|
Brasília (28/08/2012) - Nas
próximas semanas, o ministro Mendes Ribeiro Filho deve promover reuniões
com o setor da citricultura para discutir o futuro da laranja. É o que
informou o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), José Carlos Vaz, durante a reunião da Câmara Setorial
da Citricultura na tarde desta terça-feira (28), em Brasília.
Em 2011, o Ministério criou uma Linha
Especial de Crédito (LEC) para atender aos produtores. “Achamos que
resolveria o problema. Agora, tem a questão deste ano. E os números apontam
que no próximo ano também teremos uma safra forte”, enfatizou José Carlos
Vaz. Para dar suporte ao setor, o Ministério da Agricultura prorrogou as
dívidas em até cinco anos; anunciou o preço mínimo, de R$ 10,10 a caixa e,
agora deve anunciar leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (PEPRO).
O secretário acrescenta, ainda, que o
governo recebeu um pleito da indústria, de prorrogar a LEC do ano passado.
O pedido já foi encaminhado ao Conselho Monetário Nacional, com posição
favorável. “Creio que vá ser aprovado ainda nessa semana, já há um
entendimento nesse sentido”. Em contrapartida, a indústria se propõe a
comprar a preço de mercado, pelo menos 40 milhões de caixas de laranja.
Mercado
Nos últimos anos, os produtores de laranja
registraram um constante crescimento dos pomares, mas o mercado comprador
se manteve no mesmo nível. Além disso, o consumo interno do produto caiu
nos últimos dez anos. De acordo com José Carlos Vaz existe um dever de casa
da indústria com os produtores, que é fazer o ordenamento da produção e
regular as relações contratuais. “Eles encontrando um entendimento, o
governo está disposto a colaborar com a sintonia fina. A questão também é
aumentar o mercado interno”, afirma.
Nesta terça-feira, foi publicada no Diário
Oficial da União a Instrução Normativa nº 21 aumentando a exigência mínima
de suco de laranja no néctar de 30% para 50%. “Isso pode corresponder a um
aumento no consumo interno de 10 mil toneladas de suco por ano. Apesar de o
mercado nacional absorver apenas 10% da produção total de suco, a medida já
pode beneficiar o setor mudando a formulação do produto vendido aqui”,
conclui.
A Conab e o Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) estão em diálogo com a indústria para
discutir a possibilidade de direcionar o suco para a merenda escolar,
movimentos sociais e públicos, e até para o pequeno varejo. “Se tudo correr
bem, talvez no próximo ano as indústrias e os produtores criam uma
indústria própria para o mercado interno”, acrescentou Vaz.
Mais informações para a imprensa:
Assessoria
de Comunicação Social - Mapa
Leilane Alves Pereira
(61) 3218 2203 / 2204
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário