Chegou mais um período de eleições. Falar ou escrever sobre política ou religião é sempre muito complicado
diante do atual momento histórico recheado de corrupção. Estudar, definir determinados conceitos é importante
o significado original da palavra e no seu contexto histórico. Com isso estaremos purificando o termo, ter o seu
real significado. E só através deste real fazer as críticas necessárias. Para entender a palavra política e outras
relacionadas como ética, democracia, cidadania, entre outras é necessária essa pesquisa.
O termo política surgiu na antiga Grécia. Mas para entender seu significado é importante dizer que na Grécia
por causa da situação geográfica e a existência de muitas ilhas tínhamos as cidades-estados. Cada uma destas
cidades tinha a sua liberdade política, sua forma de organização. Tinham uma certa autonomia política e
cultural. Tinha desde radicais tiranias como governos democráticos. As cidades mais conhecidas era Atenas e
Esparta. Esparta valorizava muito o esporte e a guerra enquanto que Atenas a cultura e a democracia. Foi em
Atenas, durante o Governo de Péricles (461-429 a.C) surgem a palavra política, democracia, entre outras. O
governador Péricles desenvolveu a primeira grande experiência democrática da história. Em praça pública, os
cidadãos masculinos, acima de 18 anos podiam fazer uso da palavra e reivindicar seus direitos. Escravos e
mulheres ainda não participavam. Foi nesse contexto histórico que surgia a palavra política: “Polis”=cidade+
“ítica”=organização: “Organização da Cidade”. Democracia: “Demos”=povo + “cracia”=Governo: “Governo do
povo”.
Depois vários pensadores escreveram sobre política: “ O preço a pagar pela não participação na política é
seres governado por alguém inferior” (Platão, 428-447ª. A. C). “ Que continuemos a nos omitir da política
que é tudo que os malfeitores da vida pública mais querem”. (Bertold Brecht, 1898-1956).
Hoje ainda ouvimos frases idiotas como “O padre e o pastor não devem falar de política”. Ou ainda “fé e
política não se misturam”. Ou ainda mais idiota: “Religião, política e fé não se discute”. Os corruptos
adoram essa posição covarde das igrejas. Parece-nos que quando vou à igreja “ amarro meu corpo num poste
e só entra a minha alma” e quando estou num bar “amarro minha alma do lado de fora em um toco e só entra
meu corpo”. Mas tem mais absurdos do tipo “Na escola não deve se ensinar política. ” Ora, se não podemos
debater conteúdos essenciais para a nossa vida o que vamos fazer na escola ou na igreja? Na verdade,
devemos ter muito medo de quem afirma isso. São grandes analfabetos políticos (conforme Brecht) ou querem
nos manipular ou são corruptos. A escola e a igreja ainda são a grandes defensores da verdade, da ética, da
democracia e purificadores destas ações. O ditador quer impor a elas seu modo de ver a vida ou o corrupto
sente se ofendido perante estes conceitos.
Política é a arte de governar a sociedade para a busca do bem comum. É capacidade do povo organizar-
se. É a ciência, a capacidade do ser humano viver em grupo. É a habilidade para tratar das relações
humanas como o objetivo de beneficiar o grupo. Ainda segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “é a
ciência dos fenômenos referentes ao estado. É a capacidade de administrar o estado.
Politicagem é a prática de enganar, manipular o povo. É explorar o povo sem o mesmo perceber.
Os seres humanos são os únicos seres do universo a fazer política. É o único ser social.
Não existe neutralidade política. Na igreja, na escola, na associação, no grêmio estudantil, num time de
futebol, na família, em todas instituições você sempre toma uma atitude política, você sempre tem uma posição,
mais à esquerda ou mais à direita, ou de centro. Toda atitude é política. Dizer “ não sou político” ou “Não
gosto de política” é uma posição política, é uma ação, uma atitude política. Ou é uma atitude covarde de
Pilatos, “lavar as mãos”. Corruptos adoram essa sua posição. No fundo você apoia a política vigente, aquilo que
está aí. “Não gosto de política” é dizer “não gosto de organizar a minha cidade”, sociedade, município, etc. “sou
incapaz de organizar minha cidade”. “Ninguém é incapaz! Segundo Paulo Freire “Ninguém sabe mais e
ninguém sabe menos. Temos saberes diferentes que se completam. ” Ainda segundo o grande filósofo
grego Aristóteles (384-322ª.C afirmava: “O ser humano é um animal político”. Fazemos parte de uma
sociedade. Dependemos dos outros. Dependemos da organização. Temos habilidades capacidades que se
complementam. (Jorge Kuster Jacob é sociólogo, professor do Centro Estadual Integrado de Educação Rural/CEIER de Vila Pavão/ES)
diante do atual momento histórico recheado de corrupção. Estudar, definir determinados conceitos é importante
o significado original da palavra e no seu contexto histórico. Com isso estaremos purificando o termo, ter o seu
real significado. E só através deste real fazer as críticas necessárias. Para entender a palavra política e outras
relacionadas como ética, democracia, cidadania, entre outras é necessária essa pesquisa.
O termo política surgiu na antiga Grécia. Mas para entender seu significado é importante dizer que na Grécia
por causa da situação geográfica e a existência de muitas ilhas tínhamos as cidades-estados. Cada uma destas
cidades tinha a sua liberdade política, sua forma de organização. Tinham uma certa autonomia política e
cultural. Tinha desde radicais tiranias como governos democráticos. As cidades mais conhecidas era Atenas e
Esparta. Esparta valorizava muito o esporte e a guerra enquanto que Atenas a cultura e a democracia. Foi em
Atenas, durante o Governo de Péricles (461-429 a.C) surgem a palavra política, democracia, entre outras. O
governador Péricles desenvolveu a primeira grande experiência democrática da história. Em praça pública, os
cidadãos masculinos, acima de 18 anos podiam fazer uso da palavra e reivindicar seus direitos. Escravos e
mulheres ainda não participavam. Foi nesse contexto histórico que surgia a palavra política: “Polis”=cidade+
“ítica”=organização: “Organização da Cidade”. Democracia: “Demos”=povo + “cracia”=Governo: “Governo do
povo”.
Depois vários pensadores escreveram sobre política: “ O preço a pagar pela não participação na política é
seres governado por alguém inferior” (Platão, 428-447ª. A. C). “ Que continuemos a nos omitir da política
que é tudo que os malfeitores da vida pública mais querem”. (Bertold Brecht, 1898-1956).
Hoje ainda ouvimos frases idiotas como “O padre e o pastor não devem falar de política”. Ou ainda “fé e
política não se misturam”. Ou ainda mais idiota: “Religião, política e fé não se discute”. Os corruptos
adoram essa posição covarde das igrejas. Parece-nos que quando vou à igreja “ amarro meu corpo num poste
e só entra a minha alma” e quando estou num bar “amarro minha alma do lado de fora em um toco e só entra
meu corpo”. Mas tem mais absurdos do tipo “Na escola não deve se ensinar política. ” Ora, se não podemos
debater conteúdos essenciais para a nossa vida o que vamos fazer na escola ou na igreja? Na verdade,
devemos ter muito medo de quem afirma isso. São grandes analfabetos políticos (conforme Brecht) ou querem
nos manipular ou são corruptos. A escola e a igreja ainda são a grandes defensores da verdade, da ética, da
democracia e purificadores destas ações. O ditador quer impor a elas seu modo de ver a vida ou o corrupto
sente se ofendido perante estes conceitos.
Política é a arte de governar a sociedade para a busca do bem comum. É capacidade do povo organizar-
se. É a ciência, a capacidade do ser humano viver em grupo. É a habilidade para tratar das relações
humanas como o objetivo de beneficiar o grupo. Ainda segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “é a
ciência dos fenômenos referentes ao estado. É a capacidade de administrar o estado.
Politicagem é a prática de enganar, manipular o povo. É explorar o povo sem o mesmo perceber.
Os seres humanos são os únicos seres do universo a fazer política. É o único ser social.
Não existe neutralidade política. Na igreja, na escola, na associação, no grêmio estudantil, num time de
futebol, na família, em todas instituições você sempre toma uma atitude política, você sempre tem uma posição,
mais à esquerda ou mais à direita, ou de centro. Toda atitude é política. Dizer “ não sou político” ou “Não
gosto de política” é uma posição política, é uma ação, uma atitude política. Ou é uma atitude covarde de
Pilatos, “lavar as mãos”. Corruptos adoram essa sua posição. No fundo você apoia a política vigente, aquilo que
está aí. “Não gosto de política” é dizer “não gosto de organizar a minha cidade”, sociedade, município, etc. “sou
incapaz de organizar minha cidade”. “Ninguém é incapaz! Segundo Paulo Freire “Ninguém sabe mais e
ninguém sabe menos. Temos saberes diferentes que se completam. ” Ainda segundo o grande filósofo
grego Aristóteles (384-322ª.C afirmava: “O ser humano é um animal político”. Fazemos parte de uma
sociedade. Dependemos dos outros. Dependemos da organização. Temos habilidades capacidades que se
complementam. (Jorge Kuster Jacob é sociólogo, professor do Centro Estadual Integrado de Educação Rural/CEIER de Vila Pavão/ES)
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