sexta-feira, 9 de maio de 2014

A cafeicultura familiar brasileira no contexto do Ano Internacional da Agricultura Familiar

O Brasil possui mais de 285 mil estabelecimentos rurais com café e a maioria das propriedades é de cafeicultura familiar

A Organização das Nações Unidas - ONU declarou 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar - AIAF. A agricultura familiar inclui todas as atividades agrícolas de base familiar e está ligada a diversas áreas do desenvolvimento rural, inclusive à cafeicultura. Além de estar intimamente vinculada à segurança alimentar, esse tipo de agricultura preserva os alimentos tradicionais, contribui para alimentação balanceada, para a proteção da agrobiodiversidade e para o uso sustentável dos recursos naturais. De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), o AIAF visa aumentar a visibilidade da agricultura familiar e dos pequenos agricultores, focalizando a atenção mundial na importante missão de erradicação da fome e pobreza, provisão de segurança alimentar e nutricional, melhora dos meios de subsistência, gestão dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável, particularmente de áreas rurais. A proposta do AIAF, segundo a ONU, é promover ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e entendimento dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam. O AIAF também pretende ajudar a identificar maneiras eficientes de apoiar a agricultura familiar.

Para o professor Juarez Sousa e Silva, que desenvolve pesquisas na Universidade Federal de Viçosa - UFV, integrante doConsórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, os pequenos cafeicultores, com exceção dos organizados no sistema de cooperativas, têm poucas possibilidades de comercializar a produção diretamente com os mercados consumidores, ou de retê-la, aguardando melhores preços. Esses cafeicultores, explica Juarez, por não produzirem café com agregação de valor, vendem o produto a atravessadores que pagam o preço que melhor lhes convém. “Entretanto, pesquisadores do Consórcio desenvolvem e transferem tecnologias em pós-colheita, entre outras de interesse da lavoura cafeeira, apropriadas à cafeicultura de base familiar. Simultaneamente, vêm produzindo e disponibilizando material bibliográfico, em linguagem simples, para a construção e utilização das tecnologias com eficiência comprovada”, acrescenta Juarez.


Para ler a matéria na íntegra, acesse os sites da Embrapa Café e do Consórcio Pesquisa Café.

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