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O
último dia 31 de março marcou os 50 anos do Golpe Civil-Militar que derrubou
a democracia e depôs o presidente João Goulart em 1964. Com o apoio de muitos
civis, os militares implantaram um regime ditatorial que sufocou a população
brasileira em perseguições e torturas, onde tudo era imposto à força e não
poderia haver opinião contrária ao regime estabelecido. Milhares de
brasileiros foram perseguidos, torturados e mortos pelo regime que durou 21
anos.
Para marcar os 50 anos do golpe, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e
Médio “Bráulio Franco” promoveu durante a última semana uma série de eventos
com o objetivo de instruir os alunos sobre o tema e mostrar o quanto é
importante valorizar a nossa democracia.
Durante a semana, a escola promoveu na segunda (31) e na quarta (02)
palestras para os terceiros anos do turno da manhã, e no turno da noite foi
realizada uma palestra na quarta-feira para os alunos do EJA (Educação de
Jovens e Adultos).
Participaram como palestrantes o professor de História da escola, Agenor
Favoreto Filho e o historiador Herbert Soares. A semana de eventos foi
encerrada na sexta-feira (04) com a participação do cantor Fabiano Afonso
Gomes, que apresentou músicas que marcaram a oposição à ditadura, como
“Cálice”, de Chico Buarque e Gilberto Gil, “Pra não dizer que não falei das
flores”, de Geraldo Vandré e “Mosca na Sopa”, de Raul Seixas. Ainda na
sexta-feira, a historiadora Ercília Pastore apresentou junto com o grupo
“Ratos”, uma peça de teatro sobre a educação durante a ditadura. O evento foi
finalizado na Casa da Cultura, onde foi exibido o filme “O Ano em Que Meus
Pais Saíram de Férias”.
Um painel foi montado na escola com informações da ditadura e sobre o Grupo
dos Onze de Muniz Freire, criado meses antes do golpe com o objetivo de
defender a democracia e que também foi perseguido pelo regime militar.
Durante o evento ficou a certeza de que os tempos de ditadura no país não
devem ser esquecidos justamente para que nunca mais volte a ocorrer.
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