A diversidade é um grande desafio da educação hoje, dar oportunidades iguais, dentro da diferença de cada um, e isso se mostra ainda mais forte na educação das crianças com necessidades especiais. A Educação Inclusiva traz grandes e novos desafios a sociedade, em especial aos profissionais que vivenciam essa missão, e aos pais dessas crianças.
As dificuldades são muitas e a caminhada é longa, mas é importante trazer à luz histórias que tem dado certo. Esse é o caso da Escola Cachoeira Alegre, na zona rural de Ibatiba, onde estão construindo bons resultados, fruto da dedicação dos profissionais que atuam diretamente com duas crianças com necessidades especiais. E sobre essa caminhada a professora do município, Cristina Gouvea, fez um relato
inspirador:“Sou professora do ensino fundamental há 20 anos, sempre trabalhei com alfabetização, mas este ano tive o privilégio de acompanhar uma criança com Transtorno de Espectro Autista (TEA), que possui necessidades educacionais especiais: comportamental, cognitiva, de linguagem e de socialização.
Trabalho com ensino de habilidades simples e complexas em pequenos passos. As tentativas de ensino são repetidas várias vezes, até que a criança consiga memorizar cada atividade que está sendo aplicada. É de suma importância que siga uma rotina escolar para que tenha noções de regras e limites, onde os pais são informados para que possamos seguir juntos no meio escolar e familiar.
Cada atividade concluída reforço com elogios, aplausos e muito carinho.
A sala de aula foi adaptada dentro do possível às necessidades básicas, pois, atendo também uma criança hiperativa (diagnóstico mais comum em nossas escolas), que necessita de cuidados específicos às suas limitações. Procuro ao máximo manter minhas aulas atrativas, para que ele sinta vontade em permanecer com as atividades propostas.
Peço a Deus todos os dias para inspirar me na minha vocação de professora e comunicadora, dando me paciência, humildade e sabedoria para que eu, a família e a escola possamos cumprir esta função que nos é dada, com amor e dedicação.”
A pedagoga que atende essa escola, Simone Soares Corrêa, conta com entusiasmo que a criança com TEA já está desenvolvendo habilidades de escrita, entre outros progressos cognitivos e comportamentais.
Ao todo o município hoje acolhe 60 crianças com necessidades especiais entre as escolas da sede e rurais e as creches. O atendimento é feito de acordo com a indicação em cada caso e na medida da diferença da cada um, a maior parte dos alunos se reveza entre o atendimento da escola e da APAE ou Pestalozzi, instituições com as quais o município vem trabalhando para manter convênios e a sociedade civil contribui solidariamente.
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