ser consumidos. Apenas duas espécies são aproveitadas comercialmente no país: amarelo ou azedo (Passiflora edulis f. flavicarpa) e o doce (Passiflora alata).
Utilização do fruto
O maracujá é utilizado para consumo fresco, mas sua maior importância econômica está na utilização para fins industriais. O suco possui alto valor nutritivo e excelentes características organolépticas. A polpa também é utilizada na preparação de sorvetes, vinhos, licores ou doces.
Dados do maracujá no ES
- Principais Municípios produtores: Jaguaré, Sooretama, Pinheiros, Linhares, São Mateus, Conceição da Barra, Santa Maria de Jetibá e Rio Bananal.
- Área Plantada: 2,0 mil hectares
- Número de propriedades com maracujá: 1.000
- Produção estimada para esta safra : 50 mil t
- Valor do Bruto da Produção Agropecuária: entre R$ 60 milhões
- Pessoas ocupadas com a atividade: 4 mil pessoas
Leo Júnior
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