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Alunos da escola estadual Coronel
Gomes de Oliveira, localizada no
município de Anchieta, tiveram uma feliz
surpresa ao verem o projeto deles
classificado entre os finalistas na Feira
Brasileira de Ciência e Engenharia 2015
(Febrace). O trabalho foi escolhido dentre
mais de 3.200 projetos inscritos de todo o
Brasil para participar do evento.
O projeto científico “O uso do peixe Beta no
combate a febre Chikungunya”, desenvolvido pelos estudantes Tiago
Guilherme Faria, Julia Guilherme Faria e Isabela da Costa Tavares,
juntamente com o professor orientador Lucas Antônio Xavier, está concorrendo
a várias premiações na categoria, Saúde Coletiva. A Febrace é um movimento
nacional de estímulo ao jovem cientista, que todo ano realiza na Universidade
de São Paulo uma grande mostra de projetos.
De acordo com os alunos, o projeto científico tem como proposta a utilização
peixes betas (Betta splendens), de aquário, como uma forma de impedir o
alastramento da febre Chikungunya pelo país. Os peixes betas são de fácil
manutenção e já são utilizados em algumas regiões brasileiras para controlar
os casos de dengue, pois eles são predadores das fases larvais e adultas do
mosquito transmissor. Muito feliz, o estudante Tiago Guilherme Faria
que o grupo estava incrédulo quanto à aprovação na lista dos finalistas.
“Essa é a primeira vez que um projeto científico de estudantes da cidade de
Anchieta é selecionado para uma feira nacional”, contou empolgado.
A Febrace é promovida e organizada pela Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo e será realizada de 17 a 19 de março em São Paulo, com a
participação de mais de 300 projetos selecionados de todas as regiões do
Brasil. A participação dos jovens inovadores é uma oportunidade para
troca de experiências, já que participam escolas públicas e privadas, com
projetos das áreas de ciências agrária, biológicas, exatas, humanas,
saúde, sociais aplicadas e engenharia.
Para incentivar e fortalecer o ensino de ciências nas escolas do Espírito Santo,
todos os anos a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), em parceria
com outras secretarias estaduais e prefeituras, promove feiras municipais,
regionais e estaduais que reúnem exposições científicas e tecnológicas. As
escolas estaduais recebem uma verba voltada diretamente para beneficiar
os alunos com a inovação científica, através da compra de materiais,
implantação de laboratórios e visitas às feiras. Em novembro de 2014,
alunos de 297 escolas estaduais visitaram os estandes da Semana Estadual
de Ciência e Tecnologia, na Universidade Federal do Espírito Santo.
Para a técnica do ensino médio da Sedu, Luciléia Gilles, a participação de
estudantes em eventos como feiras de ciências, apresenta o trabalho
realizado pelos professores nas escolas e incentiva os alunos a participarem de
projetos. “Os professores atuam como mediadores e os estudantes como
protagonistas. Além disso, o contato com estudantes do Brasil inteiro e a
possibilidade de apresentar o projeto em feiras nacionais pode
despertar nos estudantes a atenção para uma carreira científica”, enfatizou.
Além do projeto científico realizado por alunos da escola estadual Coronel
Gomes de Oliveira, de Anchieta, mais dois projetos do Estado foram
selecionados como finalistas para participar da Febrace. São eles: “Aplicações
do Motor Stirling Solar”, de alunos do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) de Cachoeiro de Itapemirim, e
“Protótipo Didático de Célula Fotoeletroquímica para o Ensino de Física,
Química e Ciências”, de alunos do Ifes de São Mateus.
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