segunda-feira, 26 de junho de 2017

Resgate a antigas brincadeiras no recreio de escolas de Anchieta

              Escolas da rede estão aproveitando o intervalo das aulas para garantir diversão, interação e aprendizado aos alunos.
               Já pensou você ou seu filho estudar em uma escola que torna o recreio ainda mais divertido, resgatado brincadeiras antigas? Pode imaginar, mas isso é realidade em algumas escolas municipais de Anchieta. As unidades educacionais Irmã Terezinha Godoy e Amarílis Fernandes Garcia, localizadas na sede do município, estão tirando a ociosidade dos alunos na hora do intervalo.
                 Nas duas escolas, tradicionais brincadeiras, àquelas ensinadas pelos nossos avós e jogos de games, estão sendo inseridas na hora do intervalo. Durante a recreação é trabalhado outros ensinamentos e a integração dos estudantes.
                 Na escola Irmã Terezinha Godoy, próxima ao Santuário de Anchieta, por exemplo, a escola conta com cerca de 500 alunos, divididos em dois turnos. À tarde, os alunos do 1º ao 5º ano contam as horas para chegar o momento do recreio. Após se alimentarem, os professores monitores iniciam a atividades do projeto ‘Recreio Feliz’.
                  De acordo com a coordenadora de turno, Elizabeth Candeia, idealizadora do projeto, os alunos participam de diversas brincadeiras como queimada, amarelinha, pula-corda, além de dama e bambolê. “Vou pesquisando e aplicando a cada período novas brincadeiras”, conta a coordenadora, que ressaltou ainda a evolução de interação dos alunos após a inserção do projeto na escola. “Nossos estudantes agora estão mais integrados uns aos outros, o índice de desentendimentos reduziu”.
              Outro benefício com o projeto, segundo a diretora da unidade, Virgínia Correia Garcia, foi trabalhar a limpeza do pátio da instituição. “Nosso pátio agora não fica mais sujo como antes após o intervalo. As crianças aprenderam a necessidade de manter o local limpo”, disse. A cada dia, são escolhidas duplas das turmas para serem os agentes de limpeza. Eles ganham um avental e o lixo dos colegas é depositado nessa vestimenta, em um espaço próprio para isso. Ao final, os agentes depositam o lixo recolhido nas lixeiras.
            Conforme Candeia, a aceitação foi tanta que há disputa entre os alunos para serem os agentes do dia. “Os alunos agentes a começaram até a coletar papéis e sacolas do chão e realizar uma disputa entre eles, para ver quem recolhe mais lixo”, conta.
           Os alunos estão empolgados com a iniciativa e ficam ansiosos para participar das brincadeiras. A jovem Maíza Alvarenga da Silva, de oito anos, estudante do 2º ano do ensino fundamental, disse que adora as brincadeiras e gosta de ser agente de limpeza. “Gosto de ver o pátio limpo após nossas brincadeiras”, disse.
             Lucas Calente, de sete anos, do 2º ano do ensino fundamental, é outro aluno animado com o projeto. “Gosto de pular corda e brincar com meus amiguinhos. Ajudo sempre na coleta de lixo”, conta.
             O projeto têm regras, os alunos não podem ofender verbalmente e nem fisicamente os colegas e nem dizer palavrões. Quem desrespeitar, fica suspenso das atividades.
         Segundo a diretora, após implantação da iniciativa foi reduzida o número de faltas entre os estudantes e o recreio ficou mais tranquilo.

             Recreio Criativo na Amarílis Fernandes Garcia
            Já na escola Amarílis Fernandes Garcia, o projeto é chamado de Recreio Radical, e tem objetivo de transformar o intervalo em um momento bem dinâmico. Conforme o coordenador Rômulo Riganôr, as atividades são desenvolvidas para estimular o alunos a várias vivências.  “Trabalhamos a coordenação motora, o tempo de ação e reação e a importância do movimento para a construção do conhecimento do aluno. O nosso recreio vai além de um simples momento direcionado, onde as atividades lúdicas recreativas conseguem ultrapassar a inércia da era digital e da internet em nossa escola”, disse.
             


A secretária de Educação de Anchieta, Janinha Jerke de Jesus, disse que os projetos desenvolvidos nas unidades devem ser valorizados e apoiados para se multiplicar em outras escolas.

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