Publicada em 20/10/2014, às 10h20
Divulgação Semus
Gestores de Vitória trocaram experiências com técnicos de Campo Grande (MS) sobre o projeto Vida no Trânsito
Levantamento realizado pelo Gabinete de Gestão Integrada de Trânsito (GGIT-MS) de Campo Grande (MS) revelou que o excesso de velocidade continua sendo a principal causa de acidentes com vítimas fatais na capital do Mato Grosso do Sul.
Apesar do GGIT, grupo que analisa e integra ações do projeto Vida no Trânsito, ter percebido redução no número de óbitos, os dados ainda revelam alto índice de mortes nas vias.
Até outubro deste ano, foram constatadas 77 mortes no trânsito de Campo Grande, sendo que 61% são motociclistas, 17%, ciclistas e 13%, pedestres. Os números já diferem dos anos de 2012 e de 2013, nos quais tivemos 126 e 116 óbitos, respectivamente, de acordo com o comandante do 17º Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran-MS), Jonildo Theodoro de Oliveira.
Para melhor entendimento e troca de experiências sobre a formatação e implantação do projeto Vida no Trânsito, técnicos dos governos estadual e municipal do Espírito Santo estiveram em Campo Grande entre as últimas quarta (15) e sexta-feiras (17) participando de visitas e reuniões.
Para o gerente de formação e desenvolvimento em educação da Secretaria Municipal de Educação (Seme), Truman José Vieira Junior, a experiência exitosa da capital de Mato Grosso do Sul, reduzindo em cerca de 20% o número de acidentes no trânsito, permitiu que os gestores capixabas absorvessem o contexto das dificuldades encontradas em Campo Grande. "O desenvolvimento do projeto em Vitória requer considerar as especificidades geográfica, social e econômica".
Frota
Campo Grande possui uma população de 832.352 habitantes e uma frota de 483.039 carros, sendo que 71% são veículos e 28%, motocicletas. Com vias largas e engarrafamentos entre 10 a 15 minutos, a cidade tinha o grande desafio de reduzir o número de óbitos de acidentes de trânsito, que, em 2011, eram de 132 vítimas fatais.
O Ministério da Saúde, que tem a coordenação nacional do Vida no Trânsito, implantou o projeto em Campo Grande em 2010 para que a cidade desenvolvesse experiências bem-sucedidas na área. Para isso, foi criado o GGIT, que é composto por vários órgãos do governo municipal e estadual que trabalham de forma integrada.
"O Vida no Trânsito veio para fortalecer as ações já existentes no município, por meio de uma metodologia específica", explica a gerente técnica do Núcleo de Prevenção a Violências e Acidentes da Secretaria de Saúde de Campo Grande, Maria Sueli Mendes Nogueira.
Ela relata que o GGIT trabalha na análise e qualificação das informações e na identificação dos fatores de risco e de grupos de vítimas. "Com isso, são feitas as intervenções focadas no diagnóstico da cidade", concluiu.
Percepção
"A percepção que tivemos nessa visita técnica é que o GGIT em Campo Grande já está consolidado e tem o reconhecimento dos vários órgãos e da própria comunidade", afirmou o secretário municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana, José Eduardo Oliveira.
Essa integração foi ressaltada também pelo comandante da 2ª Companhia do Batalhão de Polícia de Trânsito da Polícia Militar (ES), Gilson de Jesus do Nascimento: "Essa união permitiu um fluxo de informações que estão possibilitando a tomada de decisões e ações em conjunto que não encontramos em nosso Estado".
Em Vitória, o projeto foi lançado no mês de maio visando à redução dos acidentes com foco nos fatores de risco de ordem comportamental, no atendimento às vítimas e no aperfeiçoamento dos sistemas de informação.
Informações à imprensa:
Angela Angius (aangius@vitoria.es.gov.br) | Tel(s).: 3132-5063 / 98825-1102
Com edição de Matheus Thebaldi
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