domingo, 9 de outubro de 2016

O PROJETO “IMIGRANTES” MAIS UMA VEZ EM VILA PAVÃO

Antes deste projeto o Espírito Santo carecia de informações, de pesquisas sobre o povo capixaba. Não tínhamos informações sobre os nossos antepassados. O Espírito Santo tinha pouca pesquisa sobre a sua história. Graças a esse trabalho que começou em 1995 para atender a grande demanda de descendentes de imigrantes que procuravam o Arquivo Público do Estado do Espírito Santo (APEES) para resgatar suas origens.
Com o objetivo de localizar nas listas de passageiros dos navios, entre outros documentos, os nomes de seus avós e bisavós, os consulentes pesquisavam diretamente nos manuscritos originais, a maior parte no acervo do Século XIX, guardado pela instituição. O procedimento de pesquisa era lento e um número significativo de pesquisadores não conseguia atingir aos seus objetivos.
Em grande número eram os ítalo-capixabas que buscavam informações para montar o processo para requerer a dupla-cidadania e, também, para levantar dados históricos de seus antepassados para outras finalidades, como a construção da árvore genealógica.
Diante dessa grande demanda social o APEES definiu como uma de suas prioridades fazer um levantamento minucioso dos registros de entradas de milhares de famílias que vieram para colonizar o Espírito Santo, criando assim uma base de dados informatizada, para dinamizar e democratizar o acesso à informação.
Antes da informatização, os consulentes pesquisavam diretamente nas fontes primárias (documentos): listas de passageiros dos navios, passaportes, processos de terras, livros da hospedaria, etc. Tal procedimento demandava paciência e conhecimento específico para decifrar os manuscritos. Apesar do tempo gasto para essa busca, a maioria dos pesquisadores não conseguia localizar as informações necessárias. Além disso, o freqüente manuseio prejudicava a conservação dos documentos e parte deles já estava se degradando por causa desse uso diário.
Com a informatização das listas dos imigrantes, localizadas no acervo documental, e cruzando-se os dados entre as diversas fontes, impediu-se a degradação dos documentos primários, ao mesmo tempo em que fez dinamizar e ampliar, com grande repercussão social, o procedimento da pesquisa. Deste modo, a resposta tornou-se imediata e acessível aos usuários de todos os níveis de instrução e faixa etária. Agora, com a divulgação dos dados via internet o projeto ganha uma nova amplitude.

Esse final de semana o projeto mais uma vez esteve no lançamento do museu virtual wwwmuseupomitafro.com.br aqui em Vila Pavão. Muitos descendentes puderam buscar o registro da chegada dos seus antepassados em solo capixaba. As informações contidas nesse lindo registro talvez é o maior trabalho realizado na história capixaba. Através deles podemos aperfeiçoar a busca pelas nossas origens. Através deles muitas famílias, muitos pesquisadores tem o “ponta pé” inicial para pesquisar e buscar as origens e os grandes feitos do povo capixaba. O material entregue serve para ser emoldurado de tão lindo que é, um  quadro, uma verdadeira obra de arte que resgata não só a nossa história mas a nossa autoestima de capixaba. Parabéns os idealizadores do Projeto e toda a sua equipe. Um dos idealizadores estava mais uma vez m Vila Pavão. O pesquisador Cilmar Franceschtto marcou presença e participou de uma mesa redonda na sexta a noite no auditório da Escola municipal junto com Osvaldo Martins de Oliveira e Jorge Kuster Jacob. O evento que lançou o Museu Virtual Pomitafro continuou no sábado na praça publica com shows pomeranos, italiano e afros.

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