Certa vez, uma caminhonete me deixou na Praça Jerônimo Monteiro, em frente ao Banco do Brasil e ficou estacionada a minha espera. Fiz os procedimentos bancários e voltei correndo, quando um ônibus, em velocidade, me pegou pelas portas e pneus traseiros. Meu nariz foi o primeiro a esbarrar no ônibus e minhas mãos espalmadas ajudaram a me fazer rodar como um pião. Soltei um grito de terror. Lembrei logo do Sr. Vicente Garambone, amigo querido, que perdeu a vida atropelado por um ônibus, nesse mesmo lugar. Lembrei, ainda, do Abelardo Machado, outro amigo que perdeu a vida atropelado por ônibus, também. Eu sobrevivi. Milagre! Entrei, rapidamente, na caminhonete, ainda apavorada, e mandei tocar em frente para o Detran onde iríamos resolver com o Despachante a licença do IPVA do carro. Muitas pessoas vieram ao meu encontro e batiam, insistentemente, no vidro querendo saber como eu estava. A pessoa que dirigia não percebeu nada porque o fato aconteceu fora do seu campo visual e eu não queria que ela soubesse. Eu dizia: vamos embora logo que estão reclamando nossa demora em sair. Ele não entendeu nada da pressa e nem por que as pessoas batiam no vidro do carro. Chegando no despachante, este assustou-se comigo toda suja, com marcas de pneu. Contei o ocorrido e pedi pra ele me ajudar a limpar porque eu não queria que ninguém soubesse. A demora em encontrar vaga para estacionar ajudou no êxito do sigilo. Quando chegamos em casa meu filho Gilceu veio ao nosso encontro, assustado, querendo saber como eu estava. A noticia se espalhou na cidade e só quem estava comigo não sabia que eu escapara de um grave atropelamento. Conto esta estória porque foi só uma das 7 vidas como as dos gatos, que dizem eu ter. Garanto que tenho mais.
Abraços fraternos, Helena
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