Foto: Soraya Brandão
Estimular a comercialização solidária, incentivar a agricultura orgânica e a agroecologia e resgatar as tradições culturais. Esses são alguns dos objetivos do I Encontro Regional da Agricultura Familiar, que reúne em Colatina, neste fim de semana, agricultores de 10 municípios do Noroeste do Espírito Santo.
Promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Espírito Santo (Fetaes), o Encontro teve como destaque a Feira de Produtores, que possibilitou a 50 agricultores familiares a comercialização de produtos orgânicos diversificados para as mais de cinco mil pessoas, previstas para participar do evento.
“Um dos principais intuitos desse evento é valorizar e divulgar a importância vital do campo para a segurança e soberania alimentar das cidades”, destaca o presidente da Fetaes, Julio Mendel.
O secretário de Reordenamento Agrário ressaltou a relevância da ação que promove a comercialização de produtos da agricultura familiar. “Sabemos da importância e da disposição do agricultor para produzir alimentos saudáveis e do apoio e estímulo, cada vez maior, do MDA para financiar essa produção. E tudo isso tem um objetivo: fazer com que esse alimento saudável e de qualidade chegue ao consumidor” afirmou Almeida.
O secretário de Reordenamento Agrário ressaltou a relevância da ação que promove a comercialização de produtos da agricultura familiar. “Sabemos da importância e da disposição do agricultor para produzir alimentos saudáveis e do apoio e estímulo, cada vez maior, do MDA para financiar essa produção. E tudo isso tem um objetivo: fazer com que esse alimento saudável e de qualidade chegue ao consumidor” afirmou Almeida.
Oportunidade em dobro
Eneusa Barbosa do Nascimento, da Associação Familiar Barbosa Nascimento, de Águia Branca (ES), adquirida pelo Programa Nacional de Crédito Fundiário, do MDA, vê a iniciativa com bons olhos. “Para nós produtores, esse é um momento muito especial, pois além de ampliarmos as vendas, podemos mostrar o nosso trabalho e a importância que tem a agricultura familiar na alimentação diária das pessoas”, comentou satisfeita.
Formada pelos quatro filhos, a associação tem 50 hectares. Nela, a família planta, com recurso do Pronaf, hortaliças, banana e café. Ainda criam frango caipira, gado de leite e peixes. Comercializam os produtos para o Programa Nacional Alimentação Escolar (PNAE), em cooperativas, em feiras semanais e em domicílio. Segundo Eneusa, desde que adquiriram a terra, em 2007, a renda familiar só cresceu. “A diversificação na produção nos permite obter uma renda semanal. Nosso faturamento anual chega a R$ 170 mil, isso fora o café, que rende mais uns R$ 25 mil livres. Temos hoje a satisfação de poder viver, dignamente, da terra”, completou.
Estado em alerta
Na oportunidade, a federação entregou ao Secretário Adhemar Almeida, o estudo sobre os impactos que o longo período de estiagem na agricultura familiar do estado. Produzido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), em parceria com os sindicatos, o estudo aponta uma perda de até 40% na lavoura de café produzidos por agricultores familiares. Uma situação que tende a se agravar nos 34 municípios que decretaram Estado de Emergência, em 2015.
De acordo com o Delegado do MDA, Josean de Castro, o Ministério tem atuado em diferentes frentes para tentar amenizar o impacto da crise hídrica. Uma das medidas e a disposição transitória do Banco Central, sobre o manual de credito, que dará condição para aos agricultores familiares renegociarem as dívidas contraídas com programas e políticas públicas de crédito do governo federal. A outra é a inclusão dos 34 municípios no Seguro Safra, com a liberação de R$ 800 reais para as safras de milho, feijão e mandioca, perdida com a estiagem.
Para o delegado essas medidas vão amenizar o estado crítico que se encontra a economia capixaba. Segundo Castro, a seca atingiu até a cultura do café, que é perene, afetando a economia de 80% dos munícipios dependentes do café.
Para o delegado essas medidas vão amenizar o estado crítico que se encontra a economia capixaba. Segundo Castro, a seca atingiu até a cultura do café, que é perene, afetando a economia de 80% dos munícipios dependentes do café.
Serviço:
I Encontro Regional da Agricultura Familiar – Feira da Agricultura Familiar
Local: Avenida Senador Moacir Dalla, antiga Av. Beira Rio.
21/08 – 17h / Abertura da feira para visitação, com atividades culturais
22/08 – 14h / Abertura da feira para visitação, com atividades culturais
23/08 - 10h / Abertura da feira para visitação, com atividades
Local: Avenida Senador Moacir Dalla, antiga Av. Beira Rio.
21/08 – 17h / Abertura da feira para visitação, com atividades culturais
22/08 – 14h / Abertura da feira para visitação, com atividades culturais
23/08 - 10h / Abertura da feira para visitação, com atividades
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