Por José Braz Matiello, Saulo R. de Almeida, engenheiros agrônomos da Fundação Procafé, C.A. Krohling e Helcio Costa, engenheiros agrônomos do Incaper; L.M. Busato da Caufes e J. Stockl, cafeicultor
O mal rosado, causado pelo fungo Corticium salmonicolor, é uma doença agora relatada pela 1ª vez ocorrendo em cafezais no Brasil.
A doença nunca havia sido citada em cafeeiros no país, talvez pelo ambiente de clima mais seco, dominante nas nossas regiões, ao contrário do que ocorre na Colômbia e em certas áreas na América Central, onde, sob condição de umidade elevada, o Mal Rosado causa prejuízos significativos em cafeeiros.
O ataque de mal rosado vem sendo verificado nos 2 últimos anos, sempre no período de maio-julho, em lavouras na região de Marechal Floriano (ES). Ali predominam micro-climas com umidade elevada, com chuvas finas constantes, no inverno. Além disso, por efeito da topografia montanhosa, onde se encontram as lavouras e, ainda, pela proximidade de matas e eucaliptais, ocorre em parte do dia sombra sobre os cafezais, o que parece favorecer a doença já que nessas áreas se encontra o maior ataque. As condições de umidade, chuvas e temperaturas verificadas na região nos 2 últimos anos são mostradas na figura 1.
O mal rosado ataca ramos, frutos e folhas do cafeeiro. A princípio aparece uma lesão na parte lenhosa, porém ainda verde, dos ramos (laterais ou do ponteiro da planta). Esta lesão provoca um estrangulamento do ramo e a parte acima começa a amarelecer e o ataque se espalha ao longo desse ramo, atinge as folhas, que ficam totalmente necrosadas, e avança sobre a roseta de frutos próxima, deixando sobre toda a área afetada, no ramo e nos frutos, pontuações do fungo, de cor rosa ou salmão, daí vindo seu nome de mal rosado. Na parte inferior do ramo fica até uma crosta rosa.
Em função do ataque, fica visível nos cafeeiros uma boa quantidade de ramos laterais e até do ponteiros mortos e secos, ficando com folhas agarradas. O ataque foi verificado, indistintamente, em diversas variedades de cafeeiros, em Catuai, Arara, Catucai e Acauã.
O fungo C. salmonicolor é citado atacando centenas de espécies vegetais, entre os quais o próprio eucalipto. Nosso objetivo é o de alertar os técnicos para passarem a observar o problema de ocorrência do mal rosado, o qual poderá estar acontecendo em outras áreas, igualmente úmidas, em regiões próximas, na cafeicultura de montanha e em outras regiões cafeeiras no país.
Visão geral do cafeeiro aparecendo 2 ramos mortos. Marechal Floriano (ES) Julho de 2014.
Detalhe da frutificação do fungo sobre o ramo, com cor rosada. - Marechal Floriano (ES) Julho de 2014.
O mal rosado, causado pelo fungo Corticium salmonicolor, é uma doença agora relatada pela 1ª vez ocorrendo em cafezais no Brasil.
A doença nunca havia sido citada em cafeeiros no país, talvez pelo ambiente de clima mais seco, dominante nas nossas regiões, ao contrário do que ocorre na Colômbia e em certas áreas na América Central, onde, sob condição de umidade elevada, o Mal Rosado causa prejuízos significativos em cafeeiros.
O ataque de mal rosado vem sendo verificado nos 2 últimos anos, sempre no período de maio-julho, em lavouras na região de Marechal Floriano (ES). Ali predominam micro-climas com umidade elevada, com chuvas finas constantes, no inverno. Além disso, por efeito da topografia montanhosa, onde se encontram as lavouras e, ainda, pela proximidade de matas e eucaliptais, ocorre em parte do dia sombra sobre os cafezais, o que parece favorecer a doença já que nessas áreas se encontra o maior ataque. As condições de umidade, chuvas e temperaturas verificadas na região nos 2 últimos anos são mostradas na figura 1.
O mal rosado ataca ramos, frutos e folhas do cafeeiro. A princípio aparece uma lesão na parte lenhosa, porém ainda verde, dos ramos (laterais ou do ponteiro da planta). Esta lesão provoca um estrangulamento do ramo e a parte acima começa a amarelecer e o ataque se espalha ao longo desse ramo, atinge as folhas, que ficam totalmente necrosadas, e avança sobre a roseta de frutos próxima, deixando sobre toda a área afetada, no ramo e nos frutos, pontuações do fungo, de cor rosa ou salmão, daí vindo seu nome de mal rosado. Na parte inferior do ramo fica até uma crosta rosa.
Em função do ataque, fica visível nos cafeeiros uma boa quantidade de ramos laterais e até do ponteiros mortos e secos, ficando com folhas agarradas. O ataque foi verificado, indistintamente, em diversas variedades de cafeeiros, em Catuai, Arara, Catucai e Acauã.
O fungo C. salmonicolor é citado atacando centenas de espécies vegetais, entre os quais o próprio eucalipto. Nosso objetivo é o de alertar os técnicos para passarem a observar o problema de ocorrência do mal rosado, o qual poderá estar acontecendo em outras áreas, igualmente úmidas, em regiões próximas, na cafeicultura de montanha e em outras regiões cafeeiras no país.
Visão geral do cafeeiro aparecendo 2 ramos mortos. Marechal Floriano (ES) Julho de 2014.
Detalhe da frutificação do fungo sobre o ramo, com cor rosada. - Marechal Floriano (ES) Julho de 2014.
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