Incaper
Propriedade do sr. Amélio Leocádio Pereira, localizada em Córrego Cachoeira Alegre, no município de Ibatiba.
07/08/2015 - 16h28min
Nesta quinta-feira (06), a propriedade do sr. Amélio Leocádio Pereira, localizada em Córrego Cachoeira Alegre, no município de Ibatiba, se tornou cenário de aprendizado para aproximadamente 30 produtores da região. É que eles puderam acompanhar um Dia de Campo com o tema “Aproveitamento Agrícola da Água Residuária do Café”.
O Dia de Campo é resultado da parceria entre o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Incaper), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV).
A primeira palestra foi conduzida pelo pesquisador da Embrapa, Sammy Soares, que abordou os aspectos da legislação acerca da disposição da água residuária no solo. Em seguida, os produtores foram à unidade de processamento da propriedade, onde o pesquisador da Epaming, Sérgio Lopes Donzeles, explicou o manejo correto do lavador e despolpador de café.
O professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Aldemar Polonini Moreli, explicou aos participantes sobre o método correto de reuso e recirculação da água utilizada no processamento. Por fim, os produtores foram à uma lavoura, acompanhar o aproveitamento agrícola da água residuária, a partir da fertirrigação na lavoura de café, com orientações de Luiz Carlos Prezotti.
Para o extensionista do escritório local do Incaper em Ibatiba, Cristiano de Oliveira Catheringer, além do acesso às novas tecnologias de produção e manejo da atividade, os produtores também puderam tirar dúvidas com os técnicos e compartilhar experiências com outros participantes.
Cristiano relembrou os benefícios ambientais e econômicos do aproveitamento das águas residuárias, com destaque para o benefício ambiental, porque é uma prática onde se elimina o risco de contaminação dos córregos e mananciais, tendo como benefício adicional o atendimento às legislações ambientais, evitando, assim, o risco de sanções e penalidades por parte dos órgãos fiscalizadores.
Como benefício econômico, está o aproveitamento integral do resíduo do processamento do café, que é um composto rico em vários nutrientes, que estará retornando para a lavoura por meio da fertirrigação, podendo assim reduzir significativamente a quantidade de fertilizantes a ser adquirido.
Segundo Luiz Carlos Prezotti, a principal contribuição das águas residuárias obtidas a partir do processamento do café, é que é uma tecnologia que contribui para a reciclagem de nutrientes no solo. “Ricas em nutrientes, especialmente em potássio e matéria orgânica, que se encontram na polpa do café, elas são uma opção de reaproveitamento de resíduo, evitando impacto para o meio ambiente”.
O pesquisador do Incaper chamou atenção, entretanto, para a forma de aplicação das águas residuárias do café no solo e recomendou que elas sejam bem distribuídas na lavoura e não aplicada de maneira concentrada. Segundo ele, uma grande quantidade aplicada em um pequeno volume de solo, pode elevar excessivamente os teores de nutrientes, causando desbalanços nutricionais na planta, até causar a sua morte.
De acordo com Prezotti, para o produtor utilizar de forma adequada as águas residuárias do café é preciso, primeiramente, fazer a análise do solo, para verificar a quantidade de nutrientes que deverá ser aplicada. Parte dos nutrientes exigidos pela cultura pode ser fornecida pelas águas residuárias. “Há, portanto, um ciclo de reaproveitamento de nutrientes que foram absorvidos pelo café e que voltam para o solo”, explicou.
O produtor rural e dono da propriedade, o sr. Amélio, há, aproximadamente, dois anos é orientado por pesquisadores da Embrapa, do Incaper e do Ifes. Ele adotou o uso das águas residuárias em sua lavoura a partir do carreador. “As lavouras em que adotei essa prática estão muito mais bonitas e é lindo de ver porque existe uma grande diferença na qualidade”, contou.
Amélio começou a molhar a sua lavoura, por cima, há pouco mais de dois meses e aguarda os próximos resultados. “Além da melhora na qualidade, vou diminuir em quase 100% a compra de adubo”.
Mais informações sobre o tema estão no link:
http://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/item/30/1/TEORES-DE-NUTRIENTES-NAS-AGUAS-RESIDUARIAS.pdf
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Incaper
Juliana Esteves – juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus – tatianacaus@seag.es.gov.br
Texto: Tatiana Caus
Telefones: (27) 3636-3673/ (27) 3636-3689/ (27) 3636 3659/ (27) 98849-6999
O Dia de Campo é resultado da parceria entre o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Incaper), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV).
A primeira palestra foi conduzida pelo pesquisador da Embrapa, Sammy Soares, que abordou os aspectos da legislação acerca da disposição da água residuária no solo. Em seguida, os produtores foram à unidade de processamento da propriedade, onde o pesquisador da Epaming, Sérgio Lopes Donzeles, explicou o manejo correto do lavador e despolpador de café.
O professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), Aldemar Polonini Moreli, explicou aos participantes sobre o método correto de reuso e recirculação da água utilizada no processamento. Por fim, os produtores foram à uma lavoura, acompanhar o aproveitamento agrícola da água residuária, a partir da fertirrigação na lavoura de café, com orientações de Luiz Carlos Prezotti.
Para o extensionista do escritório local do Incaper em Ibatiba, Cristiano de Oliveira Catheringer, além do acesso às novas tecnologias de produção e manejo da atividade, os produtores também puderam tirar dúvidas com os técnicos e compartilhar experiências com outros participantes.
Cristiano relembrou os benefícios ambientais e econômicos do aproveitamento das águas residuárias, com destaque para o benefício ambiental, porque é uma prática onde se elimina o risco de contaminação dos córregos e mananciais, tendo como benefício adicional o atendimento às legislações ambientais, evitando, assim, o risco de sanções e penalidades por parte dos órgãos fiscalizadores.
Como benefício econômico, está o aproveitamento integral do resíduo do processamento do café, que é um composto rico em vários nutrientes, que estará retornando para a lavoura por meio da fertirrigação, podendo assim reduzir significativamente a quantidade de fertilizantes a ser adquirido.
Segundo Luiz Carlos Prezotti, a principal contribuição das águas residuárias obtidas a partir do processamento do café, é que é uma tecnologia que contribui para a reciclagem de nutrientes no solo. “Ricas em nutrientes, especialmente em potássio e matéria orgânica, que se encontram na polpa do café, elas são uma opção de reaproveitamento de resíduo, evitando impacto para o meio ambiente”.
O pesquisador do Incaper chamou atenção, entretanto, para a forma de aplicação das águas residuárias do café no solo e recomendou que elas sejam bem distribuídas na lavoura e não aplicada de maneira concentrada. Segundo ele, uma grande quantidade aplicada em um pequeno volume de solo, pode elevar excessivamente os teores de nutrientes, causando desbalanços nutricionais na planta, até causar a sua morte.
De acordo com Prezotti, para o produtor utilizar de forma adequada as águas residuárias do café é preciso, primeiramente, fazer a análise do solo, para verificar a quantidade de nutrientes que deverá ser aplicada. Parte dos nutrientes exigidos pela cultura pode ser fornecida pelas águas residuárias. “Há, portanto, um ciclo de reaproveitamento de nutrientes que foram absorvidos pelo café e que voltam para o solo”, explicou.
O produtor rural e dono da propriedade, o sr. Amélio, há, aproximadamente, dois anos é orientado por pesquisadores da Embrapa, do Incaper e do Ifes. Ele adotou o uso das águas residuárias em sua lavoura a partir do carreador. “As lavouras em que adotei essa prática estão muito mais bonitas e é lindo de ver porque existe uma grande diferença na qualidade”, contou.
Amélio começou a molhar a sua lavoura, por cima, há pouco mais de dois meses e aguarda os próximos resultados. “Além da melhora na qualidade, vou diminuir em quase 100% a compra de adubo”.
Mais informações sobre o tema estão no link:
http://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/item/30/1/TEORES-DE-NUTRIENTES-NAS-AGUAS-RESIDUARIAS.pdf
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Incaper
Juliana Esteves – juliana.esteves@incaper.es.gov.br
Tatiana Caus – tatianacaus@seag.es.gov.br
Texto: Tatiana Caus
Telefones: (27) 3636-3673/ (27) 3636-3689/ (27) 3636 3659/ (27) 98849-6999
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