domingo, 1 de janeiro de 2017

Manoel Marcondes. Texto de Helena Machado.

Manoel Marcondes de Souza, para aqueles que não o conheceram, morava na Safra. Sempre que vinha a Cachoeiro, visitava o Sr. Gilberto Machado e Dona Dinorah que gostavam muito dele e tanto gostavam, que deram seu filho Gildo para ele e a noiva batizarem. O casamento demorou a sair e quando chegou o dia, Manoel Marcondes desistira de casar. Naqueles tempos não se admitia término de noivado. Conta-se que ele arquitetou o seguinte plano: Montou em seu cavalo, a pretexto de fazer uma viagem, rápida, na propriedade de um amigo. Levou seu revolver. Em lá chegando deu um tiro na própria barriga, tendo o cuidado de não atingir nenhum órgão vital. Proposital ou não, atirou, também, no cavalo sem maiores consequências. Alegação: perseguido por assaltantes. Socorrido, foi levado ao hospital onde ficou internado o tempo suficiente para cancelar a cerimônia e desfazer o indesejado casamento. Tempos depois ele se apaixonou por Odete Alice, uma belíssima moça, bem mais nova que ele. A mãe da jovem não aprovava o casamento, por ela ser muito nova e ele um homem maduro e já vivido. A paixão falou mais alto. Casaram-se, tiveram treze filhos, todos inteligentes e empreendedores. Quis o destino que alguns de seus filhos tivessem morte violenta. Seus netos, tanto as moças como os rapazes, receberam educação esmerada e se destacaram como profissionais liberais, entre eles, médicos, dentistas, engenheiros. Contam-se, ainda, que Manoel Marcondes de Souza entrou a cavalo no Palácio Anchieta, sede do governo em Vitoria, onde seu pai, o velho Marcondes, era presidente (Governador). Dizem que quando governador, o Cel. Marcondes Alves de Souza (mandato 23/05/1912), podendo comprar, preferiu arrendar a Safra por cem anos. Acabou a concessão em 2012. Seus filhos e netos, amigos nossos, poderão confirmar ou não essas informações. 
Abraços fraternos,
Helena
💕

Um comentário:

  1. Quanto a história do tiro, fiquei sabendo mas, a do arrendamento nunca soube nada disso. A Safra foi desapropriado pelo governo federal e toda a documentação dava ela como pertencente a família Marcondes.

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