sexta-feira, 15 de julho de 2016

Camponeses desocupam armazéns da Conab em Colatina, Espírito Santo – Brasil

Após avanços nas negociações com o poder público federal e estadual e construção de aliança com as populações atingidas pelo crime do Rio Doce no município de Colatina, os camponeses deixam os armazéns da Conab e seguem para suas unidades produtivas afirmando que, se as negociações não avançarem serão realizados mais atos conjuntos com as populações urbanas.
A pauta camponesa envolve medidas emergenciais para garantir condições de vida digna no campo, enquanto durar as influências da seca que atinge o estado e o atendimento as vítimas do crime ambiental que atingiu o Rio Doce em 05 de novembro de 2015.
Os camponeses e agricultores lembram que a pauta está relacionada à produção familiar, que é a responsável por 70% do que é produzido de alimentos no país, emprega 74% da mão de obra no campo e fica apenas com 14% do crédito e ocupam 24% do território cultivado (Dados IBGE).
O encerramento da Jornada Unitária Campo e Cidade; por nenhum direito a menos foi marcado com a ocupação da rodovia federal BR – 259 no sentido Vitória (capital do estado) ao lado da segunda ponte em Colatina.
De acordo com uma camponesa de Água Doce do Norte, a “ação de ocupar a pista foi uma medida extrema e só realizada em função do ofuscamento da agricultura familiar pelo poder público. Se não fosse a seca a gente estaria produzindo, vivendo bem e pagando nossas contas, mas não está assim, a seca acabou até com as lavouras e estamos com dificuldades para pagar as contas”.
A coordenação do acampamento compreende que a ação causa transtorno a população, mas que infelizmente é o único caminho para serem ouvidos pelo poder público, visto que a pauta é de um ano e ainda não foi atendida e esperasse que a comissão parlamentar (federal) que analisa e constrói o Projeto de Lei 733, que aborda a negociação das dívidas dos agricultores capixabas, tenham em sua redação os elementos pautados pelos agricultores, assim como em nível estadual os parlamentares Nunes, Frei Honório, o secretário de direitos humanos Júlio Pompeu e Paulo Roberto da Casa Civil se comprometeram em auxiliar no processo de articulação para construir uma audiência com o governador do estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário