Tanto as frutas quanto as verduras não podem faltar no consumo das famílias capixabas. Além daprocura em supermercados e também no próprio entreposto da Ceasa, localizado em Cariacica, asfeiras orgânicas estão bem frequentadas e são uma alternativa para quem quer adquirir asmercadorias agrícolas e/ou investir neste ramo. Que tal aproveitar os produtos que estão no períodode boa comercialização?
O tomate é típico nas refeições dos brasileiros e, por isso, é destaque na cotação diária de preços naCeasa/ES, devido à grande quantidade comercializada. De janeiro a setembro, essa fruta teve36.286.045 quilos vendidos e a movimentação financeira foi de R$ 44.448.614,46, com o preço médioa R$ 1,22 o quilo.
Segundo o gerente da Divisão Técnica, Osmar Antônio de Nadae, o preço do tomate, atualmente, está favorável para o consumidor. “A oferta de tomate dentro do entreposto aumentou e, consequentemente, o preço reduziu, sendo este um bom momento para a compra. Nessa semana,por exemplo, o preço médio caiu em 16,29% em comparação a semana anterior. Contudo, o valor dessa fruta ainda apresenta grandes oscilações e a estabilidade no preço será a partir da segunda quinzena de novembro, quando começa a entrar a produção das regiões frias”, pontua Osmar.
De acordo com o comerciante Fernando Uliana, a batata comum também é um ótimo negócio. “Trabalho junto com o meu tio há 15 anos e decidimos entrar nesse ramo, pois fomos percebendo a grande procura, paralela a carência que o mercado tinha dessa raiz. Vimos, também, uma oportunidade de desenvolver um trabalho diferenciado, unindo logística ao produto. Atualmente, vendemos mais de nove mil sacos de batata comum por semana. No último mês, o preço médio saiu em torno de R$ 60,00 o saco. Geralmente, vendemos tudo o que trazemos e o público que compra é bem diversificado, são desde donos de pequenos negócios, como quilões, mercearias e restaurantes, até grandes redes de supermercados”, diz Fernando.
Até setembro deste ano, a batata teve 43.023.849 quilos comercializados no entreposto de Cariacica, gerando a movimentação financeira de R$ 48.543.953,50 e o preço médio chegou a R$ 1,13 o quilo.
Outros produtos com destaque nas vendas são a banana, a cebola, a maçã nacional, a melancia, a laranja pera e as folhagens (hortaliças – folhas, flor e haste), com excelente comercialização. Juntos, eles tiveram 13.446.057 quilos vendidos no último mês e a movimentação financeira foi de R$ 16.697.993,20. A banana apresentou maior participação nesse volume, com 4.224.460 quilos.
Consumo familiar
Além das vendas para estabelecimentos como os restaurantes, os supermercados, as distribuidoras, entre outros, o mercado da Ceasa/ES também recebe algumas famílias que vão à empresa comprar mercadorias para o consumo próprio. O motivo é o preço que sai acessível para o bolso do consumidor.
De acordo com o gerente de Mercado, Rogério Pimentel Terra, a presença dessas famílias é maior no fim de ano e são as frutas as mais comercializadas. “A procura é grande no Natal e na ceia de fim de ano e, por isso, a venda para o consumo familiar aumenta. As mercadorias são compradas geralmente em caixas ou sacos, correspondendo a uma quantidade considerável. Neste cenário, as frutas são mais vendidas, porque o consumo é maior, sendo feito de forma in natura, em sucos, em sobremesas, entre outras maneiras. Outro ponto forte da comercialização aqui na Ceasa são as folhagens, vendidas também em maços (varejo). Dessa forma, atrai o consumidor da redondeza, já que o preço agrada. Além disso, de um ano para cá, alguns comerciantes passaram a vender os seus produtos em bandejinhas”, explica Rogério.
O consumidor Brandão Santos mora em Vitória e esteve pela primeira vez, nessa semana, no entreposto de Cariacica. “Sou do Bairro de Goiabeiras e não sabia como era o funcionamento do mercado para quem vem comprar dentro da Ceasa. Minha família é muito grande, por isso, compramos vários produtos em atacado para economizar. Além disso, a variedade também é grande. Por enquanto só comprei ovos e pimenta, mas pretendo voltar outras vezes”, diz Brandão.
Feiras Orgânicas ganham destaque na comercialização de produtos
Os agricultores capixabas que produzem alimentos orgânicos têm mais oportunidades de comercialização nas Feiras Livres de Alimentos Orgânicos, que vêm atraindo muitos consumidores. Em um total de seis, as feiras são uma iniciativa do Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) em parceria com as prefeituras municipais, que estimulam o comércio local.
Boa estratégia de vendas para os agricultores, as feiras vêm crescendo e despontando como um novo ponto de comércio da Grande Vitória, no ramo de orgânicos, e são realizadas todas as semanas nos bairros de Valparaíso, Barro Vermelho, Campo Grande, Praia da Costa, Serra Sede e na Praça do Papa.
As vendas ao ar livre são uma grande estratégia para que os agricultores fiquem isentos de taxas que sobrecarregam o valor final dos produtos, vendendo-os a um valor mais baixo. Com as feiras orgânicas, os agricultores ganham mais e os consumidores têm a possibilidade de comprar produtos de boa qualidade com preços mais justos.
Com esses novos pontos de vendas, os agricultores do interior do Espírito Santo passam a ter novos mercados consumidores e, além disso, oferecem os produtos em uma localização privilegiada. O consumidor tem a vantagem de ter um produto mais fresco em sua mesa, pois o tempo entre a colheita e a venda é menor do que os produtos vendidos em supermercados.
A professora aposentada, Marília de Almeida, disse que frequenta a Feira da Praça do Papa por se sentir mais à vontade em comprar e conversar com as pessoas. “Aqui é muito amplo, tem a brisa do mar, as pessoas e os vendedores são agradáveis. O melhor disso tudo é saber que estou levando pra casa um produto saudável”, destacou Marília.
Os agricultores orgânicos têm demonstrado satisfação com o desenvolvimento das feiras e, de acordo com o gerente Estadual de Agricultura Orgânica, Decimar Schultz, “sentem-se mais prestigiados por ganharem reconhecimento dos consumidores”, ressaltou. A comercialização de orgânicos despertou interesse em muitas pessoas que passaram a frequentar as feiras livres e os agricultores já perceberam a importância das feiras como ponto de comercialização.
Comercialização
“O volume de venda é satisfatório e há produtores que focaram a produção somente para as feiras. A média de faturamento por agricultor varia entre R$1.000,00 e R$3.000,00 por semana. O volume total de produtos comercializados é de aproximadamente 50 toneladas semanais, sendo que cada agricultor vende, em média, 500 quilos”, reforçou Decimar.
Serviço:
Feira de produtos orgânicos na Grande Vitória
Local: Feira de Produtos Orgânicos de Barro Vermelho (Vitória)
Endereço: Rua Arlindo Brás do Nascimento, atrás da Emescam
Horário de Funcionamento: sábado – 06h às 12h
Contato: PMV, Secretaria Municipal de Serviços (27) 3382-6564
Local: Feira de Produtos Orgânicos da Praça do Papa (Vitória)
Endereço: Estacionamento da Praça do Papa – Enseada do Suá
Horário de Funcionamento: quarta-feira – 17h às 21h
Contato: PMV, Secretaria Municipal de Serviços (27) 3382-6564
Local: Feira de Produtos Orgânicos de Valparaíso – Serra
Endereço: Estacionamento do antigo Serra Bela Clube – Valparaíso – Serra – ES (ao lado da biblioteca pública municipal)
Horário de Funcionamento: terça-feira – 17h às 21h
Contato: Secretaria Especial de Agricultura, Agroturismo e Pesca (27) 3291-2318; 3291-2320
Local: Feira Agroecológica de Cariacica
Endereço: Praça John Kennedy (Praça do Parque Infantil) – Campo Grande
Horário de Funcionamento: sábado – 06h às 12h
Contato: PMC, Secretaria Municipal de Agricultura (27) 3346-6291; 3346-6292
Local: Feira de Produtos Orgânicos da Praia da Costa (Vila Velha)
Endereço: Entre as ruas XV de Novembro e Henrique Moscoso, em baixo da Terceira Ponte
Horário de Funcionamento: sábado – 06h às 13h
Contato: PMVV, Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (27) 3369-9460
Local: Feira de Produtos Orgânica de Serra Sede (Serra)
Endereço: Praça de Encontro
Horário de Funcionamento: terça-feira – 17h às 21h
Contato: Secretaria Especial de Agricultura, Agroturismo e Pesca (27) 3291-2318; 3291-2320